#190530-04
30/05/2019

Missão comercial aproxima Goiás da China

País asiático é o maior importador de produtos goianos; missão visa ampliar negociações e aumentar a receita estadual com investimentos diretos e arrecadação de impostos

Missão comercial liderada pelo vice-governador Lincoln Tejota acertou nesta quarta-feira (29) o estreitamento dos laços comerciais entre Goiás e a província de Hebei, na China. A vice-governadora da província, Xia Yanjun, recepcionou a comitiva comandada por Lincoln e externou o desejo de fortalecer a troca de experiências no campo do agronegócio.

“Goiás e Hebei têm relação de amizade há 20 anos mas recentemente houve um distanciamento. Estamos restabelecendo o canal e garantido que ele permanecerá aberto para incrementar as finanças do nosso Estado”, afirma Lincoln. A China é o maior importador dos produtos Goianos. Até abril deste ano nosso Estado exportou para lá US$ 845 milhões (R$ 3,3 bilhões).

A comitiva também se reuniu com a diretoria da China Minmetals Corporation, a empresa estatal de mineração, interessada em realizar investimentos no Estado. “Goiás é um grande produtor mineral e a China, como potência mundial que é, está ciente disso. Estamos aqui para avaliar o interesse deles em investir no Estado e a segurança das operações, que é nossa prioridade”, afirma Lincoln Tejota.

O vice-governador já havia tratado do tema no dia anterior, durante reunião no Institute of Mineral Resources da Chinese Academy of Geological Sciences – a faculdade de estudos em mineração. “Temos deixado claro nossa preocupação com segurança do trabalho e as reuniões têm servido para nos inteirarmos sobre tecnologias para aprimorar a extração e os barramentos de rejeitos”, diz Lincoln.

Durante a quarta-feira, o vice-governador também se reuniu com o diretor da produtora cinematográfica Jiabo Culture Development, Xianqiang Song, que manifestou interesse em produzir um filme sobre o Brasil para veiculação na China. As gravações, ainda sem data marcada, devem começar por Goiás. “Isso vai ajudar na divulgação do nosso Estado na China”, afirma Lincoln. A comitiva se reuniu também com empresários interessados em importação de carnes. Segundo o vice-governador, “nossa pecuária é pujante e temos todos os atestados sanitários que garantem a qualidade de nossa carne”.

Segundo Lincoln, uma das atribuições do Programa Goiás de Resultados, coordenado pelo vice-governador, é incentivar a busca de recursos financeiros extras. “Estamos aqui para divulgar nossas potencialidades, mostrar a força do nosso Estado e atrair novos investimentos”, afirmou o vice-governador, ao pontuar que a missão é fruto do convite do governo chinês e de um grupo de investidores daquele país. “Portanto, não haverá custo para o Governo do Estado”, conclui Tejota

FONTE: Jornal Hora Extra
#190530-03
30/05/2019

Apesar de queda no PIB, Goiás mostra a força do Agro no primeiro trimestre de 2019

Foram divulgados  os números do fechamento  PIB para o primeiro trimestre de  2019. Mais uma vez o agronegócio teve importância crucial para que os números que compõem o Produto Interno Bruto, não despenquem no ano de 2019. Houve queda  se comparado com o mesmo período em 2018, porém ao analisar as informações disponibilizadas Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Goiás ficou bem colocado em várias atividades que movem o agronegócio goiano.

Segundo os números do MAPA  Goiás se posiciona em destaque em 6° lugar no ranking geral dos Estados da federação no índice de Valores  Bruto da Produção, que corresponde ao faturamento bruto dentro da propriedade rural,  chegando ao valor de mais de 45 trilhões de reais.

No quesito produção de grãos Goiás em 2019 foi o 4º  Estado em maior produção, atingindo o número de 22,4 milhões de toneladas.  A exportação mais uma vez teve como maior destino a China, porém o Vietnã e a Turkia foram também grandes demandantes do grão brasileiro.

Com a divulgação dos números do agronegócio brasileiro coincidindo com a visita oficial de comitiva do Governo do Estado à China e liderado pelo Vice – Governador,  podendo resultar em maior exportação de carne bovina no qual Goiás é o 2º maior produtor do país.

O agronegócio brasileiro mais uma vez  fez o papel do fiel da balança no fechamento do primeiro trimestre do PIB brasileiro com a grande colaboração dos produtores do estado de  Goiás.  Para o Brasil continuar a crescer as reformas se fazem necessárias, além da previdenciária, a reforma tributária incentivando reduções de impostos na cadeia produtiva agrícola ajudando a diminuir os custos de produção, aliado a abertura de mercado trazendo a competição pela demanda por mais  inovações tecnológicas pro setor, ajudará a trazer cada vez mais bons resultados e prosperidade ao nosso estado, que basicamente é movido pelo suor dos produtores rurais e dos trabalhadores que esses empregam, ajudando a manter Goiás no caminho do crescimento.

FONTE: Jornal Hora Extra
#190331-02
31/03/2019

Rumo pode beneficiar agronegócio de Goiás ao assumir trechos da Ferrovia Norte-Sul

Usuários da malha ferroviária querem negociar quem vai poder utilizar os trilhos e a capacidade de operação para terceiros com o Governo Federal ainda nesta semana

Empresas interessadas em utilizar os trilhos da malha ferroviária Norte-Sul se programam para conversar com o Governo Federal e a vencedora da licitação de dois trechos ainda nesta semana. Com a vitória da Rumo Logística, de São Paulo, no leilão de quinta-feira, 28, 1.537 quilômetros de ferrovia deverão ser operadas por usuários de transporte de carga no Brasil inteiro.

O trecho arrematado pela empresa paulista reaquece o coração do País e Goiás pode ser beneficiado no escoamento de cargas agroindustriais. Dois trechos ligam Porto Nacional (TO) a Anápolis (GO) e Ouro Verde (GO) a Estrela d´Oeste (SP), que transportam milhares de toneladas de produtos.

Para o presidente do Conselho Temático de Infraestrutura (Coinfra) da Federação das Indústrias de Goiás (FIEG), Célio Eustáquio de Moura, a concessão da rodovia estimula os empresários goianos a se industrializarem ao ponto de utilizar a ferrovia Norte-Sul com produtos mais competitivos no mercado nacional e internacional.

A principal conquista para o setor industrial de Goiás com o término da ferrovia é chegar ao Porto de Itaqui, no litoral maranhense, uma porta de saída de diversas commodities brasileiras via transporte aquático.

Vários setores terão um meio de transporte seguro e mais barato para desafogar produtos industrializados, como farelo de soja, óleo de soja, grãos em geral, mineração e as produções agrícolas, outro ponto forte no Estado.

Cerca de cinco mil caminhões saem diariamente de Rio Verde (GO) com destino ao Porto de Itaqui (MA) com milhares de toneladas de produtos agrícolas. “Temos mesmo de ter uma ferrovia para dar vazão a isso”, diz o deputado federal Elias Vaz (PSB), que participa dos debates sobre o futuro desempenho da ferrovia desde o início do processo licitatório.

No entanto, o parlamentar reage quanto ao modelo vertical estabelecido para a operação da ferrovia.  “Esse modelo chamado de verticalização, quem compra, leva tudo: compra vagão, trem, opera tudo. Esse modelo está sendo questionado, pois a ferrovia fica sob monopólio. Uma coisa é a gestão, outra é fazer uma concessão em que quem ganhou vai operar sozinha”, critica o congressista.

Direito de passagem

O deputado estudou o processo licitatório e afirma que “o direito de passagem não está bem definido. Uma empresa russa desistiu de participar porque ela não tem segurança de que vai chegar aos portos. Isso é muito grave. Podemos ter um grande problema”.

O modelo horizontal utilizado nas concessões alemãs poderia ter sido adotado pelo Governo Federal neste leilão, segundo Vaz.

O governo alemão utiliza um formato parecido com a concessão de uma rodovia, onde se cobra um valor de pedágio e quem quiser passar pela rodovia, passa. “O resultado é que 483 empresas utilizam o sistema ferroviário alemão”, informa o parlamentar goiano.

O resultado desse modelo vertical usado no Brasil, nos últimos anos, foi uma total inviabilização da utilização desse sistema, segundo o deputado. “Nos Estados Unidos, por exemplo, a utilização do sistema ferroviário é 40% mais barato que o rodoviário. No Brasil, a diferença é de 3%, mais ou menos. Então fica inviável”.

Quanto ao formato em que a concessão foi realizada, o diretor da Fieg, Célio Eustáquio, diz que “está otimista”. “Nós precisamos que esses trechos sejam operacionalizados com fluidez e economicidade ao transporte. A gente até gostaria que tivessem mais players nessa competição, mas a ANTT e o Ministério dos Transportes estão criando um órgão para fiscalizar o direito de passagem na malha ferroviária, o que já deixa o setor industrial um pouco mais calmo”, ameniza Eustáquio.

O presidente da Associação Nacional de Usuários de Transportes de Cargas (Anut), Luiz Henrique Baldez, engrossa o discurso de Elias Vaz sobre o formato da concessão.

Segundo Baldez, a administração da Rumo deverá ser menos pior do que a segunda participante no leilão, a mineradora Vale, por ter uma carteira de transporte de produtos mais diversificada, e que também agradou ao mercado interessado na ferrovia.

O executivo quer discutir com os agentes envolvidos no processo de licitação outras brechas deixadas pelo edital, como quem vai ter direito a usar a ferrovia, quais condições terão os operadores independentes e a capacidade de disponibilidade que os terceiros poderão operar dentro dos trilhos.

“Nossa luta é para a nova operadora ser obrigada a deixar passar trens de outras empresas, apenas isso. Criar uma competição no mercado, como um caminhão qualquer que pode transportar seu produto”, pede o presidente da Anut.

Baldez diz que o Governo Federal assinou um acordo com o Ministério Público se comprometendo a resolver esses questionamentos a fim de evitar um monopólio nas ferrovias e que se continuem cobrando valores altos dos usuários.

“Atualmente se cobra de 5% a 10% a menos do custo do transporte rodoviário para usar os trilhos, enquanto o usual é 40% a menos. Mas com a concessão para a Rumo avaliamos que o cenário seja um pouco melhor sob esse aspecto de diversidade de carga”, analisa Baldez.

Rumo e Vale precisam se conectar para não inutilizar trechos em uso

Algumas operações de outras ferrovias da malha da Vale podem se tornar inúteis sem a criação de ramais e interligações com a nova parte concedida à Rumo. Luiz Henrique Baldez exemplifica com o trecho que liga Campinorte, em Goiás, a Água Boa, em Minas Gerais. “Se esse trecho não passar pela Norte Sul, vai ficar inócuo operacionalmente”.

O trecho da Ferrovia de Integração Oeste Leste, que vem do Porto de Ilhéus, litoral baiano, e vai até Figueirópolis, no Tocantins, também será inutilizado caso não passe pelo trecho da Vale na Norte Sul, segundo Baldez.

Se a Vale utilizar a malha ferroviária que já tem concessão para transportar apenas seus produtos, como minério de ferro – onde domina a produção nacional e é a segunda maior exportadora do mundo – os demais trechos concedidos à Rumo e os que já estão na mão da própria Vale ficarão inutilizados. O que também não faria sentido para outros investidores construírem uma nova ferrovia em paralelo a Norte-Sul, como explica Baldez.

“Quando essa ferrovia foi idealizada era para sair de Barcarena até o Rio Grande do Sul. A Vale tem um trecho de Paraupebas, no Pará, até São Luiz no Maranhão. São 980 quilômetros que levam o minério de ferro para exportação até a Ponta da Madeira, no Maranhão. E o trecho de Açailândia até Palmas é operada pela VLI, que é da Vale”, explica Luiz Baldez.

Com este raciocínio, o executivo esclarece porque os trechos concedidos à Rumo precisam ser conectados aos que já estão sob concessão da Vale, para ter fluidez de transporte no país.

Minério de ferro

A Vale utiliza as ferrovias brasileiras para transportar minério de ferro, que corresponde a 80% de todas as cargas transportadas nas ferrovias do país. O agronegócio tem 15% de espaço e 5% são produtos gerais.

Os empresários representados pela Anut, como os gigantes Votorantim, Usiminas, Gerdau e ArcelorMittal sugerem ainda que comprariam os próprios trens e vagões para circular nos trilhos da Rumo e da Vale.

Atualmente, os associados da Anut operam suas cargas pelo trecho de Vitória (ES) até Minas Gerais, em sua grande maioria – outra malha ferroviária na lista da Vale.

“Procuramos uma alternativa e não achamos. Todo o setor siderúrgico precisa de minério e carvão movimentados nos portos da Vale, que consequentemente deixa a siderurgia nacional dependente dos trechos concedidos à eles”, afirma Baldez.

Deputado catarinense questiona venda por valor abaixo do avaliado

Uma das primeiras séries de privatizações do Governo Federal pode se tornar um escândalo de corrupção da equipe econômica do presidente Jair Bolsonaro (PSL), segundo discurso do deputado federal de oposição Pedro Uczai (PT-SC).

O parlamentar constituiu diversos argumentos para fundamentar sua fala, entre eles, o valor da operação financeira abaixo do avaliado pela Valec S/A e a falta de atualização do preço pelo Índice Geral de Preço Médio (IGPM).

A Valec S/A, empresa pública que administra a ferrovia, avaliou o trecho concedido por R$ 3,8 bilhões e se o valor fosse reajustado pelo IGPM chegaria aos R$ 6 bilhões em valor de mercado. A construção de alguns trechos já consumiu R$ 16 bilhões desde seu lançamento, em 1987, pelo ex-presidente da República, José Sarney.

A quantidade de quilômetros licitados também foi citada pelo deputado catarinense; em 2007 o governo federal vendeu 720 km por R$ 2,8 bilhões e agora entregou 1.537 km por R$ 2,7 bilhões.

Uczai acompanha as obras e desenvolvimento das ferrovias brasileiras há 20 anos e considerou as condições do edital como um “presentão” do Governo Federal.

“Na época de uma antiga licitação, de 2007, foram pagos 50%  da entrada à vista e o restante em quatro anos. Agora o governo pediu 5% de entrada e mais oito anos para pagar”, questiona o parlamentar.

Irregularidades

A fiscalização do Tribunal de Contas da União (TCU) em cima do edital proposto pelo Ministério da Infraestrutura identificou irregularidades nos estudos de viabilidade técnica, econômico-financeira e ambiental da obra e sugeriu ajustes no texto original do edital.

Um dos ajustes é relacionado às obras inacabadas no trecho entre Ouro Verde de Goiás (GO) e Estrela d’Oeste (SP), atualmente a cargo da Valec S/A. O relatório do TCU determinou que a empresa terminasse as obras.

O Governo Federal queria entregar as obras para o vencedor da licitação concluir, mas como a Valec já tem contratos em andamento com empresas atuando na ferrovia, o TCU refutou a proposta para não gerar insegurança jurídica. O Ministério Público também questionou o edital em uma ação movida no TCU.

Mais leilões

O presidente Jair Bolsonaro escreveu em sua conta do Twitter, em 4 de março, que “a ferrovia Norte-Sul foi projetada para se tornar a espinha dorsal do transporte ferroviário do Brasil, integrando o território nacional e contribuindo para a redução do custo logístico do transporte de carga no país”.

Bolsonaro acrescentou à publicação que espera 23 leilões no decorrer do mandato, entre terminais portuários, aeroportos e ferrovias. “A estimativa é que, ao final da concessão, o trecho ferroviário em questão possa capturar uma demanda equivalente a 22,73 milhões de toneladas. Ao todo, estão previstos 23 leilões, incluindo terminais portuários, aeroportos e ferrovias”, continuou o presidente.

Trecho Palmas-Anápolis carrega 20 locomotivas

A estrada ferroviária que liga Palmas (TO) a Anápolis (GO) tem 855 quilômetros e foi concluída em 2014. Esta etapa compreende atualmente R$ 5 bilhões, o que equivale a um custo aproximado de R$5,96 milhões por quilômetro de ferrovia construída, segundo dados de setembro do ano passado, divulgado pela Valec S/A.

De 2014 a junho de 2018, o trecho transportou 20 locomotivas, 26 mil toneladas de farelo de soja, 13 mil toneladas de madeira triturada, oito mil toneladas de minério de manganês, aproximadamente 7.300 toneladas de barras de trilhos de 240 metros e carregou 262 vagões pelos trilhos.

FONTE: Jornal Opção
#190319-12
19/03/2019

Abate de suínos atinge novo recorde e ultrapassa os 44 milhões de cabeças

Professor Argemiro Brum, diretamente da Unijuí, analisa o mercado dos principais produtos agrícolas

No Mercado e Cotações de hoje (19), Argemiro Brum, professor Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Unijuí), fala sobre os preços do feijão, arroz, soja, milho e mercado das carnes.

Segundo Argemiro, o arroz está com a colheita em andamento. A demanda é muito baixa, o que não oferece sustentação para uma recuperação. O valor médio ficou em R$ 39,82 por saco. Em Sorriso (MT), fechou em R$ 48,00 e em São Paulo média de R$ 47,80 a R$ 49,80 o saco de 60 kg.

No caso do feijão, os preços continuam bem elevados. Em Goiás, o carioca ficou entre R$ 320 e R$ 325,00 o saco de 60 kg. No geral, os preços ficaram entre R$ 310,00 a R$ 390,00 o saco de 60 kg. Já o feijão preto está com preço mais estável e fechou entre R$ 190,00 e R$ 200 o saco de R$ 60 kg no Paraná.

O mercado do boi gordo apresentou alta. O cenário está mais definido, mesmo com os estoques menores. Os preços médios da arroba fecharam em R$ 146,00 no sul da Bahia e R$ 141,00 no Rio de Janeiro. Para o suínos, o abate aumentou em 2,4% e atingiu novo recorde: 44,2 milhões de cabeças.

“ O suíno vendido vivo continua se valorizando. Isso se deu devido ao consumo melhor do mercado interno, como também da melhoria da exportação”, afirmou.

Em Santa Catarina, o quilo do suíno ficou em R$ 3,89 e ,em Minas Gerais, em R$ 4,20.

FONTE: Opinião Goiás
#190308-08
08/03/2019

Sedi quer melhorar a pauta da balança comercial do Estado

Com o objetivo de realizar uma agenda comum entre o Governo de Goiás e as entidades representativas do setor produtivo com foco na internacionalização comercial de Goiás, o superintendente de Comércio Exterior da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Inovação (Sedi), Edival Lourenço Júnior, esteve em reunião na tarde da última quinta-feira, dia 07, com o presidente da Associação Comercial, Industrial e de Serviços do Estado de Goiás, (Acieg), Euclides Siqueira, e com a presidente da Câmara de Comércio Exterior da entidade, Andreia Fiúza.

“Queremos promover a internacionalização do Estado, com foco na melhoria qualitativa da balança comercial”, ressalta Edival Lourenço Júnior. O objetivo é melhorar a cadeia produtiva do Estado trazendo tecnologia e inovação, e assim melhorar a exportação qualitativamente, com produtos de maior valor agregado. “Hoje nossa balança é liderada por commodities e mineração”, explica.

O presidente da Acieg, Euclides Siqueira, afirmou que a entidade tem todo interesse em trabalhar em parceria com o Governo de Goiás. “As ideias que foram trazidas para a Acieg vêm ao encontro das nossas ideias, essa questão da internacionalização de Goiás está no nosso DNA”, afirmou.

Euclides Siqueira também solicitou ao superintendente de Comércio Exterior da Sedi o apoio aos pequenos e microempresários e produtores. “Precisamos ajudar a unir pequenos produtores e empresários para que juntos consigam participar das missões internacionais, para que possam exportar”, acrescentou.

O superintendente de Comércio Exterior da Sedi, Edival Lourenço Júnior, informou ainda que visitará e espera receber também em seu gabinete todas as entidades representativas do setor produtivo de Goiás.

FONTE: Governo de Goiás
#190211-14
11/02/2019

Balança comercial goiana apresenta superávit de US$ 134,25 milhões

Em comparação com o janeiro de 2018, houve uma redução do saldo positivo, mostrando a tendência de queda nos negócios no Estado.

O saldo comercial de Goiás de janeiro de 2019 apresentou um superávit de US$ 134,25 milhões, mas confirmou a tendência de queda nos negócios constatada em 2018, com diminuição nos volumes de importações e exportações. O montante atingido no último mês é 17,4% menor do que o índice de janeiro de 2018, que foi de US$ 162,53 milhões.

“Mesmo com a má gestão no Estado nos últimos anos, ainda há superávit na balança, mas é muito aquém do potencial da economia goiana. Os números de janeiro ainda são reflexo das más gestões anteriores, mas estamos trabalhando para que haja uma retomada”, explica o secretário de Desenvolvimento Econômico e Inovação, Adriano da Rocha Lima.

Para Adriano, as ações desenvolvidas na secretaria já nos primeiros dias de 2019 vão recolocar a economia goiana nos trilhos do crescimento.

“Já conseguimos um investimento de US$ 8 bilhões para a instalação de uma usina fotovoltaica e estamos prospectando novos investimentos nacionais e internacionais, além de criar um novo foco voltado para empresas com alto grau de inovação, que irão diversificar nossa economia. Em poucos meses, já veremos esse impacto positivo”, explica.

As exportações em janeiro de 2019 atingiram US$ 400,81 milhões, um decréscimo de 10,51% em relação a janeiro do ano passado. Na comparação com dezembro de 2018, o resultado mostra uma retração ainda maior, de 24,54% no volume de exportações.

Em janeiro deste ano, foram exportados 281 diferentes produtos para 106 países, com destaque para o complexo soja, que alcançou US$ 95,14 milhões e 23,74% do total exportado por Goiás no referido mês. Em relação a janeiro de 2018, porém, houve decréscimo de 19,11%.

Em segundo lugar, está a exportação de carnes, que totalizou US$ 87,53 milhões, mas também representando queda de 12,86% em relação ao mesmo período do ano passado. O ouro ocupou o terceiro lugar no ranking de produtos exportados neste mês, totalizando US$ 55,065 milhões, representando 13,74% de todo o valor exportado no período.

Os principais destinos dos produtos exportados por Goiás são a China, com US$ 126,41 milhões, representando 31,54% do total. Em segundo lugar, aparece a Itália, com US$ 39.42 milhões, totalizando 9,84%. Em terceiro, estão os Países Baixos, que compraram US$ 34,21 milhões, o que 8,54% das exportações.

Importação

Em janeiro, as importações tiveram queda de 6,58% em relação a janeiro de 2018, apresentando cifras de US$ 266,55 milhões. Em relação a dezembro de 2018, o decréscimo é ainda maior, totalizando 12,76%.

 No primeiro mês de 2019, foram importados 1339 produtos diferentes de 64 países. Em primeiro lugar aparecem os produtos farmacêuticos que somaram US$ 65,25 milhões, totalizando uma participação de 24,48% do valor total das importações do Estado, mas apresentando queda de 23,01% em relação a janeiro de 2018.

Em segundo lugar, estão os Adubos (fertilizantes) representando 18,76% de todo valor importado pelo Estado em janeiro, totalizando US$ 50,01 milhões. Em terceiro lugar, apareceram Veículos automóveis terrestres, suas partes e acessórios com participação de 12,56%.

Do total de importações, os Estados Unidos ocupam o primeiro lugar no ranking de países dos quais o Estado importou em janeiro de 2019, totalizando US$ 43.351.047 milhões ou 16,26% do total das importações. O segundo lugar ficou com a China, com 15,83% do total, seguida pelo Japão (9,22%).

FONTE: O Anápolis
#190130-01
30/01/2019

Brado traz nova solução de logística multimodal para a importação de fertilizantes

A Brado registrou cerca de 1,3 mil contêineres movimentados no primeiro ano da operação de importação de fertilizantes. Iniciado em janeiro de 2018, o projeto trouxe uma nova solução logística para o fluxo de importação atendido pelo Porto de Paranaguá (PR), com ganhos operacionais relevantes para o transporte de contêineres reefer (refrigerados) destinados ao terminal de Cambé, no Norte do Paraná.

O objetivo da operação de fertilizantes é avançar o transporte da carga conteinerizada até o terminal multimodal de Cambé e ofertar o produto final mais próximo as regiões de consumo, reduzindo assim a dependência do fluxo rodoviário para estes clientes. O projeto nasceu por meio de um estudo de inteligência de mercado e de uma solução desenhada com conjunto com os armadores Maersk, Hamburg Süd e a TCP (Terminal de Contêineres de Paranaguá).

“Este novo desenho permitiu um fluxo round-trip muito mais eficiente, econômico e ambientalmente sustentável para os clientes finais, o que potencializou o crescimento de nossas operações”, afirma Daniel Salcedo, gerente executivo da Brado.

“Antes, as cargas eram manuseadas em terminais na retroárea do Porto de Paranaguá e seguiam por rodovia. Agora, os contêineres rodam aproximadamente 1.200 quilômetros na ferrovia entre os fluxos de ida e volta, sempre cheios de ponta a ponta”, explica.

Planejada e executada ao longo de todo o ano, a operação de importação de contêineres com fertilizantes tem volumes que variam de acordo com os períodos que antecedem as safras, principalmente as de soja, milho e algodão. 

Os contêineres que chegam pela ferrovia ao terminal da Brado em Cambé são entregues e descarregados por caminhões em armazéns localizados em um raio de até 30 quilômetros, por onde os big bags com fertilizantes são distribuídos aos consumidores finais (agricultores, atacadistas, varejistas e cooperativas) nos estados do Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, São Paulo e Goiás.

“Conseguimos otimizar os custos e o planejamento de transporte, armazenamento e distribuição”, diz Salcedo. “A solução trouxe benefícios para os importadores, agricultores e todas as partes envolvidas no processo logístico”.

Projeções para 2019

Conforme o terceiro prognóstico da Safra 2019, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 10 de janeiro deste ano, a safra de grãos deve ter um aumento de 3,1% em relação ao ano anterior – alavancada, principalmente, pelas altas na produção de milho (6,9 milhões) e soja (945,6 mil toneladas).

Os números positivos do setor agrícola também impulsionam as projeções da Brado para 2019. A empresa pretende dobrar a operação de fertilizantes, com aproximadamente 3500 contêineres movimentados.

Além do trajeto entre Paranaguá e Cambé, a empresa iniciou recentemente a importação de fertilizantes em contêineres no trecho entre o Porto de Santos (SP) e Rondonópolis (MT), ampliando o portfólio de serviços e soluções para este mercado de insumos agrícolas e contribuindo para novos recordes operacionais da Companhia.

FONTE: Portos e Navios
#190127-01
27/01/2019

Indústria global de energia solar perde com o aumento dos preços dos painéis solares chineses

A indústria global de energia solar está prestes a perder uma grande vantagem competitiva, já que os preços dos painéis solares chineses começam a se recuperar depois de um colapso no ano passado, disse na quinta-feira o líder de um dos maiores fabricantes mundiais.

“A festa definitivamente acabou”, disse Eric Luo, presidente da GCL System Integration Technology Co da China, uma das 10 maiores fabricantes de painéis solares, alimentando o setor de energia renovável que mais cresce.

Os preços dos painéis solares caíram em torno de 30% no ano passado, depois que a China, maior produtora mundial, cortou subsídios para encolher sua indústria solar, levando os fabricantes menores à beira do colapso.

Para aumentar o caixa e manter-se à tona, os fabricantes eliminaram o estoque e desviou as vendas para o exterior, o que levou os preços a uma espiral descendente – oferecendo lucros inesperados para geradores de energia solar e investidores em fazendas solares.

Luo, falando à Reuters no Fórum Econômico Mundial na estação de esqui suíça de Davos nesta semana, disse que o modelo de negócios verticalmente integrado do GCL a impediu de cair nos preços, já que suas usinas solares se beneficiaram de painéis mais baratos.

A dor será principalmente sentida pelos pequenos produtores chineses, que não têm cadeias de fornecimento internacionais, provocando a consolidação da indústria ou forçando-os a fechar, acrescentou.

Luo disse que os preços do painel solar já estão se estabilizando e espera que eles se recuperem entre 10% e 15%, com a consolidação da indústria chinesa no próximo ano ou dois.

Os painéis representam quase metade dos custos de instalação de uma fazenda solar, que ameaçam os retornos dos investidores.

A China abriga quase um terço da capacidade solar instalada acumulada no mundo e seus fabricantes dominam a indústria, apesar de receberem tarifas antidumping e serem pegos mais recentemente na guerra comercial EUA-China.

Em setembro, a União Européia acabou com as restrições à venda de painéis solares chineses, mas Washington continua impondo um imposto antidumping. Eles também estão sujeitos ao aumento mais recente do presidente Donald Trump para as tarifas gerais sobre as importações chinesas.

O GCL ainda conta os Estados Unidos como um mercado importante, mas está se expandindo rapidamente em outros mercados, seguindo o enorme programa de desenvolvimento internacional de Correia e Estrada de Pequim, disse Luo, acrescentando que os negócios no exterior representariam 75 por cento dos embarques de painéis solares da GCL. ano.

Em casa, Luo disse que a China está se aproximando rapidamente do ponto em que a indústria solar poderia operar sem qualquer tipo de subsídio. Ele disse que o noroeste da China, onde o sol era mais abundante e a terra menos cara, já havia alcançado esse marco.

A maior parte do restante do país seguirá este ano, antes que a idade dos subsídios termine completamente em 2020, disse ele.

FONTE: Folha de Goiás
#190126-01
26/01/2019

Tailândia poderá importar carne bovina de Goiás

Técnicos tailandeses conheceram processo de criação e produção do segmento em Palmeiras de Goiás

Uma equipe técnica da Tailândia realizou, na sexta-feira (25), uma inspeção de sistemas de produção pecuária e plantas frigoríficas, em Palmeiras de Goiás. As visitas foram realizadas no Frigorífico Minerva e na Fazenda Sacramento, ambos no município. A expectativa é que o país passe a comprar carne bovina da região.

Na ocasião, membros da Superintendência Federal da Agricultura em Goiás e da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) apresentaram os trabalhos do Serviço Veterinário Oficial (SVO) e informações do estado como situação geográfica, logística, dados macroeconômicos e o potencial do agronegócio, com foco na pecuária de corte.

Além disso, os técnicos tailandeses puderem conhecer a planta industrial do Frigorífico Minerva, assim como o processo de produção, desde a chegada dos animais e abate, até o acondicionamento e expedição dos produtos. Na Fazenda Sacramento, os profissionais conheceram o sistema de criação dos animais, com ênfase na sanidade do rebanho.

A visita a Palmeiras de Goiás faz parte de uma série de inspeções realizadas em diversos estados brasileiros. Após este período de verificação, os profissionais deverão elaborar relatório final a ser avaliado pelo governo tailandês. A estimativa é de que o leque de países importadores seja ampliado para a expansão do Brasil neste segmento.

FONTE: Mais Goiás
#190117-01
17/01/2019

Balança tem superávit de US$ 58,7 bilhões em 2018, aponta FGV/Icomex

A balança comercial fechou o ano de 2018 com um superávit de US$ 58,7 bilhões, com destaque para a participação da China como principal destino das exportações brasileiras. Embora o resultado tenha sido inferior ao de 2017, de US$ 67 bilhões, foi o segundo melhor desempenho da série histórica, segundo os dados do Indicador do Comércio Exterior (Icomex), divulgado nesta quinta-feira, 17, pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

A China deteve 26,8% das exportações brasileiras, mais do que o dobro da participação dos Estados Unidos, responsável por 12% das vendas externas do Brasil. O terceiro principal parceiro foi a Argentina, embora esta tenha reduzido sua participação no ranking de destino de exportações, passando de 8,1% em 2017 para 6,2% em 2018.

No ano passado, os chineses aumentaram sua participação nas exportações do Brasil, em relação a 2017, quando compraram 21,8% do total exportado. O crescimento de 35,2% nas exportações para a China em 2018 foi puxado pela soja em grão, petróleo bruto e minério de ferro. Os três produtos somam 82% das exportações brasileiras para território chinês.

O petróleo superou a participação do minério de ferro pela primeira vez nas vendas externas brasileiras para a China, ressaltou a FGV.

"A importância da China para as exportações brasileiras é reafirmada quando analisamos os dez principais produtos exportados pelo Brasil", declara o relatório do Icomex. "O segundo principal produto exportado pelo Brasil é o óleo bruto de petróleo e a participação da China no total exportado passou de 44,2% para 57%, entre 2017 e 2018. Nas exportações de carne bovina, oitavo principal produto, o porcentual da China foi de 18,3% em 2017, e de 27,2% em 2018", completou.

Quanto às importações, a China é o principal mercado de origem, mas com menor diferença em relação ao segundo colocado. A China foi responsável por 19,2% das importações brasileiras, enquanto os Estados Unidos detiveram 18,1% das importações totais em 2018.

A FGV lembrou ainda que houve extraordinariamente um aumento nas importações totais em 2018 influenciado pelas mudanças do Repetro, regime fiscal do setor de óleo e gás.

Em 2018, o volume exportado pelo Brasil cresceu 4,6% em 2018, enquanto as importações subiram 12%. Se excluídas as plataformas, a alta no volume importado seria de 6%. A FGV espera algumas eventuais operações de retorno contábil das plataformas de petróleo via importações em 2019, "no entanto, não se espera um impacto semelhante ao que ocorreu em 2018", prevê o relatório.

FONTE: Uol Economia
#190103-06
03/01/2019

Centro-Oeste se prepara para ampliar área de safrinha de milho

Região deve ter produção superior a 44 milhões de toneladas do cereal de segundo ciclo, de acordo com a Conab

A perspectiva é de que neste ano o milho segunda safra, ou safrinha, ocupe uma área maior no Centro-Oeste, principal região produtora. Como o plantio de soja ocorreu no período correto, a lavoura de milho, semeada logo após a colheita da oleaginosa, deve cumprir o calendário ideal também. A grande incógnita é o clima, já que a região tem registrado períodos prolongados de estiagem e o ano será de El Niño, que no Centro-Oeste se caracteriza por mais chuvas. Além disso, para o avanço da área, os preços do milho ao longo do primeiro trimestre também devem ser determinantes.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em estimativa divulgada em dezembro, projetou um volume de 63,73 milhões de toneladas na segunda safra de milho, sendo 44,23 milhões no Centro-Oeste, o que, se confirmado, representará crescimento de 18% na produção brasileira e de 13% na região central do Brasil ante a safra 2017/2018. A estatal não avaliou ainda a expectativa sobre incremento de área na safrinha brasileira, mas, considerando a lavoura semeada em 2017/2018 e o potencial de rendimento, aponta que no Centro-Oeste o maior incremento de produção deve ser observado em Mato Grosso do Sul, com 8,778 milhões de toneladas (+38,5%), seguido de Goiás, com 7,693 milhões de t (+20%). Mato Grosso, que lidera a produção do cereal de segunda safra, deve colher 27,497 milhões de toneladas (+4,9%).

Um indicativo de que produtores investirão na safrinha de milho são as compras antecipadas de fertilizantes. Embora este insumo esteja mais caro em relação à temporada anterior, as aquisições realizadas em novembro superaram em volume as de novembro de 2017. "Isso está acontecendo, em parte, porque os agricultores estão mais capitalizados devido à boa venda da safra de soja e, portanto, podem gastar mais e antes", disse ao Grupo Estado, o analista de mercado da FCStone Fábio Rezende.

Em Mato Grosso, o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) estima um incremento da área de safrinha de 1,05%, para 4,66 milhões de hectares, e de 3,43% na produção, a 28,53 milhões de toneladas. Em Goiás, onde a safrinha foi menor em 2018 em razão de problemas climáticos, há condições para uma boa recuperação, segundo o presidente da Associação de Produtores de Soja e Milho do Estado de Goiás (Aprosoja-GO), Adriano Barzotto. "Se for feito (o plantio) no tempo correto, será excelente."

A entidade trabalha com uma perspectiva de plantio muito próxima da Conab.Já em Mato Grosso do Sul, a lavoura deve avançar 1,5% a 2% ante 2017/2018, para 1,8 milhão de hectares, segundo estimativas internas da Aprosoja-MS. O diretor executivo da associação, Frederico Azevedo, espera que a colheita ultrapasse 10 milhões de toneladas, o que pode ser a maior safra da história.

Preços

A expectativa de maior produção em 2018/2019 pode ser fator de pressão sobre os preços. Por isso, em Mato Grosso, há quem sugira que não se expanda muito a área plantada. "Nós recomendamos que os produtores não plantem toda a área disponível. Pedimos que se repita a área do ano anterior, aproximadamente 4,5 milhões de hectares. O ideal, na verdade, seria que houvesse uma redução, para se manter o preço", disse Antônio Galvan, presidente da Associação de Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso (Aprosoja-MT).

Há dúvidas, no entanto, se esse tipo de estratégia pode funcionar. O presidente da Aprosoja-GO, Adriano Barzotto, afirma: "Todo ano que o milho cai abaixo do preço histórico se fala disso (de reduzir plantio), mas é uma questão da gestão interna da propriedade e cada produtor sabe como deve agir nessa hora".

Fatores como o preço do petróleo - que afeta a competitividade do etanol, produzido também com milho -, a produção de carne bovina e a disputa comercial entre Estados Unidos e China vão influenciar a cotação do cereal. A agência de classificação de risco Moody's apontou no último dia 11 de dezembro que a perspectiva para os ratings das empresas do setor de proteína animal na América Latina em 2019 é positiva, o que ajuda a cotação do milho, já que a demanda pelo produto para uso como ração animal tende a crescer.

Além disso, segundo João Macedo, analista de grãos da FCStone, há demanda suficiente no Brasil para absorver toda a safrinha. "A safra de verão não chega nem perto de cobrir a nossa demanda interna", afirmou ele. "Além disso, o produtor está vendo que o cenário de milho é favorável, já que houve quebra no ano passado, há uma escassez do produto no País e os preços estão elevados."

FONTE: Globo Rural
#181213-01
13/12/2018

Goiás deve fechar 2018 com novo recorde em exportações

As exportações goianas em 2018 devem ultrapassar os US$ 8 bilhões, atingindo novo recorde, segundo estimativa da Superintendência Executiva de Comércio Exterior da Secretaria Estadual de Desenvolvimento (SED). Somente entre janeiro e novembro de 2018, as vendas para outros países alcançaram US$ 6,94 bilhões, superando o acumulado em todo o ano de 2017, quando o total foi de US$ 6,90 bilhões, maior valor histórico até então. O resultado da balança comercial de novembro foi divulgado nesta quinta-feira (13/12) pela SED.

“Já atingimos o patamar do fechamento do ano de 2017, então ainda temos um mês de crédito. Para 2019, a expectativa é de resultados ainda melhores. O trabalho realizado nestes últimos quatro anos deve refletir positivamente, abrindo portas para as relações internacionais e, consequentemente, para o comércio exterior”, afirma o superintendente Executivo de Comércio Exterior,William O´Dwyer.

Segundo ele, as missões comerciais realizadas pelo Governo de Goiás para outros países, além dos investimentos das empresas na melhoria da qualidade de produção e na diversificação dos produtos, abriram as portas para os produtos goianos no exterior.

Novembro

A balança comercial de Goiás continuou sua trajetória positiva em novembro de 2018, com saldo comercial superavitário de US$ 177,76 milhões. Esse resultado de bem-sucedidas negociações de 368 produtos diferentes com 119 parceiros internacionais valeu para o Estado o ranking positivo pelo 59º mês consecutivo.

As exportações goianas em novembro atingiram o montante de US$ 458,93 milhões, com retração de 18,12% na comparação com o mês anterior e decréscimo de 14,44% em relação ao mesmo período de 2017. As importações totalizaram US$ 281,17 milhões, com crescimento de 7,04% em relação a novembro de 2017, apesar da pequena redução de 3,33% em relação ao mês anterior.

Exportações

As exportações de carnes sobressaíram-se em relação aos demais produtos da balança comercial goiana, somando US$ 119,01 milhões, ou 25,93% do total, índice 3,07% maior que o registrado em novembro de 2017. O protagonismo das carnes continuou em novembro, com crescimento de 4,01% de vendas das carnes bovinas e de 38,92% a mais nas vendas de carnes de aves.

Em segundo lugar na planilha das exportações estão as ferroligas, com US$ 80,81 milhões no volume de negócios, ou seja, 17,61% de todo o valor exportado no período, e mesmo em relação a novembro de 2017 as ferroligas registraram crescimento de 54,03% nas exportações.

O complexo soja ocupou o terceiro lugar no ranking das exportações, com US$ 40,25 milhões em volume de negócios, ou 11,16% do montante comercializado no mês passado, tendo a China e a Índia como principais destinos. Em relação a novembro de 2017, a soja apresentou retração de 48,32% no volume de vendas, recuo devido ao período de entressafra.

Ainda na tabela de exportados, Goiás comercializou US$ 40.253 milhões de complexo milho, que mesmo retraindo-se em 40,58% em relação a novembro de 2017, chegou no mesmo período deste ano a 8,77% do montante das exportações feitas pelo Estado.

Os países de destino dos produtos goianos continuam sendo os fiéis parceiros: China em primeiro lugar, com a aquisição de 29,54% dos produtos comercializados, ou US$ 135.581 milhões. A Índia aparece como segunda maior parceira comercial de Goiás, com US$ 35.335 milhões em aquisições, ou 7,79% do total. Os Estados Unidos ocuparam a terceira colocação de novembro nas vendas do Estado, com 6,29% dos produtos.

Importações

Em novembro de 2018, foram importados 1.319 produtos diferentes de 68 países, com destaque para os produtos farmacêuticos, mais uma vez liderando o menu dos produtos importados graças ao dinamismo do polo farmacêutico de Goiás, o terceiro maior do País. Foram US$ 107,74 milhões em importações, ou 38,32% do total.

Com crescimento de 36,73% em relação a novembro do ano passado, seguiram-se entre os produtos importados, máquinas e equipamentos e aparelhos elétricos e mecânicos, representando 14,32% do volume, ou US$ 40,2 milhões. Em terceiro lugar apareceram adubos (fertilizantes) com 12,29%, seguidos por veículos e suas partes, com 12,13%, entre outros.

Os Estados Unidos, mais uma vez, ocuparam o primeiro lugar no ranking dos países de origem das importações, com 21,28% das aquisições na balança de Goiás, totalizando US$ 59,8 milhões.

Os dados da balança comercial compilados pela SED têm como fonte o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

FONTE: Jornal Hora Extra
#181129-04
29/11/2018

Exportações goianas de carnes bovina geram negócios de US$ 1 bilhão

Goiás deve fechar o ano com exportações superiores a 230 mil toneladas de carne bovina, quantidade recorde nos últimos 20 anos, contabilizando negócios que podem chegar a US$ 1 bilhão neste segmento. De acordo com dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa, até outubro deste ano as vendas externas de carne bovina de Goiás somaram 195.207 toneladas, com movimentação financeira de US$ 804,361 milhões.

A carne exportada em dez meses de 2018 já supera o total enviado ao exterior em 2017, quando foram embarcadas 189.938 toneladas, conforme a Superintendência de Comércio Exterior da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Goiás (SED). Além do mercado externo, Goiás se destaca como um dos principais vendedores de carne bovina para o mercado nacional.

A rigor, o que ocorreu com a bovinocultura de corte em Goiás nos últimos 20 anos pode ser classificado como verdadeira revolução. Em 1998, o Estado exportou 11.253 toneladas de carne, totalizando negócios que somaram US$ 30,3 milhões. Os produtos bovinos goianos, naquele ano, se destinaram a apenas 22 países.

Considerando o desempenho do ano de 2018, o crescimento das exportações deverá superar 2000% em 20 anos, se atingidas as vendas externas de 230 mil toneladas. Também o número de países-destino da carne goiana saltou mais de 200%, saindo de 22 em 1998 para 66 em 2017, segundo dados consolidados da Superintendência de Comércio Exterior da SED.

Nos últimos 20 anos a carne bovina goiana já foi comercializada para 127 países em todos os continentes. Em relação ao valor global dos negócios, o crescimento nos últimos 20 anos supera os 3.300 por cento, saindo de US$ 30 milhões para US$ 1 bilhão projetados para este ano.

Nas últimas duas décadas, o rebanho bovino goiano apresentou elevado crescimento numérico, saindo de um plantel próximo de 18 milhões de cabeças em 1998 para 22,68 milhões de cabeças em 2018, conforme dados da Agência Goiana de Defesa Agropecuária – Agrodefesa. Outro fator relevante se refere ao número de unidades frigoríficas localizadas em Goiás registradas no Mapa com cadastro para exportação. Em 1998, eram apenas duas plantas industriais. Atualmente são 24.

Há que se considerar também o avanço na taxa de desfrute do rebanho, atualmente em torno de 15% ao ano, com abate anual aproximado de 3 milhões de cabeças. Ganhos significativos foram registrados também nos índices de produtividade, pela implementação de técnicas modernas de produção, nutrição e sanidade.

Parceria de resultados

Os avanços alcançados pela bovinocultura de corte no Estado decorrem principalmente da parceria estabelecida pelo setor público com os pecuaristas, por meio da consolidação de um processo duradouro de confiança, conscientização e cooperação, sempre com foco na busca de resultados positivos para todos os segmentos envolvidos.

Conforme o presidente da Agrodefesa, José Manoel Caixeta, um dos pontos mais relevantes nesses últimos anos foram as medidas que culminaram com a garantia da qualidade dos produtos, em especial os programas de sanidade animal como o controle e combate da febre aftosa, combate da raiva dos herbívoros e controle da brucelose, além de outros. “O significado mais expressivo de tudo isso é que ao longo dos anos os criadores compreenderam e aderiram definitivamente aos programas propostos pelo poder público”, afirma Caixeta.

Programa Estadual de Enfermidades Vesiculares (Febre Aftosa), coordenado pela Agrodefesa, tem sido fundamental para assegurar a qualidade da carne produzida em Goiás. Embora a vacinação obrigatória ocorra nacionalmente há quase 60 anos, foi nas últimas duas décadas que o programa se intensificou e conseguiu barrar o surgimento de casos da doença. Em Goiás, o último foco de febre aftosa comprovado ocorreu em agosto de 1995, portanto há mais de 23 anos. Tanto que Goiás conquistou recentemente o certificado de Estado livre de febre aftosa, com vacinação.

Conforme José Manoel Caixeta, o Programa de Combate à Aftosa, com sucessivas campanhas de vacinação, alcançou plenamente seus objetivos e tem proporcionado ganhos substanciais aos produtores e ao Estado. Esta semana mesmo (dia 30), será concluída a segunda etapa deste ano, com previsão de imunizar 9,5 milhões de cabeças de bovinos e bubalinos de zero a 24 meses. De igual modo, os programas de controle da raiva e da brucelose também se destacam nas ações da Agrodefesa, com envolvimento e conscientização dos pecuaristas que cumprem rigorosamente as normas legais.

O próximo passo será a obtenção do status de Estado livre da febre aftosa sem vacinação. Para tanto, o Ministério da Agricultura elaborou o Plano Estratégico da Retirada da Vacinação Febre Aftosa, a ser implementado no período de 2019 a 2026. Com base nesta programação, o Estado de Goiás vai proceder a última vacinação do rebanho (animais de todas as idades) em maio de 2021.

Após isso, haverá um período de acompanhamento e avaliação e a previsão é que em 2023 o Mapa declare Goiás e os demais estados brasileiros livre de febre aftosa, sem vacinação. Por fim, em 2026, espera-se a conquista definitiva do título de Brasil Livre da Aftosa a ser outorgado pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), unidade da Organização das Nações Unidas, com sede em Paris.

FONTE: Último Instante.
#180726-03
26/07/2018

Brasil e China discutem maior aproximação comercial no setor de agro

Reunião de hoje — Governo brasileiro se reuniu com o presidente da China Xi Jinping durante a 10ª Cúpula do Brics, em Joanesburgo, África do Sul

O governo brasileiro e da China se reuniram nesta quinta-feira durante a 10ª Cúpula do Brics para discutir a pauta econômica, especificamente a agrícola. Com o presidente da China Xi Jinping foi tratado o fim da sobretaxa imposta pelo país asiático ao frango e ao açúcar brasileiros.

A comitiva brasileira afirma que o governo chinês recebeu a questão com acolhimento e se comprometeu a examinar com prioridade como estreitar as relações comerciais entre os dois países. “O presidente chinês disse que vai fazer o encaminhamento necessário. Nossa pauta de exportação com eles precisa ser aumentada e Jinping disse que quer ampliar o mercado”, afirmou o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, após a reunião bilateral em Joanesburgo, na África do Sul.

O Brasil, que exporta grão de soja em grande quantidade para a China, também busca alcançar a exportação de elementos processados, ou seja, óleo e farelo de soja. “Este é o 5º encontro que nós temos e o que vem se solidificando é essa pauta agrícola com a China”, concluiu o presidente Michel Temer.

Concessões

A participação chinesa em empresas brasileiras também foi tema debatido nesse primeiro diálogo do dia, diante da percepção de que as parcerias que já ocorrem têm sido positivas e de que novas podem ser fechadas, especialmente nos campos de ferrovias, portos, aeroportos, linhas de transmissão e distribuidoras de energia. De acordo com a quarta edição do Boletim sobre Investimentos Chineses no Brasil, lançado em 9 de maio pelo Ministério do Planejamento, a China integrou 262 projetos no Brasil no período entre 2003 e 2018, com valores totais de US$ 126,7 bilhões. Os dados apontam aumento da diversificação dos investimentos das empresas privadas chinesas.

O encontro

A 10ª Cúpula do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) vai até sexta-feira (27). Durante a cúpula, os países do bloco devem discutir a abertura de um escritório regional do Novo Banco do Desenvolvimento (NBD), o Banco do Brics, em São Paulo, com escritório também em Brasília.

Os países integrantes do Brics representam 43% da população mundial e 26% do Produto Interno Bruto (PIB) do planeta.

FONTE: Último Instante.
#180725-03
25/07/2018

Governo cria selo para produtos de exportação

Criado pelo Ministério da Agricultura, o selo identifica produtos do agronegócio de origem brasileira no exterior

Para incentivar a abertura de novos mercados, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) criou um selo que identifica no exterior os produtos do agronegócio de origem brasileira. Conhecido como Brazil Agro - Good for Nature, o selo é voltado para produtos da pauta de exportação, como carne e leite. Segundo o Mapa, a identificação vai ficar contida por meio de um QR Code com informações de origem dos alimentos, adesivados em embalagens e latarias.

As empresas brasileiras que desejam garantir a certificação devem aderir ao programa através do ministério. De acordo com o ministro do Mapa, Blairo Maggi, nove associações que representam dezenas de empresas já demonstraram interesse em aderir ao selo. Para obter o selo, algumas das exigências são as boas práticas e o bem estar animal, o cumprimento da legislação, a conformidade internacional, o uso sustentável dos recursos e a preservação do meio ambiente. Isso tudo é para garantir qualidade nas mercadorias.

Segundo o ministério, essa é uma medida voltada para buscar crescimentos financeiros dos produtos brasileiros em outros países. A expectativa é atingir a meta de conquistar a elevação da participação do País no mercado mundial de alimentos dos atuais US$ 96 bilhões para aproximadamente US$ 146 bilhões. A intenção é associar produtos do setor a sua origem, a condições de qualidade, sustentabilidade e de padrões internacionais. Assim, será possível consolidar a imagem do Brasil como produtor e exportador de mercadorias seguras para os consumidores.

A assinatura do termo de autorização para que seja utilizado o selo aconteceu na última segunda-feira durante o evento internacional Global Agribusiness Fórum 2018, que aconteceu em São Paulo. O desenvolvimento do selo foi discutido com empresários na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) no mês passado.

FONTE: DCI Diário Comércio Indústria & Serviços.
#180720-03
20/07/2018

Exportação de soja do Brasil deve ir a recorde de 75 mi t no próximo ano, diz Safras

As exportações brasileiras de soja devem crescer no próximo ano para um novo recorde, de 75 milhões de toneladas, projetou nesta sexta-feira a Safras & Mercado, em meio a um cenário de produção novamente volumosa.

De acordo com a consultoria, que considera em sua estimativa o ano comercial 2019/20, de fevereiro a janeiro, os embarques representariam aumento de 1 por cento ante os 74,5 milhões de toneladas previstos para o atual ciclo 2018/19. O Brasil é o maior exportador global da oleaginosa em grão.

A projeção se dá em meio a expectativas de uma produção recorde no ano que vem, de quase 120 milhões de toneladas, conforme a Safras.

A consultoria não cita justificativas para suas previsões, mas as exportações recordes também podem incorporar o potencial de uma maior demanda da China, que trava uma guerra comercial com os Estados Unidos, incluindo a aplicação de taxas sobre a compra de soja norte-americana.

De acordo com a Safras, o esmagamento de soja no Brasil no próximo ano será de 44 milhões de toneladas, aumento de 2 por cento na comparação com a atual temporada. Os estoques ao término do ciclo seguinte devem cair para 429 mil toneladas, de 2,5 milhões, em razão das exportações e também de um consumo 1 por cento superior.

DERIVADOS

A Safras prevê uma produção de farelo de soja de 33,47 milhões de toneladas no próximo ano, alta de 2 por cento, mas com exportações 13 por cento menores, em 15 milhões de toneladas

No caso do óleo de soja, a expectativa da consultoria é de produção de 8,735 milhões de toneladas, com embarques de 1,1 milhão de toneladas, recuo de 8 por cento.

Os estoques finais de farelo e óleo no ano que vem devem somar 2,142 milhões e 114 mil toneladas, respectivamente.

FONTE: Notícias Agrícolas