#190329-08
29/03/2019

Itaúna é uma das cidades de MG contempladas com investimentos de grupo mexicano

Protocolo de intenção de cerca de R$ 1,3 bilhão de investimentos foi assinado esta semana por Romeu Zema.

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), assinou na última terça-feira (27) um protocolo de intenção com o grupo mexicano Simec, que prevê um investimento de cerca de R$ 1,3 bilhão no estado nos próximos anos. A verba contempla a unidade da empresa em Itaúna, no Centro-Oeste Mineiro.

Na cidade, a empresa possui uma planta na produção de arames e derivados. Na ocasião, o governador afirmou que a busca por investimentos para o estado visa retomar o desenvolvimento econômico do mesmo.

Segundo a assessoria de comunicação do Estado, o grupo irá expandir a unidade que já tem no município e ampliará seus negócios nas áreas de laminação, trefilação e lingotamento contínuo em todo o estado. Não foi informado o valor exato que será investido em Itaúna e quais outras cidades serão contempladas. A expectativa é de criação de 460 empregos diretos no estado.

Além de Zema, assinaram o protocolo de intenção as secretarias de Estado de Desenvolvimento Econômico, de Estado e a Agência de Promoção de Investimento e Comércio Exterior de Minas Gerais (Indi).

O grupo

O grupo Simec é do México e é considerado uma das mais importantes siderúrgicas de aços especiais da América do Norte, produzindo cerca de três milhões de toneladas de aço por ano em plantas no México, Estados Unidos e Canadá.

FONTE: G1
#190308-05
08/03/2019

Café do Brasil, Colômbia e Peru representa 48% da produção mundial

Safra de café da América do Sul atinge 80 milhões de sacas no ano-cafeeiro 2018-2019

Os países produtores de café da América do Sul, principal região fornecedora do produto em nível mundial, no mês de janeiro de 2019, exportaram 4,76 milhões de sacas, volume que representa um acréscimo de 16,4%, se comparado com o mesmo mês do ano anterior. Se forem consideradas as exportações acumuladas em quatro meses seguidos (outubro de 2018 a janeiro de 2019), o total exportado soma 21,6 milhões de sacas, com percentual de crescimento de 17,9%, na comparação com o mesmo período anterior.

No caso dos Cafés do Brasil, com relação a exportações no mesmo período quadrimestral objeto desta análise, as vendas aumentaram 26,8%, com 14,73 milhões de sacas. Quanto à Colômbia, as exportações atingiram 4,79 milhões, volume que denotou crescimento de 5% em relação ao mesmo período anterior. E as exportações do Peru somaram 1,92 milhão de sacas, as quais registraram aumento de 1,3%.

Quanto à produção de cafés na América do Sul – Brasil, Colômbia e Peru -, região responsável por 47,7% da produção global no ano-cafeeiro 2018-2019, os números indicam que a safra aumentou 4,3%, ao atingir 79,94 milhões de sacas. Somente a produção do Brasil, maior produtor mundial, com aproximadamente 35% da safra mundial, que bateu um recorde histórico, somou 60,1 milhões de sacas.

A Colômbia, que é o segundo maior produtor de café do Continente Americano, de acordo com estimativas, obteve uma safra 14,2 milhões de sacas, volume 2,7% maior que o ano-cafeeiro passado. E o Peru, com safra de 4,36 milhões de sacas de 60kg, registrou 1,7% de crescimento, tendo como base a safra anterior. A produção da Colômbia corresponde a 8,6%, e a do Peru a 2,6%, respectivamente, da produção mundial em 2018.

Os dados e números que permitiram realizar esta análise constam do Relatório sobre o mercado de Café fevereiro 2019, da Organização Internacional do Café – OIC, o qual está disponível para consulta na íntegra no Observatório do café do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café. Para a OIC, o ano-cafeeiro global compreende o período que abrange os meses de outubro a setembro. As demais edições desse Relatório, desde julho de 2014, também estão acessíveis na íntegra no Observatório do Café.

Conforme os dados do Relatório sobre o mercado de Café, com relação às exportações dos demais países produtores de cafés do Continente Americano, especificamente na América Central & México, segundo a OIC, as vendas ao exterior registraram queda de 23,7%, com a venda de 1,18 milhão de sacas no mês de janeiro de 2019. E, ainda, que houve queda de 13,7%, com 3,15 milhões de sacas, nos quatro primeiros meses do ano-cafeeiro de 2018-2019. Nesse contexto, o Relatório ressalta que, Honduras, maior exportador regional e o 8º em nível mundial, no período de outubro de 2018 a janeiro de 2019, exportou 1,19 milhão de sacas, número 22,4% menor que o período passado.

Com base nas análises dos dados das exportações globais, de acordo com as estatísticas da OIC, verifica-se que as vendas do México ao exterior, no período ora citado, caíram 7,7%, ao atingir 850 mil sacas. E que as exportações da Costa Rica caíram 5,3%, com 148,06 mil sacas, após três anos consecutivos de aumento. Em contraponto, as exportações de El Salvador aumentaram 15,9%, ao somar 81,29 mil sacas.

O Relatório sobre o mercado de Café destaca que a produção da América Central & México foi estimada em 21,72 milhões de sacas, a qual registrou um ligeiro decréscimo de 0,5% em relação ao mesmo período anterior. Por fim, estima que a produção de Honduras reduziu 1,5%, passando para 7,45 milhões de sacas; e a do México aumentou 2,5%, pois atingiu 4,5 milhões de sacas. E, ainda, salienta que, com um acréscimo de 34 mil sacas, a produção da Costa Rica totalizou 1,6 milhão de sacas. E, concluindo, as análises da produção dessa região geográfica, o Relatório informa que a produção de El Salvador permanecerá inalterada em relação ao ano passado.

FONTE: Portal DBO
#190308-04
08/03/2019

Café especial produzido por mulheres chega ao mercado externo

Cafeicultoras de Carlópolis e Tomazina, no Norte Pioneiro do Paraná, estão exportando o café especial que produzem na região. A venda das 460 primeiras sacas do produto ao Japão e à Austrália, nos últimos dois anos, representou aumento na renda das famílias e também mais um passo do projeto Mulheres do Café, implantado pelo Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) na região.

O café especial rende três vezes mais do que o comum. Uma saca do grão verde do especial é vendida entre R$ 1,2 mil e R$ 1,5 mil. A economista doméstica da Emater de Pinhalão, Cíntia Mara Lopes de Souza, explica que a assistência técnica para as cerca de 250 cafeicultoras da região envolve desde a escolha do local do plantio até a comercialização do produto. Onze profissionais da Emater estão envolvidos diretamente no projeto.

“A exportação é um dos resultados do trabalho que desenvolvemos. O mercado externo exige qualidade, sendo um desafio para as produtoras da agricultura familiar”, afirma Cíntia. Além do exterior, o mercado interno também tem demanda para o café especial produzido pelas mulheres do Norte Pioneiro. O produto já pode ser encontrado em cafeterias do Sul do país e de São Paulo.

AGREGAR VALOR – O objetivo do projeto Mulheres do Café é agregar valor à produção, com um tipo de produto que consegue valores mais elevados na venda. Com base em um protocolo internacional, criado pela Associação Americana de Cafés Especiais (SCAA), o produto deve apresentar pontuação acima de 80.

No processo de produção, os grãos devem passar por uma padronização na peneira e os que apresentam defeitos são eliminados. A classificação especial ainda envolve o acréscimo de atributos que dizem respeito aos sabores identificados, conforme o lote. Alguns sabores podem estar relacionados a especiarias, chocolate ou frutas e são atribuídos por especialistas da SCAA, degustadores oficiais e avaliadores da qualidade (Q-Grader).
TIPO EXPORTAÇÃO – O projeto Mulheres do Café está presente em 11 municípios do Norte Pioneiro, sendo que dois grupos começaram a exportar. As produtoras de Carlópolis venderam 260 sacas para uma empresa japonesa e o grupo Matão, de Tomazina, vendeu 200 sacas para a Austrália.

A cafeicultora e coordenadora do projeto no município, Rosana de Azevedo Felet, conta que receberam a visita de compradores japoneses, gravaram um vídeo de divulgação e venderam as primeiras 260 sacas com destino ao Oriente. “Ficamos satisfeitas, porque pudemos receber melhor pelo produto”, afirma.

Em Carlópolis o grupo soma 25 mulheres, que se reúnem com regularidade com a equipe da Emater. “O técnico da Emater explica certinho como cuidar da lavoura. Em cada época tem uma reunião diferente, antes da colheita e depois da colheita, como fazer a poda no cafeeiro, como adubar. É muito importante o projeto”.

O valor do café especial é recompensado no momento da venda. Diferente do café comum, que custa cerca de R$ 400 a saca, o especial chega a ser vendido por até R$ 1,5 mil a saca como ocorreu durante leilão realizado em Tomazina. As cafeicultoras do Grupo do Matão logo perceberam que o retorno financeiro surge quando o trabalho pela excelência do produto surge.

A coordenadora do Grupo do Matão, Maristela Fátima da Silva Souza, conta que o resultado positivo só foi alcançado pelo trabalho conjunto das cafeicultoras. “Nosso grupo arregaçou as mangas e partiu para a coleta seletiva para fazer um café de qualidade. Vencemos em três categorias em concurso de café de qualidade realizado no Paraná. A empresa exportadora veio no leilão e arrematou os lotes para exportar para a Austrália, com valor bem acima do normal”.

No ano passado, a empresa exportadora voltou a comprar café especial do Grupo do Matão, que oferece produtos com atributos diversos, como acidez cítrica, adocicado, gosto de fruta, mel e chocolate. Além das 200 sacas já vendidas à Austrália, a perspectiva para 2019 é positiva para a exportação.

“A renda do café mantém as famílias de cada uma das 23 cafeicultoras que compõem o Grupo do Matão. É característica deste grupo de Tomazina o processo essencialmente manual e que exige mais tempo nos estágios de produção”, explica Maristela.
Box
Projeto orienta as mulheres, valoriza o trabalho e gera renda

O projeto Mulheres do Café foi idealizado e é coordenado e executado pelo Instituto Emater desde 2013. Com metodologia criada exclusivamente para atender o projeto, o Emater disponibiliza equipe multidisciplinar para orientar as mulheres, valorizar o trabalho feminino e gerar renda.

As 250 cafeicultoras atendidas possuem pequenas propriedades em 11 municípios do Norte Pioneiro do Paraná: Curíúva, Figueira, Ibaiti, Japira, Jaboti, Pinhalão, Tomazina, Siqueira Campos, Salto do Itararé, Joaquim Távora e Carlópolis. A Emater promove reuniões técnicas, encontros, visitas técnicas, cursos e colabora na valorização do café produzido pelas cafeiculturas.

Em 2013, o Norte Pioneiro foi a primeira região a formalizar o Sub Capítulo da Aliança Internacional das Mulheres do Café - IWCA Brasil e ganhar o reconhecimento do projeto como referência entre os trabalhos desenvolvidos nos países onde a Aliança está presente.

FONTE: Governo do Paraná
#190207-04
07/02/2019

Exportações de Minas Gerais aumentaram 1,5% em janeiro

O comércio exterior de Minas Gerais abriu 2019 com aumento nas vendas externas e no saldo (exportações – importações), enquanto as importações permaneceram estagnadas. Em janeiro, os embarques estaduais, puxados pelo minério de ferro e pelo café, cresceram 1,5% em relação aos do mesmo mês de 2018. O saldo para o período foi de US$ 1,224 bilhão, 2,4% de evolução, no mesmo confronto.

De acordo com as informações do Ministério da Economia, as exportações mineiras renderam US$ 1,998 bilhão em janeiro, contra US$ 1,969 bilhão no mesmo mês de 2018, aumento de 1,5%. O minério de ferro e o café representaram, juntos, praticamente a metade (49,6%) de tudo que o Estado vendeu no exterior.

Em janeiro, as vendas de minério de ferro no mercado externo somaram US$ 663,8 milhões, com alta de 10,5% em relação às remessas do mesmo mês de 2018 (US$ 600,7 milhões). No caso do café, os embarques chegaram a US$ 328,7 milhões no primeiro mês de 2019, com crescimento 4,7%, em igual comparação.

A China e os Estados Unidos, foram, nessa ordem, os principais parceiros comerciais de Minas Gerais. Os chineses compraram US$ 592,9 milhões em mercadorias mineiras durante janeiro, o que equivale a praticamente 30% de tudo que Minas vendeu fora do País. Já os norte-americanos tiveram uma participação de 11% nas vendas externas estaduais.

Desembarques

As importações estaduais de janeiro alcançaram US$ 773,6 milhões e permaneceram em linha com as do mesmo mês de 2018. Além da hulha betuminosa (carvão mineral), que foi o principal produto comprado por Minas no exterior, os adubos e fertilizantes foram o segundo item mais adquirido pelo Estado, com desembarques da ordem de US$ 64 milhões.

Também foram da China e dos Estados Unidos a maior parte das mercadorias importadas por Minas Gerais. Os chineses venderam US$ 159,8 milhões para o Estado e o país norte-americano vendeu US$ 137,3 milhões, participações de 20,6% e 17,7%, respectivamente.

Saldo

Com o aumento das exportações (+1,5%) e a estabilidade das importações, o saldo da balança comercial de Minas terminou janeiro superavitário em US$ 1,224 bilhão. Na comparação com o resultado, também positivo, de idêntico mês de 2018 (US$ 1,195 bilhão), houve um acréscimo de 2,4%.

No ano passado, o comércio exterior de Minas Gerais terminou sem mudanças, com as commodities, especialmente as minerais e agrícolas, dominando a pauta de exportações. Por outro lado, os produtos manufaturados continuaram ditando o ritmo das importações. O resultado frente a 2017 foi de queda nas vendas externas (-5,4%) e alta nas compras feitas no exterior (23,6%). O saldo da balança de 2018 se manteve positivo, mas 17,8% menor que em 2017.

FONTE: Diário do Comércio
#190117-01
17/01/2019

Balança tem superávit de US$ 58,7 bilhões em 2018, aponta FGV/Icomex

A balança comercial fechou o ano de 2018 com um superávit de US$ 58,7 bilhões, com destaque para a participação da China como principal destino das exportações brasileiras. Embora o resultado tenha sido inferior ao de 2017, de US$ 67 bilhões, foi o segundo melhor desempenho da série histórica, segundo os dados do Indicador do Comércio Exterior (Icomex), divulgado nesta quinta-feira, 17, pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

A China deteve 26,8% das exportações brasileiras, mais do que o dobro da participação dos Estados Unidos, responsável por 12% das vendas externas do Brasil. O terceiro principal parceiro foi a Argentina, embora esta tenha reduzido sua participação no ranking de destino de exportações, passando de 8,1% em 2017 para 6,2% em 2018.

No ano passado, os chineses aumentaram sua participação nas exportações do Brasil, em relação a 2017, quando compraram 21,8% do total exportado. O crescimento de 35,2% nas exportações para a China em 2018 foi puxado pela soja em grão, petróleo bruto e minério de ferro. Os três produtos somam 82% das exportações brasileiras para território chinês.

O petróleo superou a participação do minério de ferro pela primeira vez nas vendas externas brasileiras para a China, ressaltou a FGV.

"A importância da China para as exportações brasileiras é reafirmada quando analisamos os dez principais produtos exportados pelo Brasil", declara o relatório do Icomex. "O segundo principal produto exportado pelo Brasil é o óleo bruto de petróleo e a participação da China no total exportado passou de 44,2% para 57%, entre 2017 e 2018. Nas exportações de carne bovina, oitavo principal produto, o porcentual da China foi de 18,3% em 2017, e de 27,2% em 2018", completou.

Quanto às importações, a China é o principal mercado de origem, mas com menor diferença em relação ao segundo colocado. A China foi responsável por 19,2% das importações brasileiras, enquanto os Estados Unidos detiveram 18,1% das importações totais em 2018.

A FGV lembrou ainda que houve extraordinariamente um aumento nas importações totais em 2018 influenciado pelas mudanças do Repetro, regime fiscal do setor de óleo e gás.

Em 2018, o volume exportado pelo Brasil cresceu 4,6% em 2018, enquanto as importações subiram 12%. Se excluídas as plataformas, a alta no volume importado seria de 6%. A FGV espera algumas eventuais operações de retorno contábil das plataformas de petróleo via importações em 2019, "no entanto, não se espera um impacto semelhante ao que ocorreu em 2018", prevê o relatório.

FONTE: Uol Economia
#190103-03
03/01/2019

AGRONEGÓCIO: Com alta produção, preços do café podem se manter baixos

O Brasil deve colher uma boa safra em 2019/20, depois do recorde da produção na temporada 2018/19, de acordo com informações do Cepea. Mesmo com a bienalidade negativa do arábica, o clima tem auxiliado o desenvolvimento das plantas, o que pode aumentar a produtividade.

Assim, os valores interno e externo do café arábica podem seguir em patamares abaixo dos observados em outros anos de bienalidade negativa. Quanto ao robusta, a produção também deve ser elevada em 2019/20, devido às chuvas volumosas a partir de agosto de 2018, que favoreceram a recuperação dos cafezais após a colheita.

FONTE: Investimentos e Noticias
#181219-03
19/12/2018

Com ajuda de Minas, País alcança produção recorde em 2018

O Brasil produziu um recorde de 61,65 milhões de sacas de café em 2018, disse ontem a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que anteriormente previa uma safra de 59,90 milhões de sacas.

O volume representa aumento de 37,1% na comparação com 2017 e, de acordo com a instituição, deve-se “às condições climáticas favoráveis, proporcionando boas floradas, à melhoria do pacote tecnológico, com o uso de variedades mais produtivas como as plantas clonais em Rondônia e Mato Grosso, além da bienalidade positiva, sobretudo em lavouras da espécie arábica”.

O relatório divulgado ontem foi o último da Conab sobre a temporada deste ano no maior produtor e exportador global da commodity.

Conforme a companhia, a produção de café arábica, principal variedade cultivada no País, cresceu 38,6%, para 47,5 milhões de sacas, também uma quantidade recorde.

No caso do conilon (robusta), o incremento de safra foi de 32,2%, para 14,2 milhões de sacas, e confirma a recuperação desse setor após anos de problemas climáticos no Espírito Santo, o principal produtor nacional desse tipo de café.

A safra recorde de café em 2018 tem levado o País a embarcar volumes históricos. Em novembro, foram quase 4 milhões de sacas de café verde, segundo os dados mais recentes da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

– Segundo a Conab, Minas Gerais registrou uma colheita de 32,97 milhões de sacas de arábica e 390,3 mil sacas de conilon. Por aqui, destacou-se a região do Cerrado Mineiro, que apresentou uma produção 95% superior na comparação anual, devido ao aumento de área e produtividade.

Já no Espírito Santo foi observado um aumento de 52% na produção do conilon, chegando a uma colheita de aproximadamente 9 milhões de sacas. O estado ainda registrou uma produção de 4,7 milhões de sacas de arábica, mantendo-se como o segundo maior produtor da cultura.

A área total, que engloba os cafezais em formação e em produção em todo o Brasil, ficou em 2,16 milhões de hectares neste ano, o que representa uma queda de 2,2% se comparada com a safra anterior.

“Essa redução se deve principalmente a campos em formação, que saiu de 344,8 mil hectares em 2017, para 294,1 mil hectares neste ano, uma vez que a área em produção se manteve estável, na ordem de 1,8 milhão de hectares”, destacou a Conab. (Reuters)

FONTE: Diário do Comércio
#181110-01
10/11/2018

Saldo da balança comercial tem queda de 21,5% neste ano

Embarques de minério de ferro somaram US$ 5,933 bilhões entre janeiro e outubro

A queda das exportações e o aumento das importações continuam pressionando o saldo da balança comercial de Minas Gerais, que, mesmo assim, se manteve positivo em US$ 12,027 bilhões entre janeiro e outubro. Porém, na comparação com o resultado também positivo de US$ 15,303 bilhões nos mesmos meses de 2017, houve uma redução de 21,5%. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic).

No acumulado até outubro deste ano, as exportações estaduais somaram US$ 19,674 bilhões, 8% menos que em igual período de 2017 (US$ 21,373 bilhões). Ao mesmo tempo e na mesma comparação, as importações chegaram a US$ 7,647 bilhões neste ano contra US$ 6,070 bilhões, aumento de 25,9%.

O principal motivo para a queda no rendimento das exportações foi o desempenho mais fraco, neste ano, das vendas externas de minério de ferro e do café, os dois produtos mais importantes para os embarques estaduais, com participação de 42,3%, juntos. Já as importações foram alavancadas pela entrada de automóveis das unidades da Fiat Chrysler Automobiles (FCA) instaladas na América Latina.

As remessas de minério de ferro entre janeiro e outubro deste ano somaram US$ 5,933 bilhões sobre US$ 7,426 bilhões no mesmo intervalo de 2017, recuo de 20,2%. Mesmo com a queda, o minério continua como o principal produto da pauta de exportações, com participação de 30,1%.

As vendas externas de café também caíram. As remessas do grão ao mercado externo renderam US$ 2,391 bilhões até outubro sobre US$ 2,790 bilhões no mesmo período do ano passado, com uma queda de 14,4%, com base nas informações do Mdic.

Ao contrário do minério de ferro e do café, as exportações de soja e ferroligas, especialmente o nióbio, aumentaram de 69,8% e 13,6% entre janeiro e outubro, respectivamente, em relação ao mesmo intervalo de 2017. No caso do ouro e da celulose, foram registradas evoluções de 2,1%, 20,4%, nesta ordem.

Desembarques– No âmbito das importações, o produto mais comprado pelo Estado no mercado externo foram os veículos, praticamente a totalidade pela FCA. Os desembarques de automóveis e veículos pesados somaram US$ 892,5 milhões de janeiro a outubro sobre US$ 184,8 milhões no mesmo período de 2017, um salto de 382,9%. Os veículos representaram 12% de tudo que Minas comprou no exterior em 2018.

A hulha betuminosa, que é o carvão mineral, usado nos altos-fornos de usinas instaladas no território mineiro, foi o segundo produto mais comprado pelo Estado no exterior. Até outubro deste ano, a importação do item cresceu 2,1% e sua participação foi de 8,2% nos desembarques totais do intervalo.

Parceiros – Entre os principais parceiros de Minas no comércio exterior, a China é o país que mais vende e que mais compra mercadorias do Brasil. Até outubro deste ano, o país asiático foi destino de 28,8% de tudo que o Estado exportou, a maior parte em minério de ferro e soja e também foi a origem de 18,5% de tudo que Minas comprou.

FONTE: Diário do Comércio
#180918-02
18/09/2018

Safra 2018 de café deve ser a maior da história com 60 milhões de sacas

Os dados foram divulgados pela Conab nesta terça-feira. O volume representa um crescimento de 33,2% em relação à safra passada

O terceiro levantamento da safra 2018 de café, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) nesta terça-feira, dia 18, confirmou que o Brasil terá a maior produção da sua história. Ao todo, deverão ser colhidas 59,9 milhões de sacas de 60 quilos, o que representa um crescimento de 33,2% em relação à safra passada, que alcançou 45 milhões de sacas.

Do total estimado, 45,9 milhões de sacas são do café arábica que teve um aumento de 34,1%. Já o café conilon, com menor volume, deverá alcançar 14 milhões de sacas, o que representa um aumento de 30,3%. De acordo com o estudo, a bienalidade positiva e as boas condições climáticas são as principais responsáveis pelos bons resultados. Soma-se a isto, o avanço da tecnologia neste setor, sobretudo em relação à produtividade.

O período mais recente de alta bienalidade ocorreu em 2016, quando o Brasil teve uma produção de 51,4 milhões de sacas que foi considerada, até então, a maior safra do grão no país, superada agora por esse recorde deste ano.

Minas Gerais continua como o maior estado produtor, com 31,9 milhões de sacas, sendo 31,6 milhões do arábica e 218,3 mil sacas do conilon. No Espírito Santo, a produção chegou a 13,5 milhões de sacas, com 8,8 milhões para conilon e 4,7 milhões para arábica.

Em São Paulo, a produção é exclusivamente de café arábica e a quantidade chegou a 6,2 milhões de sacas. A Bahia teve uma produção de 2,9 milhões do conilon e 1,9 milhão do arábica.

Outro estado que apresentou bons resultados foi Rondônia, com uma produção de 1,9 milhão de sacas, devido ao maior investimento na cultura, com a produtividade aumentando significativamente nos últimos 6 anos, passando de 10,8 sacas por hectare em 2012 para 30,9 sacas na safra atual.

A área total engloba os cafezais em formação e em produção em todo o país e deve alcançar 2,16 milhões de hectares, sendo 294,4 mil para o café em formação e 1,86 milhão de hectares para o que está em produção.

FONTE: Canal Rural
#180913-02
13/09/2018

China e Rússia impulsionam alta das exportações em Uberlândia

Cidade comercializou US$ 278,89 mi em produtos para os dois países de janeiro a maio, crescimento de 183% em relação a 2017. Dados são apresentados pelo Cepes da UFU.

As exportações de Uberlândia nos primeiros cinco meses do ano apresentaram expressivo crescimento de 183% em comparação ao mesmo período de 2017. A demanda de países como China e Rússia impulsionou a alta, movimentando US$ 278,89 milhões em produtos comercializados para os dois destinos.

O G1 mostra esse cenário na segunda reportagem da série sobre a maior cidade do Triângulo Mineiro com base na oitava edição do Painel de Informações Municipais que foi lançado nesta semana pelo Centro de Estudos, Pesquisas e Projeto Econômico-Sociais da Universidade Federal de Uberlândia (Cepes/UFU).

A série é composta de três matérias e a primeira, publicada nesta quarta-feira (12), destacou os dados demográficos do município.

O panorama do comércio internacional da cidade tomou como referência os indicadores divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDI).

De janeiro a maio do ano passado, a cidade exportou US$ 144,81 milhões ante US$ 409,46 milhões no mesmo período do atual ano. Segundo a análise do Cepes, a recuperação ocorreu, principalmente, por causa da expansão da exportação de produtos básicos.

Entre os produtos que lideram a lista de exportações de Uberlândia para mais de 60 países estão: soja - com participação de 82,08% - couros preparados (3,08%), além de charutos, cigarrilhas e cigarros (0,66%).

 

Exportações de Uberlândia por destinos – 2017 (jan – mai) e 2018 (jan – mai)
País 2017 (US$) 2018 (US$)
China 50,13 145,40
Rússia --- 133,49
Países Baixos (Holanda) 17,13 36,26
Tailândia 1,91 14,63
Vietnã 34,65 14,48
Espanha 0,04 9,85
Arábia Saudita 2,59 6,74
Alemanha 0,00 5,34
Índia 3,95 4,27
Estados Unidos 4,45 3,85

Fonte: Cepes/UFU

Importações

As importações para o mesmo período analisados, por sua vez, apresentaram queda de 18,36%. O relatório apontou que a queda ocorreu por causa da redução das importações de produtos manufaturados (-10,35%), semimanufaturados (-8,60%) e de básicos (-48,43%).

As principais quedas das importações ocorrem por Paraguai (variação de US$ -5,43 milhões) e China (variação de US$ -3,21 milhões).

Apesar da queda de algumas categorias, alguns produtos apresentaram crescimento como é o caso do malte com expansão da quantidade importada de 66,31% no período avaliado e redução no preço em -2,81%.

As importações da Argentina (variação de US$ 3,11 milhões) e Malásia (variação de US$ 2,31 milhões) mostraram elevação no período.

PIB

O Painel de Informações Municipais 2018 também apresentou a atualização do Produto Interno Bruto (PIB) de Uberlândia no período avaliado de 2010 a 2015.

Segundo a equipe técnica do Cepes/UFU, a cidade se manteve à frente de 16 capitais brasileiras. Além disso, a participação relativa do PIB de Uberlândia em relação do PIB do Brasil foi de 0,49% nos anos 2010, 2014 e 2015.

No PIB do Estado de Minas Gerais, o município de Uberlândia contribuiu com cerca de 5%. Já em relação ao PIB da região do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba (TMAP), Uberlândia teve a importante participação de 35,61% em 2015.

Considerando a composição setorial do PIB municipal, Uberlândia se posiciona como a segunda cidade com maior participação na economia de Minas Gerais, atrás apenas da capital Belo Horizonte. O setor de serviços correspondeu a 70,7% do PIB municipal em 2015, seguido da indústria (27,3%) e agropecuária (2%).

FONTE: G1
#180815-01
15/08/2018

Balança tem superávit em Minas Gerais, mas recua 21,6% no ano

Com queda de 9,6% nas exportações e aumento de 22% nas importações entre janeiro e julho deste ano, na comparação com os mesmos meses de 2017, o saldo da balança comercial de Minas Gerais (exportações menos importações) permaneceu positivo, mas caiu 21,6% neste ano.

O superávit da balança comercial do Estado no acumulado até julho ficou em US$ 8,443 bilhões, mas diminuiu em relação ao resultado, também positivo, dos mesmos meses de 2017, que foi de US$ 10,768 bilhões. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic).

As exportações caíram principalmente por causa das menores remessas de minério de ferro e café ao exterior. Esses dois produtos são os mais importantes para a pauta de exportações do Estado, com participação de 40,2%, juntos. Já as importações foram alavancadas pela compra de automóveis de unidades da Fiat Chrysler Automobiles (FCA) instaladas na América Latina.

Com base nos dados do Mdic, as exportações estaduais somaram US$ 13,476 bilhões até julho deste ano, sobre US$ 14,892 bilhões em iguais meses de 2017, queda de 9,6%. A retração reflete, em especial, as menores vendas externas do minério de ferro (-28,5%) e do café (-19,4%).

Os embarques de minério de ferro, entre janeiro e julho deste ano, somaram US$ 3,915 bilhões, contra US$ 5,470 bilhões no mesmo intervalo de 2017. O Estado embarcou praticamente 267,5 milhões de toneladas a menos em 2018. Ainda assim, o minério continua como o principal produto da pauta de exportações, com participação de 29%.

As vendas externas de café também caíram em volume e receita. O Estado embarcou 12% a menos em quantidade no acumulado até julho, ante o mesmo período de 2017. As remessas do grão ao mercado internacional renderam US$ 1,515 bilhão, sobre US$ 1,879 bilhão, queda de 19,4%, em igual confronto.

Ao contrário do minério de ferro e do café, as exportações de soja e do ferronióbio, entre janeiro e julho, tiveram crescimentos de 60,2% e 31%, respectivamente, em relação ao mesmo intervalo de 2017. No caso do ouro, foi registrada uma redução de 1,4% nos embarques deste ano.

Importações - As compras de Minas no mercado externo totalizaram US$ 5,033 bilhões até julho, 22% de alta frente aos mesmos meses de 2017, quando as importações estaduais somaram (US$ 4,124 bilhões). O produto mais comprado por Minas no mercado externo foi a hulha betuminosa - que é o carvão mineral, usado nos altos-fornos de usinas instaladas no território mineiro -, com participação de 8,2% nos desembarques do intervalo.

No entanto, foi a importação de veículos, praticamente a totalidade pela FCA, que impulsionou as compras externas de Minas Gerais. O desembarque de automóveis somou US$ 400 milhões de janeiro a julho, sobre US$ 100,8 milhões no mesmo período de 2017, uma evolução de 296,8%.

Na divisão por blocos econômicos, a Ásia foi a maior parceira comercial de Minas Gerais, tanto em termos de exportações, quanto de importações. Até julho deste ano, os países asiáticos foram destino de 42,2% de tudo que o Estado exportou, a maior parte em minério de ferro e soja para a China. A Ásia também foi a origem de 26,7% de tudo que Minas comprou.

FONTE: Diário do Comércio.
#180802-02
01/08/2018

Faturamento por exportação cresce em Uberlândia; soja lidera a lista de produtos

No primeiro semestre, crescimento foi 37% se comparado a todo ano de 2017. Presidente da Aciub fala sobre situação.

Este ano já pode ser considerado um dos mais positivos em relação à exportação de produtos de Uberlândia. Segundo o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic) o primeiro semestre de 2018 teve um faturamento de 37% a mais do que todo o ano de 2017. A soja lidera a lista de produtos mais exportados.

De acordo com o Mdic foram aproximadamente US$ 378,06 milhões em negócios fechados com países parceiros nos primeiros seis meses de 2018, enquanto esse montante foi de US$ 275,81 milhões considerando de janeiro a dezembro do ano passado.

O levantamento do Ministério apontou ainda que as compras de produtos comercializados em Uberlândia cresceram mais em países como a Rússia, Espanha e Arábia Saudita. Dessa forma, os três países entraram na lista daqueles que mais negociam com a cidade junto à China, Alemanha, Tailândia, Vietnã, Holanda, Índia e Estados Unidos.

A soja e os derivados são os primeiros da lista de faturamento com exportação na cidade, arrecadando US$ 402 milhões, contabilizando um total de 92% do total arrecado na cidade. Em seguida ficam os couros, com US$ 17.913.427, o tabaco com US$ 4.219.299, o milho com US$ 1.387.225 e vestuário que arrecadou cerca de US$ 783.759.

Já as importações caíram de US$ 140 milhões para US$ 59 milhões. A diferença foi o motivo do crescimento de aproximadamente 40% na balança comercial. Porém, para o presidente da Aciub, Fábio Pergher, os números não refletem uma melhora na economia do setor.

“Quando o dólar sobe nos níveis que subiu, nosso produto se torna mais barato para o mercado externo, e consequentemente a gente tem maior facilidade para exportar. E também com o dólar alto aos níveis que chegou, as importações caíram bastante, então quando importa menos e exporta um pouco mais, essa variação da balança cresce, o que é muito positivo para o Brasil. O que não quer dizer que seja tão positivo para os empresários, pois os insumos são todos em dólar, então esse preço vai chegar para nós também”, explicou.

FONTE: G1.
#180801-02
01/08/2018

Colheita de café segue firme em Minas Gerais

Previsão é de que a produção supere em 26% a safra passada, mas os preços pagos estão abaixo do esperado

A colheita do café, em Minas Gerais, segue em ritmo acelerado e o destaque deste ano, até o momento, tem sido a boa qualidade da safra. Com previsão inicial de colher um volume 26% maior, somando 30,36 milhões de sacas de 60 quilos do arábica, a colheita no Estado já alcança em torno de 65% a 70% do previsto. Apesar da qualidade melhor neste ano, os preços pagos pelo café estão abaixo do esperado pelo setor.

De acordo com o diretor da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg) e presidente das Comissões de Cafeicultura da Faemg e da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Breno Mesquita, a falta de chuvas, a princípio, tem contribuído para a evolução da colheita e da preservação da qualidade do café. Porém, o setor está receoso em relação à próxima safra, uma vez que o déficit hídrico pode impactar de forma negativa no próximo ano.

“Esse ano, até o momento, estamos sem chuvas e isso tem implicado em uma qualidade melhor da safra. O índice de colheita nos cafezais já está em torno de 65% a 70%”, informou Mesquita. No entanto, em relação ao volume a ser colhido no Estado, ele considera que “ainda é cedo para estimar, prefiro aguardar a conclusão porque tem regiões com uma safra muito boa e algumas foram afetadas pelo clima. Se por um lado as chuvas são positivas para a colheita, por outro, nos deixa bastante receosos em relação às condições do cafezal para a próxima safra”, explicou.  

Outra preocupação dos cafeicultores se refere aos preços pagos pelo café, considerado abaixo do necessário para garantir a remuneração dos produtores, principalmente nas áreas montanhosas, onde o custo de produção é maior em função do emprego de mão de obra. “Hoje a cotação da saca de café está situada entre R$ 400 e R$ 420, valor que realmente não remunera as principais regiões de Minas Gerais e do Brasil”.

Especiais - Com preços pouco remuneradores, a saída para os cafeicultores tem sido os investimentos nos café especiais, que tem demanda alta no mercado, principalmente internacional, e preços valorizados, o que é essencial para gerar lucro.

“Este ano, o clima tem ajudado e a qualidade tem sobressaído, é um fator muito positivo. Minas Gerais e o Brasil têm que entrar na agenda internacional de produtores de cafés de excelente qualidade, não só de commodity, que é importante também, mas, principalmente, de cafés diferenciados, de várias regiões de Minas e do Brasil e que tem os seus encantos baseados nas características de cada região”, indica Mesquita.

Ainda segundo ele, há sinais positivos. “Hoje posso garantir que em um grão de café, em uma muda de café, tem muita tecnologia aplicada, não é uma commodity simplesmente. A transferência tecnológica dos nossos pesquisadores, dos nossos laboratórios de tecnologia para o campo, é fantástica.

CLIMA FAVORECE AUMENTO DE QUALIDADE DO CAFÉ

Nas regiões produtoras de Minas Gerais, a qualidade do café da safra 2018 tem agradado os produtores. Na Cooperativa dos Cafeicultores da Zona de Três Pontas (Cocatrel), no Sul de Minas, a colheita tem avançado e a qualidade do café está alta.

De acordo com o diretor técnico industrial da Cocatrel, Francisco de Paula Vitor Miranda, o recebimento total esperado pela cooperativa, na safra atual, é de 1,7 milhão de sacas de 60 quilos, volume maior que os 1,1 milhão registrados em 2017.

“Com o avanço da colheita, estamos observando uma qualidade fantástica do café, em termos de bebida e aspecto. O que está aquém do esperado é o rendimento das peneiras, que está menor. Imaginamos que é consequência do clima. As chuvas foram relativamente boas, mas irregulares, e isso afetou o desenvolvimento em algumas regiões”, disse Miranda.

Para superar o gargalo dos preços baixos pagos pelo café, principalmente pelo fato de a região ser montanhosa e depender da mão de obra, a cooperativa tem investido e estimulado a produção do café especial. O objetivo é atender aos mercados mais exigentes, que pagam valores diferenciados pelos grãos especiais, o que é considerado fundamental para gerar rentabilidade.

“O café especial é muito interessante para o produtor. A Cocatrel abriu um departamento somente para estes grãos e estamos incentivando a produção e ficamos em busca dos melhores cafés. Nossos produtores participam de diversos concursos e temos o próprio, da cooperativa. Esse trabalho tem como objetivo proporcionar uma melhor remuneração para o cafeicultor. O mercado do café especial tem uma demanda elevada e paga valores diferenciados”, explicou Miranda.

As expectativas em relação à safra também são positivas na região de abrangência da Cooperativa dos Cafeicultores da Região de Lajinha (Coocafé), nas Matas de Minas. De acordo com o diretor de produção e comercialização da Coocafé, Pedro Araújo, a colheita da safra já atingiu cerca de 50% da área e a expectativa é que os cooperados colham cerca de 2 milhões de sacas na atual temporada.

“Nossa safra está com boa qualidade e atendendo nossas expectativas. Porém, os preços não remuneram o produtor. Hoje, estamos negociando o café a R$ 385, enquanto o custo é de R$ 400 por saca”, disse Araújo.

Feira - Com a colheita em ritmo acelerado, a cooperativa vai realizar entre hoje e o dia 4 de agosto a 7ª Feira de Negócios da Coocafé. O evento conta com a participação de 55 expositores voltados para a cafeicultura. A feira é considerada fundamental para que os produtores possam adquirir insumos, máquinas e equipamentos com preços diferenciados. O faturamento esperado é de R$ 100 milhões.

“Todo ano, a cooperativa realiza a feira com o objetivo de oferecer ao cafeicultor melhores condições para que ele invista na produção e continue na atividade. Além de preços especiais, é possível trocar o café por produtos, alternativa que também é interessante para os cafeicultores”.

FONTE: Diário do Comércio.
#180726-04
26/07/2018

Brasil e China discutem maior aproximação comercial no setor de agro

Reunião de hoje — Governo brasileiro se reuniu com o presidente da China Xi Jinping durante a 10ª Cúpula do Brics, em Joanesburgo, África do Sul

O governo brasileiro e da China se reuniram nesta quinta-feira durante a 10ª Cúpula do Brics para discutir a pauta econômica, especificamente a agrícola. Com o presidente da China Xi Jinping foi tratado o fim da sobretaxa imposta pelo país asiático ao frango e ao açúcar brasileiros.

A comitiva brasileira afirma que o governo chinês recebeu a questão com acolhimento e se comprometeu a examinar com prioridade como estreitar as relações comerciais entre os dois países. “O presidente chinês disse que vai fazer o encaminhamento necessário. Nossa pauta de exportação com eles precisa ser aumentada e Jinping disse que quer ampliar o mercado”, afirmou o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, após a reunião bilateral em Joanesburgo, na África do Sul.

O Brasil, que exporta grão de soja em grande quantidade para a China, também busca alcançar a exportação de elementos processados, ou seja, óleo e farelo de soja. “Este é o 5º encontro que nós temos e o que vem se solidificando é essa pauta agrícola com a China”, concluiu o presidente Michel Temer.

Concessões

A participação chinesa em empresas brasileiras também foi tema debatido nesse primeiro diálogo do dia, diante da percepção de que as parcerias que já ocorrem têm sido positivas e de que novas podem ser fechadas, especialmente nos campos de ferrovias, portos, aeroportos, linhas de transmissão e distribuidoras de energia. De acordo com a quarta edição do Boletim sobre Investimentos Chineses no Brasil, lançado em 9 de maio pelo Ministério do Planejamento, a China integrou 262 projetos no Brasil no período entre 2003 e 2018, com valores totais de US$ 126,7 bilhões. Os dados apontam aumento da diversificação dos investimentos das empresas privadas chinesas.

O encontro

A 10ª Cúpula do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) vai até sexta-feira (27). Durante a cúpula, os países do bloco devem discutir a abertura de um escritório regional do Novo Banco do Desenvolvimento (NBD), o Banco do Brics, em São Paulo, com escritório também em Brasília.

Os países integrantes do Brics representam 43% da população mundial e 26% do Produto Interno Bruto (PIB) do planeta.

FONTE: Último Instante.
#180725-04
25/07/2018

Governo cria selo para produtos de exportação

Criado pelo Ministério da Agricultura, o selo identifica produtos do agronegócio de origem brasileira no exterior

Para incentivar a abertura de novos mercados, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) criou um selo que identifica no exterior os produtos do agronegócio de origem brasileira. Conhecido como Brazil Agro - Good for Nature, o selo é voltado para produtos da pauta de exportação, como carne e leite. Segundo o Mapa, a identificação vai ficar contida por meio de um QR Code com informações de origem dos alimentos, adesivados em embalagens e latarias.

As empresas brasileiras que desejam garantir a certificação devem aderir ao programa através do ministério. De acordo com o ministro do Mapa, Blairo Maggi, nove associações que representam dezenas de empresas já demonstraram interesse em aderir ao selo. Para obter o selo, algumas das exigências são as boas práticas e o bem estar animal, o cumprimento da legislação, a conformidade internacional, o uso sustentável dos recursos e a preservação do meio ambiente. Isso tudo é para garantir qualidade nas mercadorias.

Segundo o ministério, essa é uma medida voltada para buscar crescimentos financeiros dos produtos brasileiros em outros países. A expectativa é atingir a meta de conquistar a elevação da participação do País no mercado mundial de alimentos dos atuais US$ 96 bilhões para aproximadamente US$ 146 bilhões. A intenção é associar produtos do setor a sua origem, a condições de qualidade, sustentabilidade e de padrões internacionais. Assim, será possível consolidar a imagem do Brasil como produtor e exportador de mercadorias seguras para os consumidores.

A assinatura do termo de autorização para que seja utilizado o selo aconteceu na última segunda-feira durante o evento internacional Global Agribusiness Fórum 2018, que aconteceu em São Paulo. O desenvolvimento do selo foi discutido com empresários na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) no mês passado.

FONTE: DCI Diário Comércio Indústria & Serviços.
#180723-01
23/07/2018

Exportação de café verde do Brasil em julho deve ser de cerca de 2 mi sacas, diz Cecafé

Carvalhaes falou no intervalo do Global Agribusiness Forum (GAF), em São Paulo

A exportação de café verde do Brasil em julho deve ficar próxima de 2 milhões de sacas, em linha com o observado em junho, mas tende a aumentar a partir de agosto, conforme mais café da safra nova chega ao mercado, disse nesta segunda-feira o presidente do Cecafé, Nelson Carvalhaes.

Para ele, a qualidade do produto neste ano tem sido "espetacular".

"A partir de agosto os volumes de exportação do Brasil vão apresentar recuperação expressiva", disse, projetando uma maior oferta pelo maior produtor e exportador global da commodity.

Carvalhaes falou no intervalo do Global Agribusiness Forum (GAF), em São Paulo.

FONTE: DCI Diário Comércio Indústria & Serviços.
#180720-04
20/07/2018

Exportação de soja do Brasil deve ir a recorde de 75 mi t no próximo ano, diz Safras

As exportações brasileiras de soja devem crescer no próximo ano para um novo recorde, de 75 milhões de toneladas, projetou nesta sexta-feira a Safras & Mercado, em meio a um cenário de produção novamente volumosa.

De acordo com a consultoria, que considera em sua estimativa o ano comercial 2019/20, de fevereiro a janeiro, os embarques representariam aumento de 1 por cento ante os 74,5 milhões de toneladas previstos para o atual ciclo 2018/19. O Brasil é o maior exportador global da oleaginosa em grão.

A projeção se dá em meio a expectativas de uma produção recorde no ano que vem, de quase 120 milhões de toneladas, conforme a Safras.

A consultoria não cita justificativas para suas previsões, mas as exportações recordes também podem incorporar o potencial de uma maior demanda da China, que trava uma guerra comercial com os Estados Unidos, incluindo a aplicação de taxas sobre a compra de soja norte-americana.

De acordo com a Safras, o esmagamento de soja no Brasil no próximo ano será de 44 milhões de toneladas, aumento de 2 por cento na comparação com a atual temporada. Os estoques ao término do ciclo seguinte devem cair para 429 mil toneladas, de 2,5 milhões, em razão das exportações e também de um consumo 1 por cento superior.

DERIVADOS

A Safras prevê uma produção de farelo de soja de 33,47 milhões de toneladas no próximo ano, alta de 2 por cento, mas com exportações 13 por cento menores, em 15 milhões de toneladas

No caso do óleo de soja, a expectativa da consultoria é de produção de 8,735 milhões de toneladas, com embarques de 1,1 milhão de toneladas, recuo de 8 por cento.

Os estoques finais de farelo e óleo no ano que vem devem somar 2,142 milhões e 114 mil toneladas, respectivamente.

FONTE: Notícias Agrícolas
#180710-03
 
10/07/2018

Saldo da balança comercial em Minas cai 24,2% no 1º semestre

O comércio exterior de Minas Gerais na primeira metade do ano ficou marcado pela queda das exportações (-12,3%) e pelo aumento das importações (19,2%) na comparação com os mesmos meses de 2017. Com isso, o saldo da balança comercial (exportações – importações) permaneceu positivo, mas caiu 24,2% para o período.

As exportações caíram, principalmente, por menos remessas de minério de ferro e café ao exterior, principais produtos da pauta de exportações do Estado, com participação de 38,2%, juntos. Já as importações foram alavancadas pela entrada de automóveis da Fiat Chrysler Automobiles (FCA).

Com base nos dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic), as exportações estaduais somaram US$ 11,531 bilhões no primeiro semestre, contra US$ 13,157 bilhões em iguais meses de 2017, queda de 12,3%. A retração reflete, em especial, as menores vendas externas do minério de ferro (-36,5%) e do café (-18,4%).

As vendas externas de minério de ferro na primeira metade do ano totalizaram US$ 3,031 bilhões, contra US$ 4,779 bilhões no mesmo intervalo de 2017, recuo de 36,5%. O Estado embarcou praticamente 27 milhões de toneladas a menos em 2018. Ainda assim, o minério continua como principal produto da pauta de exportações, com participação de 26,2%.

As exportações de café também caíram em volume e receita. O Estado embarcou 10,4% a menos em quantidade no acumulado até junho em relação aos mesmos meses de 2017. As remessas do grão ao mercado externo renderam US$ 1,377 bilhão ante US$ 1,688 bilhão, queda de 18,4%, em igual comparação.

Na contramão do minério de ferro e do café, as exportações de soja e do ferronióbio entre janeiro e junho cresceram de 43% e 31,4%, respectivamente, em relação ao mesmo intervalo de 2017. Os embarques de ouro reduziram em 10,9%.

As importações estaduais somaram US$ 4,279 bilhões no primeiro semestre, 19,2% de crescimento em comparação com os mesmos meses de 2017, quando as compras externas do Estado foram de US$ 3,590 bilhões. O produto mais comprado por Minas no mercado externo foi a hulha betuminosa, o carvão mineral, usado nos altos-fornos de usinas instaladas no território mineiro, com participação de 7,8% nos desembarques do período.

Porém, foi a importação de veículos, praticamente toda pela FCA, com salto de 633,3%, que impulsionou as compras externas de Minas. Considerando automóveis de 1 mil a 3 mil cilindradas, os desembarques somaram US$ 341 milhões de janeiro a junho sobre US$ 46,5 milhões no mesmo período de 2017.

Com o aumento das importações (19,2%) e queda das exportações (-12,3%), o saldo da balança comercial de Minas Gerais permaneceu positivo em US$ 7,252 bilhões entre janeiro e junho, mas caiu 24,2% em relação ao resultado, também positivo, dos mesmos meses de 2017, que foi de US$ 9,567 bilhões.

FONTE: Diário do Comércio
#180606-01
 
06/06/2018

Rússia e China podem apoiar investimentos em energia e logística em Uberaba

Países mostraram interesse em projetos do município

Empreendimentos na cidade de Uberaba, no Triângulo Mineiro, principalmente nas áreas de energia solar, amônia e logística, podem ganhar um impulso vindo da Rússia e China. O prefeito de Uberaba, Paulo Piau (MDB), voltou nesta semana de viagem aos dois países e tem dever de casa a cumprir para acelerar parcerias que podem garantir investimentos estrangeiros. Segundo ele, será marcada, em um prazo aproximado de 60 dias, visita à cidade mineira de representantes de uma empresa chinesa na área de energia solar. Além disso, há dois estudos em andamento para projetos do Aeroporto Internacional de Cargas, o Intervales, e da planta de amônia. “São estudos de viabilidade que servirão como ponto de partida para investidores”, disse.

O nome da empresa chinesa que está interessada em investir em energia solar a partir de Uberaba precisa ser preservado por enquanto, segundo Piau. “A China tem muito interesse na energia solar. É uma determinação do governo para reduzir a emissão de carbono. Com isso, o país constrói esse caminho sustentável e desenvolve equipamentos. Uberaba tem interesse na área e, por sua vez, a China se interessa pelo mercado brasileiro”, disse.

De acordo com ele, um dos diferenciais de Uberaba para atrair esse e outros investidores é a Zona de Processamento de Exportação (ZPE). Nesse caso, a estrutura – que já está pronta – pode atender ao interesse da China de alcançar outros mercados na América Latina.

Outro foco de interesse dos investidores é o Aeroporto Internacional de Cargas, o Intervales. A empresa Urban Systems deve finalizar em 40 dias o estudo de viabilidade da estrutura. “Rússia e China ficaram interessados no Intervales. Há uma verdadeira ‘obsessão’ por infraestrutura, pois não há por que produzir se não há como entregar a produção por meios eficientes”, diz Piau.

A Prefeitura de Uberaba também buscou investidores para a planta de amônia. Para acelerar os negócios, a prefeitura já contratou a Fundação Getulio Vargas (FGV) para elaborar o projeto de viabilidade de implantação da planta.

Projeto iniciado pela Petrobras, a planta de amônia em Uberaba acabou sendo abandonada pela estatal. A prefeitura busca meios para viabilizar os investimentos necessários para o projeto, que tem potencial para reduzir a dependência brasileira de fertilizantes importados.

Interesse em parcerias - Segundo Piau, foi possível perceber que os investidores estão mais interessados em parcerias do que em assumir projetos em sua totalidade. “Na cidade de Changzhou (China), que visitamos, há 25 empresas brasileiras. Em todas elas, o Estado é sócio majoritário. Esse é o modelo deles. Mas é possível perceber que esses investidores têm interesse em fazer parcerias e não bancar 100% dos projetos”, informou.

Também na China foram feitos contatos com empresas de LED. A Prefeitura de Uberaba acaba de lançar edital para operacionalizar um contrato de parceria público-privada (PPP) de iluminação pública. Segundo a prefeitura, os chineses mostraram interesse em participar da licitação, sendo demonstrados exemplos que garantem mais de 50% de economia no consumo de energia pública.

Como desafios para o Brasil, segundo Piau, estão estabilidade da moeda, redução da burocracia e melhoria da segurança.

Na Rússia, o prefeito participou de encontros no Ministério de Desenvolvimento Econômico e na Embaixada Brasileira em Moscou. A viagem à Rússia foi encerrada no último dia 25, com visita ao Skolkovo Technopark, parque tecnológico com o qual a prefeitura pretende firmar cooperação. Na China, o prefeito Paulo Piau foi recebido pela equipe do Ministério de Desenvolvimento. Em ambos os países, foram realizadas reuniões com empresas e investidores.

Ataques - O prefeito de Uberaba também comentou ontem a onda de ataques criminosos que vem acontecendo em Minas, com incêndios a ônibus, entre outros. Ele informou que espera que o governo do Estado identifique, o mais rápido possível, as causas do ataque. Em Uberaba, foi reforçada a segurança aos coletivos para que o serviço continue a ser prestado.
FONTE: Diário do Comércio