#190614-05
14/06/2019

Associação Comercial prepara novo convênio com a Argentina

Parceria vai agilizar processos de logística para estados da região Centro-Oeste por meio do porto seco, e deve começar a operar já nos próximos meses

A Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG) prepara mais um convênio internacional, desta vez com a a entidade autônoma do Porto de Ibicuy, na Argentina, a fim de estabelecer uma saída viável para a exportação dos produtos de Mato Grosso do Sul e de outros Estados da região Centro-Oeste. O presidente da ACICG, João Carlos Polidoro, o economista-chefe, Normann Kalmus, a tesoureira, Maria Vilma Ribeiro Rotta, e o emissário da entidade na Argentina, Dario Guerrieri estiveram no país vizinho para discutir detalhes da parceria.

O convênio é o resultado de uma longa negociação que a Associação Comercial vem desenvolvendo, e que estabeleceu contatos nos níveis federal e provincial da Argentina. "Trata-se de estabelecer uma saída viável para a exportação dos produtos da região Centro-Oeste. O convênio com a entidade autônoma do Porto de Ibicuy, que foi oficialmente comunicado à Secretaria Nacional de Comércio Exterior nesta mesma viagem, tem dois aspectos centrais: a operação do porto para mercadorias originárias de nossa região, e a cessão de uma área de retroporto na qual poderão ser armazenados exclusivamente produtos direcionados pela ACICG", explica o economista-chefe, Normann Kalmus.

Além do presidente da autoridade portuária, também o governo da província de Entre Ríos se fez presente na reunião de planejamento, e colabora para a expansão das atividades naquele porto, que já foi utilizado pela empresa Vale do Rio Doce, mas que estava paralizado há mais de 8 anos.

"Para resumir, trata-se de possibilitar que uma mercadoria seja exportada a partir de Campo Grande, enviada a Corumbá por rodovia ou trem, de lá, embarcada em comboios de barcaças a granel ou containers e, daí, embarcadas diretamente em navios marítimos de categoria Panamax, com capacidade de carga de 44 mil toneladas, para qualquer porto do mundo. Da mesma forma, haverá a possibilidade de importação utilizando a logística reversa", complementa Kalmus.

O presidente da Associação Comercial, João Carlos Polidoro disse que o convênio representa uma facilitação enorme do processo de importação e exportação, uma vez que possibilita que as operações de nacionalização e de saída de mercadorias sejam feitas em Campo Grande, onde temos um porto seco com grande ociosidade. "Haverá uma enorme redução dos custos de logística por conta da utilização de modais alternativos como ferrovia e hidrovia. As reduções de custos logísticos, aliadas à redução da burocracia e tempos de despacho aduaneiro trarão mais competitividade ao mercado local, além do desenvolvimento de um novo segmento de mercado, da operação logística, que é praticamente inexistente. Com isso, se ampliam os interesses em novos investimentos na cidade e no Estado".

Polidoro lembra ainda que essa logística pode alavancar a arrecadação do Estado, pois, as mercadorias que passarem a ser nacionalizadas no Mato Grosso do Sul terão seus impostos recolhidos localmente, evitando um vazamento de PIB, que hoje ocorre quando essa nacionalização é feita em outros estados.

A operação deve entrar prática nos próximos meses. "Agora que temos assinados os documentos, o início das operações deverá ocorrer em breve, já que não dependemos de nenhum investimento adicional. Como ainda se trata de uma operação inexistente, esperamos que em 3 ou 4 meses as empresas locais já comecem a utilizar essa nova opção logística", revela Kalmus.

Na oportunidade, a comitiva da Associação Comercial se reuniu também com a Ministra Marisa Bircher, Secretária de Comércio Exterior do Ministério de Produção e Trabalho da Nação Argentina e sua equipe. "Como encarregado pelo desenvolvimento da economia Argentina, o Ministério reconhece a importância da promoção do comércio regional e foi informado por nossa delegação acerca da proposta de trabalho da ACICG, que pretende promover a internacionalização do mercado local, estabelecendo Campo Grande como o "hub" de distribuição de produtos argentinos no Brasil, bem com de produtos exportados da região centro-oeste", comenta o economista-chefe.

Este não é o primeiro convênio internacional estabelecido pela Associação Comercial, a fim de agilizar as rotas de importação e exportação no Estado. Em 2018 a entidade também assinou um convênio com o Porto de Barranqueras, que é essencial como hub de distribuição para portos do Pacífico, além da região do NOA (noroeste da Argentina). A dinamização desse comércio, no entanto, depende de uma oferta de produtos da região ou de conexão com a ferrovia que conecta a província de Salta, na Argentina, a Antofagasta, no norte do Chile.

"Alguns produtos da região, como sal mineral e vinhos, além dos hortifrútis, têm imenso potencial para importação pelas empresas do estado mas, como não existe ainda uma tradição de comercialização internacional por nossas empresas, não temos ainda embarques regulares. Ainda assim, já temos processos adiantados e com viabilidade técnica e econômica já comprovadas para produtos como farinha de trigo, vinho e sal, que deverão ser efetivados em breve", conta Normann Kalmus.

O protagonismo que a ACICG vem exercendo na busca por alternativas concretas para melhorar o ambiente de negócio local, tem trazido novas possibilidades para seus associados e para o mercado em geral. "Temos diversas negociações em curso com setores públicos e privados de diferentes países para continuar com esse processo. As parcerias que estão sendo desenvolvidas possibilitarão ao estado de MS a assumir sua posição estratégica", finaliza o economista-chefe.

FONTE: A crítica de Campo Grande
#190611-05
11/06/2019

EUA vão inspecionar três frigoríficos do Estado para retomar importação

Compra de cortes bovinos do Brasil está suspensa pelos estadunidenses desde junho de 2017

Missão veterinária dos Estados Unidos vai inspecionar três frigoríficos de bovinos instalados em Mato Grosso do Sul. As visitas serão neste mês e servirão para definir se o país norte-americano vai retomar a importação de carne fresca abatida no Brasil.

A auditoria começou hoje e vai passar por mais cinco estados - Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo - até o próximo dia 28. Além de abatedouros de bovinos e de suínos, as equipes dos Estados Unidos vão visitar também laboratórios federais e serviços de inspeção.

Segundo informações apuradas pelo Campo Grande News, o primeiro frigorífico do Estado na agenda da missão estadunidense é o Marfrig Global Foods, localizado em Bataguassu. O local tem capacidade para abater até 20 cabeças de gado por hora e será inspecionado no dia 18.

Na sequência, duas plantas da JBS em Campo Grande vão receber a visita dos veterinários norte-americanos. A primeira é a unidade situada na Avenida Duque de Caxias, região oeste da Capital, que abate pelo menos 80 cabeças de gado por hora. A missão passa pelo local no dia 21.

Três dias depois será a vez do frigorífico da JBS situado na BR-060, saída de Campo Grande para Sidrolândia, que tem capacidade para abater entre 20 e 40 reses por hora.

As auditorias nos estabelecimentos do Estado serão acompanhadas por fiscais do Sipoa (Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal), vinculado à SFA-MS (Superintendência Federal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Mato Grosso do Sul).

Os Estados Unidos enviaram duas equipes de seis veterinários do Serviço de Inspeção e Segurança Alimentar dos Estados Unidos (FSIS na sigla em inglês), do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

Histórico - O Brasil obteve autorização para exportar carne bovina fresca para os Estados Unidos em 2015, após processo que se arrastou por 15 anos. Antes, o País só comercializava carne termoprocessada (cozida) com os norte-americanos.

A compra de cortes bovinos do Brasil foi suspensa pelos estadunidenses em junho de 2017, devido às reações provocadas no rebanho pela vacina contra a febre aftosa. Após o problema, a dose da imunização foi reduzida de 5 ml para 2 ml e a saponina foi retirada da composição.

Em março, após negociações com os norte-americanos, a ministra da Agricultura, Teresa Cristina, disse que as questões burocráticas estavam resolvidas com as autoridades sanitárias americanas. Segundo ela, o Brasil já cumpriu todas as exigências feitas pelos norte-americanos em relação à qualidade do produto brasileiro e está pronto para dar início às exportações de carne bovina in natura.

FONTE: Campo Grande News
#190318-08
18/03/2019

MS dobrará exportações de produtos por hidrovia

Novos terminais serão construídos em Porto Murtinho

Nos próximos dois anos Mato Grosso do Sul vai dobrar sua exportação de commodities, entre elas a soja, pela Hidrovia do Rio Paraguai com a entrada em funcionamento de mais três portos em Porto Murtinho. A construção desses terminais é motivada pelo Programa de Estímulo à Exportação ou à Importação pelos Portos do Rio Paraguai (PROEXPRP) que garante incentivos fiscais às empresas. Com isso, o embarque de grãos para mercados externos deve saltar de 1 milhão para 2 milhões de toneladas.

De acordo com Jaime Verruck, secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), “o incentivo deu resultado imediato. Hoje, 10% da soja já sai pelo porto de Porto Murtinho e um pouco pelo Porto de Ladário. Em fevereiro do ano que vem teremos a inauguração de mais um porto além do já existente”.

O secretário refere-se ao terminal Portuário Multipropósito (TPFM) de Uso Privativo em Porto Murtinho, projeto do PTP Group, para as operações com contêineres, carga break-bulk (carga geral ou fracionada), veículos e granéis minerais, além da construção de um Terminal Portuário de Grãos, com sistema de recebimento e carregamento de grãos, estruturas de galpões e silos.

O investimento total nas duas estruturas chega aos US$ 76 milhões, sendo que já haveria disponibilidade de um aporte inicial no valor de US$ 40 milhões. A empresa vai trabalhar com as commodities tradicionais, soja e milho,  mas também vai realizar importação de trigo e fertilizantes.

Além deste projeto, existem mais dois em andamento. “Já temos internalizados na secretaria mais dois portos para serem construídos. Em um horizonte muito curto de dois anos, em Porto Murtinho, além do porto já operando, nós temos projetos para mais três portos, um deles começa a operar em fevereiro porque já tem contrato. Isso tudo baseado na questão do  incentivo fiscal que nós concedemos. Essa é uma zona especial de exportação, então todo produto de soja que sai por ali não paga a famosa paridade, isso tem estimulado a instalação”, destacou Verruck.

De acordo com o secretário, no ano passado passaram pelos portos de Porto Murtinho e Ladário 800 mil toneladas de grãos, sendo que para este ano já estão previstos contratos de 1 milhão de toneladas de commodities e “com a ampliação, em 2 anos teremos 2 milhões de toneladas. Se Mato Grosso do Sul chegou a exportar 6 milhões de toneladas, falamos em algo perto de 30% saindo pelos portos de Ladário e Porto Murtinho”. O volume embarcado pelos portos destes dois municípios vai representar 33% das vendas externas de hoje.

Na avaliação de Verruck, “a perspectiva é muito positiva porque se criou um canal, se desburocratizou, as chatas estão melhores, a navegabilidade está melhor,  os custos portuários, quando você tem competição, vão melhorar e não se paga os 6% da paridade, então um cenário bastante positivo para incremento da Hidrovia do Paraguai como uma saída das commodities sul-mato-grossenses”.

INCENTIVOS
O processo de ampliar as exportações pelos terminais da Hidrovia do Rio Paraguai teve em 2015, quando um decreto estadual criou uma zona especial de commodities, beneficiando produtores interessados a exportar pelos portos do Estado.

Esta iniciativa foi reforçada em novembro do ano passado, quando o governo do Estado garantiu até dezembro de 2032 incentivos tributários às empresas que construírem e utilizarem terminais de embarque e desembarque de mercadorias utilizando portos em Corumbá, Porto Murtinho e Ladário. A alteração foi feita na lei que regulamenta o texto do Programa de Estímulo à Exportação ou à Importação pelos Portos do Rio Paraguai (PROEXPRP).

As empresas ao assinarem o Termo de Compromisso, a vigência dos incentivos pode ser até 31 de dezembro de 2032, prazo garantido desde que os produtos exportados sejam por meio de “embarque por meio de infraestrutura portuária construída e mantida pela empresa interessada”. Estes embarques podem ser de produtos da própria empresa que firmar o termo de compromisso ou outras empresas que assinarem contrato para utilizarem a estrutura portuária.

A proposta da empresa para utilizar os benefícios fiscais deve apresentar as especificações da infraestrutura portuária a ser construída e mantida, bem como o local onde será implantada, em área de municípios de Porto Murtinho, Corumbá ou Ladário.

FONTE: Correio do Estado
#190308-07
08/03/2019

Celulose e carnes puxam exportações e balança comercial fecha com superávit de US$ 266 milhões em fevereiro

O minério de ferro reverteu a queda nas exportações verificada em 2016, com aumentos expressivos em 2017 e 2018

O comércio exterior de Mato Grosso do Sul segue em ritmo de crescimento. De acordo com as informações da Carta de Conjuntura do Setor Externo do mês de fevereiro de 2019, divulgada nesta sexta-feira (8.3) pela Secretaria de  Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), o Estado fechou o mês de fevereiro com um superávit de US$ 266 milhões de dólares na balança comercial, com destaque para as exportações de celulose e carnes.

“Tivemos um bom resultado nas exportações, impulsionado pela celulose, o aumento chegou a 24,18% em relação a janeiro e fevereiro de 2018”, comenta o secretário da Semagro, Jaime Verruck. Na pauta de exportações, a celulose representou com 50,3% do total exportado em termos do valor. O segundo lugar foi ocupado pela carne de bovinos e outros produtos de carne, com 16,28% de participação, com aumento em termos de valor de 0,64% em relação a jan-fev de 2018. Em termos de volume, houve aumento de 11,94% comparado a janeiro-fevereiro do ano passado.

O minério de ferro reverteu a queda nas exportações verificada em 2016, com aumentos expressivos em 2017 e 2018. Por sua vez, no acumulado de janeiro e fevereiro de 2019 o produto registrou queda de 53,68% comparado com o mesmo período do ano passado. Em termos de volume exportado, houve recuo de 53,46%. Em relação aos produtos importados, o Estado continuou com uma pauta concentrada na importação de gás boliviano, representando 48,02% da pauta de importações em janeiro e fevereiro de 2019 – queda de 51,74% em relação ao mesmo período de 2018.

Em termos de destino das exportações houve uma concentração das vendas externas para a China, representando em jan-fev de 2019 cerca de 29,32% do valor total das exportações. Os países com maior aumento na participação foram: Reino Unido (310,65%) e Estados Unidos (228,83%). “Os EUA já figuram, no mês de fevereiro, como o segundo destino do comércio exterior do Estado, contabilizando 10% das exportações. Os principais produtos destinados ao mercado norte-americano foram celulose e carnes”, acrescenta.

O principal município exportador em janeiro e fevereiro de 2019 foi Três Lagoas, com cerca de 60% dos valores exportados, com composição baseada sobretudo nas exportações na indústria de Papel e Celulose.

FONTE: A Crítica
#190225-01
25/02/2019

Término do plantio da safra de algodão confirma aumento de área em MS

A Ampasul (Associação Sul-Mato-Grossense dos Produtores de Algodão), por meio do Programa Boas Práticas Fitossanitárias, publicou mais um relatório

O documento anuncia a conclusão do plantio da atual safra de algodão e confirma a previsão de aumento de área, estimada durante a entressafra.

Em Mato Grosso do Sul, a exemplo de outras regiões produtoras do fio natural, houve um aumento da área plantada, que no Estado chegou a 37,5 mil hectares, um incremento de 23,35% em relação à safra passada. O algodão safra representa 81,4% do total (30,5 mil ha), enquanto o algodão safrinha ocupa 18,6% (7,0 mil ha). O crescimento foi de 17,8% para o algodão safra, 55,9% na modalidade algodão de safrinha, em todo o Mato Grosso do Sul.

Na atual safra ocorreu o retorno do algodão no município de Maracaju (algodão safrinha), além do primeiro ano da cultura em Sonora na região norte do Estado, com a participação de um novo produtor.

“Numa análise sintética, os motivos do aumento da área cultivada de algodão no Mato Grosso do Sul (o que não é fato isolado no País, pois as áreas dos outros estados também aumentaram) foram: mercado do algodão aquecido, com preço da pluma razoável, maior adiantamento das vendas da fibra com contratos futuros, recorde na exportação, câmbio (dólar : real), pré safra favorável (criando boas expectativas de rentabilidade), maximização do uso do solo com a atividade e o algodão como opção de rotação de culturas”. Aponta o informativo da Ampasul.

Existe preocupação da Ampasul com relação ao andamento da atual safra. Houve aumento de área e de dificuldades no manejo de doenças e pragas, impostas por diversos fatores, como aponta o informativo, com destaque mais uma vez para o bicudo, como já vinha sendo anunciado que ocorreria.

No sul de Mato Grosso do Sul houve falta de chuvas em janeiro e depois ocorreu uma chuva de granizo, o que prejudicou o desenvolvimento vegetativo do algodão. A falta de umidade prejudicou as lavouras de soja, o que provocou a imigração de pragas para as lavouras de algodão. A falta de chuvas contribuiu para o retardamento do aparecimento de doenças fúngicas.

A Ampasul vem desenvolvendo a sua missão que é de representar e assistir a classe cotonicultora para garantir sua sustentabilidade e participou mais uma vez da Showtec, em Maracaju, de 16 a 18 de janeiro de 2019. O momento foi propicio para conversar com produtores, autoridades e empresas do setor sobre as novas tecnologias já existentes na cultura do algodão. O principal tema abordado pela Ampasul foi a revitalização da cultura do algodão no sul do Estado.

Ainda em janeiro, nos dias 10 e 11 aconteceu em Chapadão do Sul, na Fazenda Minuano, pertencente ao grupo Schlatter um treinamento básico com aulas teóricas e práticas sobre o uso da tecnologia de sensoriamento remoto com VANT (veículo aéreo não tripulado) e software avançado no geoprocessamento de dados. O curso foi ministrado pelo Dr. Lucio André da Embrapa Instrumentação de São Carlos/SP.

FONTE: Agro News Brasil
#190222-02
22/02/2019

Maior exportador de tilápia do País, MS eleva produção

Estado exportou 685,8 toneladas e produção aumentou 236%

Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério de Economia, apontam que as exportações de carne de tilápia produzida em MS tiveram um avanço de 236,27% entre os anos de 2016 e 2018, de acordo com as informações. Esse desempenho fez com que, no ano passado, o Estado se tornasse o maior exportador brasileiro do produto, representando 95,26% do total das vendas ao exterior do País.

Em 2018, o Brasil exportou 771,75 toneladas de carne de tilápia (fresca, refrigerada ou congelada), com receita de US$ 4,466 milhões. Mato Grosso do Sul representou 95,26% dessas vendas externas, com 685,80 toneladas e faturamento de US$ 4,254 milhões. Levantamento feito pela Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), aponta que, nos últimos três anos, as exportações desse produto no Estado cresceram 236,27%, saindo de 204 toneladas, no ano de 2016, para 626 toneladas em 2017 e 685,80 toneladas no ano passado.

De acordo com o secretário Jaime Verruck, da Semagro, “a produção de peixe é um foco estratégico do governo para fomentar a piscicultura como alternativa para o produtor e para a industrialização do Estado. Esse resultado das exportações é um indicador importante, mas ainda temos espaço para nos posicionarmos mais fortemente em função dos investimentos que foram realizados de 2015 a 2018 e que ainda estão sendo realizados no setor”.

O titular da Semagro enfatiza que “a produção de tilápia em Mato Grosso do Sul já vem sendo incentivada há muitos anos, mas foi com a política de atração de investimentos implantada pelo governador Reinaldo Azambuja que conseguimos trazer a empresa Geneseas para o Estado, que já está em fase de ampliação. Atraímos também a Tilabras, que vai se instalar em Selvíria e já está produzindo tilápia. Temos um frigorífico em Mundo Novo e estamos discutindo a instalação de mais um frigorífico no Estado”.

Em relação aos países destinatários, os Estados Unidos foram o principal mercado consumidor externo, recebendo 673 toneladas em 2018 (97,7%), seguido do Canadá, com 8 toneladas (1,48%), e Equador, com 5 toneladas (0,75%). Entre os anos de 2017 a 2018, houve um crescimento de 9% no volume exportado, embora em termos de valores tenha havido queda de 6% no período.

Conjuntura

O balanço do setor em 2018 foi divulgado em fevereiro pela Associação Brasileira de Piscicultura (Peixe BR), no Anuário da Piscicultura. Segundo as informações do documento, o desempenho do Estado pode ser atribuído ao trabalho desenvolvido pelo cluster da piscicultura que se instalou na região leste sul-mato-grossense, com um aglomerado de empresas voltadas para a produção e processamento da tilápia (com produção de alevinos, tanques-rede de cultivo nos reservatórios de hidrelétricas da região, fábrica de ração e frigorífico).

De acordo com o anuário da Peixe BR, a produção sul-mato-grossense de tilápia teve um crescimento de 14,84% no ano passado em relação ao período anterior, passando de 17,85 mil toneladas para 20,50 mil toneladas. 

Mato Grosso do Sul avançou uma posição no ranking nacional da atividade e passou a ocupar o décimo lugar, atrás do Paraná (129,9 mil toneladas), São Paulo (73,2 mil toneladas), Rondônia (72,8 mil toneladas), Mato Grosso (54,5 mil toneladas), Santa Catarina (45,7 mil toneladas), Maranhão (39 mil toneladas), Minas Gerais (33,15 mil toneladas), Goiás (30,6 mil toneladas) e Bahia (30,5 mil toneladas).

FONTE: Correio do Estado
#190219-06
19/02/2019

Reconhecida internacionalmente, carne bovina produzida em MS registra recorde nas exportações

O volume é 11,7% maior que o de janeiro de 2018 e 34% a mais que o de 2017, quando os embarques internacionais somaram 9 mil toneladas

Inseminação artificial por tempo fixo, melhoramento genético, transferência de embriões, drones para acompanhar o rebanho, aplicativos. Esses são alguns exemplos de comoo produtor rural de Mato Grosso do Sul tem adotado tecnologias e elevado o desempenho do setor produtivo.

Especificamente no setor pecuário, o resultado tem sido a melhora da qualidade da carne bovina produzida e, consequentemente, o reconhecimento internacional. Dados compilados pela Unidade Técnica do Sistema Famasul – Federação da Agricultura e Pecuária de MS, com as informações do MDIC – Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, mostram que em janeiro deste ano as vendas internacionais de carne bovina in natura atingiram 12 mil toneladas, resultado que supera as vendas registradas no mesmo período em anos anteriores.

O volume é 11,7% maior que o de janeiro de 2018 e 34% a mais que o de 2017, quando os embarques internacionais somaram 9 mil toneladas. A receita das exportações do setor totalizou US$ 43 milhões em janeiro deste ano.

Para o presidente do Sistema Famasul, Mauricio Saito, os números revelam a importância do setor pecuário para o MS. "Somos o segundo maior produtor de carne bovina do País e o 5º maior exportador, resultado que demonstra o perfil empreendedor, profissional e responsável dos produtores rurais do nosso estado".

Em 2018, as vendas externas de carne bovina (considerando os tipos in natura, industrializada e miudezas) apresentaram o terceiro maior resultado histórico, somando 153,6 mil toneladas, ficando apenas aquém das negociações de 2013 (156 mil toneladas) e 2014 (165 mil toneladas). O Chile, que respondeu por 22% da receita obtida em 2018, é o principal importador da nossa carne.

Dinapec - Como o tema "Soluções para o Agro Sustentável", a Embrapa Gado de Corte e o Sistema Famasul realizam, entre 20 e 22 de fevereiro, a Dinapec – Dinâmicas Agropecuárias 2019. A iniciativa tem como objetivo apresentar tecnologias para o setor produtivo. A expectativa é que 4 mil pessoas visitem a vitrine, que reunirá 11 roteiros e 13 oficinas.

O Sistema Famasul, que é pelo terceiro ano consecutivo correalizador do evento estará presente com extensa programação durante os três dias da Dinapec, que acontece na Embrapa Gado de Corte, em Campo Grande.

O Senar/MS oferecerá oficinas práticas de utilização de drones e de como conduzir plantas frutíferas em vasos. Nos três dias de evento acontecerão os giros tecnológicos, que vão destacar o trabalho dos programas de assistência técnica e gerencial (ATeG). A Dinapec também será sede do Encontro de Jovens que traz o tema "Jovens, o Agro e o Futuro. Como os Jovens estão se preparando para o futuro?". A iniciativa é da Comissão Famasul Jovem e acontece no dia 22 de fevereiro, a partir das 14h, na tenda principal da Dinapec.

Uma das novidades da participação do Sistema Famasul na Dinapec 2019 é a oferta de atendimento odontológico gratuito aos participantes e colaboradores da Embrapa, com a unidade móvel do projeto Pingo D’Água, do Senar/MS. Serão realizados atendimentos gratuitos, por ordem de chegada, durante todo o período da feira. Entre os serviços oferecidos estão a extração, limpeza, aplicação de flúor, restauração de resina e amálgama.

FONTE: Enfoque MS
#190211-13
11/02/2019

RURAL: Florestas de Mato Grosso do Sul superam 1,1 milhão de ha

Setor tem oferta, mas não há demanda suficiente

Mato Grosso do Sul fechou 2018 com 1,1 milhão de hectares de florestas plantadas, ultrapassando a meta de 1 milhão de ha prevista apenas para 2030 pelo Plano Estadual de Florestas, porém, o consumo projetado para esta expansão ainda está aquém do esperado. De acordo com estimativa da Associação Sul-Mato-Grossense de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas (Reflore-MS), no ano passado, o consumo chegou a 20 milhões de metros cúbicos, 33,3% menor do que a meta inicial, de 30 milhões de m³.

Com o preço atual da madeira de eucalipto inferior ao de 10 anos atrás e o custo em alta, o setor florestal de MS dispõe de oferta, mas não há demanda suficiente e, em razão desse cenário, os valores estão reprimidos. De acordo com o diretor-executivo da Reflore-MS, Dito Mário, a média paga pelo m³ recuou de R$ 60 para R$ 48 a R$ 55 – valor que varia de acordo com diversas condicionantes, como a proximidade da área plantada com o local de compra e exportação e até mesmo as condições das estradas.

O valor considerado razoável para haver equilíbrio econômico-financeiro da atividade seria entre R$ 65 e R$ 70 o m³. “Há um excesso de áreas, os custos subiram e, com isso, os preços caíram”, explicou. Antes, exemplifica, plantava-se um hectare com R$ 6 mil, e hoje esse custo está em R$ 8,5 mil, aumento de quase 42%.

“O nosso setor florestal é muito jovem, ainda não está consolidado e o Brasil vem de uma recessão. Nós contamos com as atividades da celulose, com a vinda de mais uma fábrica no Estado, da siderurgia, do polo de madeira serrada. Outras fontes importantes são a energia e o etanol do milho, que também precisam de madeira para a secagem”, explicou Mário.

Quanto às potencialidades e à destinação dessa produção, as principais possibilidades para expansão do consumo são: a instalação da terceira fábrica de celulose no Estado, com retomada da siderurgia – há expectativa em torno da abertura de fábrica da Vetorial, hoje com base no município de Corumbá, no segundo semestre de 2019 –; a criação e consolidação de um polo de madeira serrada na região de Água Clara; e o uso da madeira em empreendimentos de energia e também na produção de etanol de milho, principalmente com a implantação da indústria da BBCA em Maracaju.

Em relação às vendas de celulose para o mercado internacional, o produto foi o primeiro colocado na balança comercial de MS no ano passado, com receita de US$ 1,94 bilhão. Para este ano, com a entrada da segunda linha da Fibria/Suzano em produção, o volume estimado é de 5,2 milhões de toneladas – sendo 3,5 milhões de toneladas para a Fibria/Suzano e 1,75 milhão de toneladas da Eldorado. Desse montante, 90% seguem para exportação, de acordo com a Reflore. “A nossa expectativa é de crescimento, apesar dos reveses”, destacou.

INCERTEZA

A apreensão do setor está relacionada aos impactos futuros, gerados pela cobrança do Fundo de Desenvolvimento do Sistema Rodoviário do Estado de MS (Fundersul). Projeto de lei que estende a contribuição do fundo também para produtores de floresta plantada foi aprovada pela Assembleia Legislativa e aguarda sanção do governador Reinaldo Azambuja (PSDB).

Depois de articulação do setor com os deputados e equipe de governo, a proposta recebeu emendas escalonando o porcentual de contribuição. Pela matéria aprovada, a alíquota, antes de 7,2% sobre uma Unidade Fiscal de Referência de MS (Uferms), passou para 3,9% em 2019 e 5,4% em 2020. Considerando o valor de dezembro da Uferms, de R$ 27,57, a contribuição será equivalente a R$ 1,07 por metro cúbico do produto no próximo ano, subindo para R$ 1,48 por metro cúbico em 2020. A preocupação é com uma possível fuga de investimentos, diante da mudança de regras colocada pelo Executivo.

Segundo Mário, o setor de florestas plantadas plantou 1,1 milhão de hectares no Estado, recuperando áreas que estavam degradadas, além de dinamizar os municípios da Costa Leste. Somente as duas grandes indústrias de celulose [Fibria e Eldorado] investem mais de R$ 100 milhões em recuperação de estradas e pontes, além de solicitações das próprias prefeituras da região – são, ao todo, 11 municípios da Costa Leste impactados.

Empreendimentos também foram atraídos para a região, entre eles, a fábrica de MDF que se instalou em Água Clara. “Em termos de consumo, não é tão grande, mas, em efeito multiplicador [para agregar valor à cadeia da região], é muito significativo”, pontuou.

Ainda segundo a Reflore, Ribas do Rio Pardo tem forte chance de receber uma nova empresa de celulose e Brasilândia também já tem reflexos dos investimentos.

“A Costa Leste tem dificuldade de introdução de novas culturas, porque é um solo quartzoso. Então, a silvicultura vem para somar. De 10 a 12 milhões de hectares que o Estado tem de áreas degradadas, recuperamos um milhão, e, desse total, 950 mil estão na Costa Leste. Mas estamos apreensivos quanto aos novos investimentos. Nós já temos dificuldade na nossa logística, estamos a 800 quilômetros dos portos e, por mais que se tenha alguns incentivos, estabelecidos pelo plano [estadual florestal] lá atrás, a logística ainda é desfavorável”,  pontuou.

Para o representante da Reflore, a taxa do Fundersul traz uma incógnita para o Estado em relação à vinda de novos empreendimentos da cadeia florestal. “A empresa vai ter de fazer o seu custo e os mais prejudicados serão os produtores. Vai ficando cada vez mais difícil [o setor] se consolidar, por causa também da logística, e essa taxa vai tirar competitividade”, alertou.

Para o ano que vem, avalia, o produtor dependerá ainda mais de financiamentos, juros mais baratos e compatíveis com a atividade, que tem prazo de retorno variável, dependendo do produto da cadeia. No caso do eucalipto, são sete anos, para a madeira serrada, de 14 a 15 anos.

FONTE: Jornal dia dia
#190207-02
07/02/2019

Em 2018 exportações de industrializados de MS encerram com crescimento de 19%

Em dezembro do ano passado a receita com a exportação de produtos industriais alcançou US$ 283,2 milhões, aumento nominal de 2% em relação ao mesmo mês de 2017, quando o valor foi de US$ 277,2 milhões

A receita obtida com as exportações de produtos industrializados de Mato Grosso do Sul em 2018 superou a projeção feita pelo setor, que era encerrar o ano próximo dos US$ 3,08 bilhões, e alcançou um montante de US$ 3,63 bilhões, um crescimento de 19% em relação a 2017, quando atingiu US$ 3,05 bilhões, conforme levantamento do Radar Industrial da Fiems.

Em dezembro de 2018, a receita com a exportação de produtos industriais alcançou US$ 283,2 milhões, aumento nominal de 2% em relação ao mesmo mês de 2017, quando o valor foi de US$ 277,2 milhões. No ano, com o montante de US$ 3,63 bilhões, a indústria respondeu por 64% de toda a receita de exportação de Mato Grosso do Sul, conforme destacou o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende.

Os principais destaques ficaram por conta dos grupos “Celulose e Papel”, “Complexo Frigorífico”, “Extrativo Mineral”, “Óleos Vegetais”, “Açúcar e Etanol” e “Couros e Peles”, que, somados, representaram 98,0% da receita total das vendas sul-mato-grossenses de produtos industriais ao exterior. No grupo “Celulose e Papel”, por exemplo, as exportações somaram US$ 1,94 bilhão, um aumento de 79% em relação ao ano de 2017.

Dos US$ 1,94 bilhão, 97,4% foram obtidos apenas com a venda da celulose (US$ 1,89 bilhão), tendo como principais compradores China, com US$ 1,06 bilhão, Itália, com US$ 212,8 milhões, Holanda, com US$ 174,8 milhões, Estados Unidos, com US$ 123 milhões, e Coreia do Sul, com US$ 50,2 milhões.

“Em 2018, apesar da pressão dos clientes, os preços de celulose continuaram em níveis elevados em relação a 2017, embora perto da estabilidade, como esperado. A demanda, por outro lado, permaneceu forte ao longo do ano. No segmento de papel, o cenário foi ainda melhor. A demanda e os preços internacionais mantiveram a tendência de alta abrindo espaço para incremento de preços no mercado doméstico, respondendo as melhores perspectivas para a economia brasileira”, analisou Ezequiel Resende.

Outros grupos

Já no grupo “Complexo Frigorífico” a receita conseguida na soma de janeiro a dezembro de 2018 foi de US$ 918,5 milhões, uma redução de 3% em relação ao mesmo período do ano passado, sendo que 36,8% do total alcançado são oriundos das carnes desossadas de bovinos congeladas, que totalizaram US$ 338,4 milhões, tendo como principais compradores Hong Kong, com US$ 185 milhões, Chile, com US$ 146,6 milhões, China, com US$ 65,7 milhões, Emirados Árabes Unidos, com US$ 62 milhões, e Arábia Saudita, com US$ 56,1 milhões.

“Mesmo com as operações deflagradas pela Polícia Federal, escândalos em grandes grupos frigoríficos e embargos à exportação de carne em Mato Grosso do Sul, o Estado conseguiu fechar 2018 com crescimento de 6,6% em receita gerada pela comercialização de carne bovina ao mercado estrangeiro. Foram movimentados US$ 546 milhões no ano passado, diante de US$ 512 milhões do ano anterior. Em reais, o valor supera os R$ 2 bilhões”, ressaltou o economista.

O grupo “Extrativo Mineral” acumula uma receita de US$ 236,5 milhões no período analisado, aumento de 10% comparado com a somatória de janeiro a dezembro do ano passado, sendo que 82,5% desse montante foi alcançado pelos minérios de ferro e seus concentrados, que somaram US$ 144,4 milhões, tendo como principais compradores Argentina, com US$ 139,3 milhões, e Uruguai, com US$ 90,3 milhões.

“As exportações de minério de ferro do Brasil cresceram 25,4% em 2018 ante o ano anterior, mostraram dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). No ano passado, as vendas externas do minério do Brasil atingiram 394,24 milhões de toneladas, ante 314,37 milhões de toneladas em 2017. A Vale, maior exportadora de minério de ferro do mundo e responsável por grande parte das vendas externas da commodity do Brasil, previu produzir 390 milhões de toneladas em 2018, o que seria um aumento de cerca de 6,5% ante 2017. Praticamente toda a produção da Vale é exportada”, detalhou o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems.

Para o grupo “Óleos Vegetais”, a receita alcançou US$ 193,5 milhões nos 12 meses do ano passado, um crescimento de 73% na comparação com o mesmo período de 2017, com destaque para farinhas e pellets, que somaram US$ 138,3 milhões, tendo como principais compradores Tailândia, com US$ 60,5 milhões, Coreia do Sul, com US$ 26,7 milhões, Indonésia, com US$ 26,1 milhões, Vietnã, com US$ 22,8 milhões, e Holanda, com US$ 11 milhões.

“Apesar do início tardio do semeio, a temporada 2017/18 de soja registrou produção superior à anterior. Ainda assim, de acordo com informações do CEPEA (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da ESALQ/USP, os preços se sustentaram ao longo de 2018, influenciados pelo intenso ritmo das exportações da oleaginosa e dos derivados. As vendas externas, por sua vez, foram favorecidas pela disputa comercial entre os Estados Unidos e a China. Os embarques de farelo de soja foram recordes em 2018, totalizando 16,89 milhões de toneladas, 19,2% acima do volume do ano anterior, acordo com a Secex. A receita obtida pelas vendas externas do farelo de soja foi de US$ 6,7 milhões, 34,9% superior à de 2017”, pontuou Ezequiel Resende.

FONTE: A Crítica
#190206-05
06/02/2019

Balança comercial de MS tem superávit de US$ 163 milhões em janeiro de 2019

Com relação aos principais produtos exportados, a celulose apareceu como primeiro produto na pauta de exportações, com 53,35% do total exportado em termos do valor, e com aumento de 41,31% em relação ao mesmo período no ano passado

O superávit na balança comercial de Mato Grosso do Sul – que é a diferença entre as exportações e importações do Estado – foi de US$ 163 milhões em janeiro de 2019, superando em 39% os US$ 17 milhões verificados no mesmo período de 2018. Os dados estão na Carta de Conjuntura do Setor Externo do mês de novembro de 2018, elaborada pela Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro).

Com relação aos principais produtos exportados, a celulose apareceu como primeiro produto na pauta de exportações, com 53,35% do total exportado em termos do valor, e com aumento de 41,31% em relação ao mesmo período no ano passado. Em relação ao volume tivemos aumento de 27,94%. O segundo lugar foi ocupado pela carne de bovinos e outros produtos de carne, com 14,37% de participação, com queda em termos de valor de 15,35% em relação a janeiro de 2018. Em termos de volume, houve queda de 2,71% comparado a janeiro de 2018.

O minério de ferro havia revertido a queda nas exportações verificada em 2016, com aumentos expressivos em 2017 e 2018, mas no mês de janeiro de 2019, o produto registrou queda de 34,1% comparado com o mesmo período do ano passado, em termos de volume exportado houve queda de 34,7%.

“O crescimento das exportações de celulose é um dos destaques de janeiro. O produto chegou a representar 53% da pauta em janeiro, com crescimento de 41%. Ao mesmo tempo, também verificamos uma queda nas importações de 15%, sendo 23% para as importações de gás boliviano”, comentou o secretário Jaime Verruck, da Semagro.

De acordo com as informações da Carta de Conjuntura, houve uma desconcentração de mercados destino, com a China passando para 28% se comparado aos 35% que representava em janeiro de 2018, com aumento de participação de Itália (60,78% de crescimento), Países Baixos (60,38% de crescimento) e Estados Unidos (97,21% de crescimento). O município de Três Lagoas lidera o ranking de exportações nos municípios do Estado, com 65% de participação, 39,91% maior que o verificado em janeiro de 2018.

FONTE: A Crítica
#190206-04
06/02/2019

Com crescimento de receita de 41,31%, celulose inicia 2019 na liderança do ranking de exportações de MS

Dos dez principais produtos exportados pelo estado neste início de ano, sete vem do agro e a China se mantém como principal parceiro comercial sul-mato-grossense.

Mato Grosso do Sul registrou em janeiro de 2019 frente ao mesmo período de 2018 um incremento de 41,31% na receita com a exportação de celulose, que subiu de US$ 129,099 milhões para US$ 182,433 milhões.

Segundo dados do Ministério da Economia, o produto neste primeiro mês do ano também assumiu a liderança do ranking estadual de exportações, posição que nos dados consolidados de 2018 foi da soja.

Considerando todos os produtos vendidos por Mato Grosso do Sul no mercado internacional, o faturamento do estado registrou em janeiro deste ano ante o mesmo intervalo de tempo do ano passado um incremento de 4,30%, com a receita subindo de US$ 327,824 milhões para US$ 341,948 milhões.

Dos dez principais produtos exportados pelo estado neste início de 2019 e que juntos correspondem a 91,52% do resultado financeiro obtido, sete vêm diretamente do agro ou utilizam matérias-primas do setor. Confira abaixo a listagem:

  1. Celulose: US$ 182,433 milhões
  2. Carne desossada e congelada de govinos: US$ 27,579 milhões
  3. Farinhas e pellets da extração de óleo de soja: US$ 20,917 milhões
  4. Pedaços e miudezas, comestíveis de galos e galinhas congelados: US$ 17,876 milhões
  5. Milho: US$ 17,370 milhões
  6. Carne desossada de bovino, frescas ou refrigeradas: US$ 15,180 milhões
  7. Ferro Fundido bruto não ligado: US$ 10,298 milhões
  8. Minério de ferro e seus concentrados: US$ 8,015 milhões
  9. Soja: US$ 7,569 milhões
  10. Minério de manganês: US$ 5,713 milhões

Em relação aos parceiros comerciais, a China se mantém como grande comprador dos produtos sul-mato-grossense. Em janeiro, o país importou do estado oito itens, totalizando compras de U$ 97,138 milhões, o equivalente a 28,40% do total do estado.

O principal produto adquirido pela China foi a celulose, que correspondeu a 85,33% do total das aquisições, US$ 82,892 milhões. Os asiáticos também adquiriram soja, pedaços e miudezas comestíveis de galos e galinhas congelados, couros e peles de bovinos em vários estágios de processamento e produtos de peixe.

FONTE: G1
#190130-01
30/01/2019

Brado traz nova solução de logística multimodal para a importação de fertilizantes

A Brado registrou cerca de 1,3 mil contêineres movimentados no primeiro ano da operação de importação de fertilizantes. Iniciado em janeiro de 2018, o projeto trouxe uma nova solução logística para o fluxo de importação atendido pelo Porto de Paranaguá (PR), com ganhos operacionais relevantes para o transporte de contêineres reefer (refrigerados) destinados ao terminal de Cambé, no Norte do Paraná.

O objetivo da operação de fertilizantes é avançar o transporte da carga conteinerizada até o terminal multimodal de Cambé e ofertar o produto final mais próximo as regiões de consumo, reduzindo assim a dependência do fluxo rodoviário para estes clientes. O projeto nasceu por meio de um estudo de inteligência de mercado e de uma solução desenhada com conjunto com os armadores Maersk, Hamburg Süd e a TCP (Terminal de Contêineres de Paranaguá).

“Este novo desenho permitiu um fluxo round-trip muito mais eficiente, econômico e ambientalmente sustentável para os clientes finais, o que potencializou o crescimento de nossas operações”, afirma Daniel Salcedo, gerente executivo da Brado.

“Antes, as cargas eram manuseadas em terminais na retroárea do Porto de Paranaguá e seguiam por rodovia. Agora, os contêineres rodam aproximadamente 1.200 quilômetros na ferrovia entre os fluxos de ida e volta, sempre cheios de ponta a ponta”, explica.

Planejada e executada ao longo de todo o ano, a operação de importação de contêineres com fertilizantes tem volumes que variam de acordo com os períodos que antecedem as safras, principalmente as de soja, milho e algodão. 

Os contêineres que chegam pela ferrovia ao terminal da Brado em Cambé são entregues e descarregados por caminhões em armazéns localizados em um raio de até 30 quilômetros, por onde os big bags com fertilizantes são distribuídos aos consumidores finais (agricultores, atacadistas, varejistas e cooperativas) nos estados do Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, São Paulo e Goiás.

“Conseguimos otimizar os custos e o planejamento de transporte, armazenamento e distribuição”, diz Salcedo. “A solução trouxe benefícios para os importadores, agricultores e todas as partes envolvidas no processo logístico”.

Projeções para 2019

Conforme o terceiro prognóstico da Safra 2019, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 10 de janeiro deste ano, a safra de grãos deve ter um aumento de 3,1% em relação ao ano anterior – alavancada, principalmente, pelas altas na produção de milho (6,9 milhões) e soja (945,6 mil toneladas).

Os números positivos do setor agrícola também impulsionam as projeções da Brado para 2019. A empresa pretende dobrar a operação de fertilizantes, com aproximadamente 3500 contêineres movimentados.

Além do trajeto entre Paranaguá e Cambé, a empresa iniciou recentemente a importação de fertilizantes em contêineres no trecho entre o Porto de Santos (SP) e Rondonópolis (MT), ampliando o portfólio de serviços e soluções para este mercado de insumos agrícolas e contribuindo para novos recordes operacionais da Companhia.

FONTE: Portos e Navios
#190128-09
28/01/2019

Algodão deve render 10% a mais em Mato Grosso do Sul

Com 34 mil hectares, o algodão poderá ter aumento de 10% na produção nesta safra em Mato Grosso do Sul. Segundo dados da Conab, a produção pode render 150,5 mil toneladas de algodão em caroço, que se tornam 61,7 mil toneladas de pluma. No Estado, 28,9 mil hectares são de primeira safra e 5,1 mil hectares de segunda safra. Os pacotes tecnológicos aplicados nesta cultura são, na maioria, provenientes de recursos próprios, pois, como em MS a principal cultura da primeira safra é a soja, a expansão da área de cultivo de algodão é lenta, embora já existam cooperativas que compram e beneficiam o algodão em caroço para processamento na indústria têxtil, fabricação de óleos e ração animal.

De acordo com a assistência técnica da Conab, os produtores da região norte e nordeste do Estado (regiões de maior produção) tiveram de interromper o plantio em meados de dezembro em razão do veranico. Com a retomada das chuvas no fim do último mês do ano passado, houve o término das operações de plantio.

As lavouras plantadas estão em estádio vegetativo; o período crítico são os estádios entre a floração e a frutificação da cultura. Atualmente, a estiagem tem sido a maior preocupação por parte dos produtores e, até o presente momento, não há expectativa de perda de produtividade na cultura, sendo previsto em torno de 4.800 kg/ha para o algodão primeira safra e aproximadamente 4.200 kg/ha para o segunda safra.

As pragas e doenças das lavouras estão sob controle, pois, como são poucos produtores de algodão no Estado, os tratos fitossanitários são facilitados, já que os focos e índices de contaminação são reduzidos. Na última semana de dezembro, as lavouras de primeira safra se encontravam com plantio finalizado e em desenvolvimento vegetativo, correspondendo a aproximadamente 85% do total, e o restante em germinação. Os produtores se mostraram confiantes quanto ao aquecimento do mercado do algodão e algumas das justificativas dizem respeito à balança comercial têxtil, além da progressão da qualidade do produto ao longo das safras, que tem tido melhora significativa.

Expectativa

A expectativa é de que a safra nacional 2018/19 de algodão em pluma alcance novamente recorde de produção, impulsionada pela elevação da área semeada. Esse crescimento, por sua vez, está associado à maior rentabilidade do algodão diante das demais culturas concorrentes em áreas e ao ambiente favorável para contratos antecipados (a serem cumpridos em 2019 e também 2020), de acordo com informações do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP. Nessas condições, pelo segundo ano consecutivo, o Brasil continua como o quarto maior produtor do mundo e, ultrapassando a Índia, deve se tornar o segundo principal exportador, ficando atrás apenas dos Estados Unidos.

No período de tomada de decisão sobre a temporada 2018/19, o algodão era uma das poucas culturas com expectativa de manutenção de preços atrativos. Com isso, produtores tradicionais e também aqueles com disponibilidade de crédito e possibilidade de colheita e beneficiamento terceirizados aumentaram a área e/ou passaram a cultivar algodão.

Um fator que preocupa, contudo, é que a temporada 2017/18, colhida em 2018, já foi recorde, e os excedentes domésticos no ano passado chegaram a 1,6 milhão de toneladas. Considerando-se que a pluma da safra passada está em comercialização desde agosto/18, perdurando até julho/19, o excedente interno passa a ser de 1,3 milhão de toneladas. Volume que precisaria ser exportado para não gerar pressão sobre os preços domésticos.

Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior, os embarques de pluma foram intensos nos últimos cinco meses de 2018, somando 670,3 mil toneladas – em dezembro/18, o volume mensal foi recorde, de 214,6 mil toneladas. Caso esse bom ritmo se mantenha, os volumes totais a serem exportados até julho/19 podem atingir recordes ou superar o excedente doméstico (de 1,3 milhão de toneladas).

FONTE: O Correio News
#190126-02
26/01/2019

Agro sustenta balança comercial

Dados do governo federal e do Imasul confirmam que exportações do setor rural tiveram crescimento de 5,9% no ano passado

As exportações do agronegócio alcançaram o valor recorde nominal (que é o crescimento bruto, sem deflacionar a variável renda) de US$ 101,69 bilhões em 2018, com crescimento de 5,9% em relação aos US$ 96,01 bilhões exportados em 2017. O recorde anterior ocorreu em 2013, quando o setor exportou US$ 99,93 bilhões.

Segundo a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), as exportações dos produtos agropecuários para China trouxeram impacto positivo no comportamento da balança do agro. Os embarques para aquele país aumentaram US$ 9 bilhões, o valor supera o aumento US$ 5,67 bilhões registrado no mercado externo de alimentos como um todo.

Soja - O grão foi o principal produto exportado com volume recorde de 83,6 milhões de toneladas. O aumento na quantidade exportada não ocorreria sem a forte demanda chinesa. O consumo chinês cresceu de 53,8 milhões de toneladas, em 2017, para 68,8 milhões de toneladas, em 2018, com aumento de 15 milhões de toneladas de soja em grãos.

Carne – A carne bovina in natura atingiu volume recorde na série histórica iniciada em 1997. No ano passado, foram exportadas 1,35 milhão de toneladas (+12,2%). Foram vendidas para a China 322,3 mil toneladas com acréscimo de 111,1 mil toneladas em relação a 2017.

Florestal - Outro produto que teve desempenho favorável, nos últimos 12 meses, foi a celulose, dentro do segmento de produtos florestais. A celulose obteve valor recorde de US$ 8,35 bilhões (+31,5%), também, em quantidade, chegando a 15,3 milhões de toneladas (+10,6%). Também a demanda chinesa explica em grande parte esse incremento. O país asiático aumentou as aquisições para 6,5 milhões de toneladas de celulose em 2018 (+20%).

A participação do Agronegócio representou 42,4% do total das vendas externas brasileiras no ano. As importações do agro registraram retração de 0,8%, somando US$ 14 bilhões. Como resultado, o saldo da balança comercial do setor foi de US$ 87,6 bilhões (+7,1%).

 

Dados de MS


Dados levantados pela Famasul revelam que Mato Grosso do Sul encerrou 2018 com US$ 5,4 bilhões em exportações do agronegócio, volume 20,05% superior ao mesmo período de 2017. O agronegócio correspondeu a 95,02% das receitas com exportação estaduais.

 

SOJA
O complexo soja foi um dos responsáveis pelo bom desempenho das exportações em 2018, foram exportados US$ 2,1 bilhão, desempenho cerca de 43,28% superior ao registrado em 2017. A participação da oleaginosa representa 39,11% das exportações do agronegócio do Estado.

 

FLORESTAS
As exportações dos Produtos Florestais, renderam US$ 1,9 bilhão - alta de 79% em relação a 2017. Os Produtos Florestais detêm 36,04% de participação nas exportações do agronegócio de Mato Grosso do Sul.

 

CARNES
A receita com carnes ficou em US$ 917 milhões retração de desempenho de 3% em relação a 2017. A carne bovina registrou alta de 7% com faturamento superior a US$ 549 milhões. Enquanto, as exportações de carne de frango e carne suína tiveram retração.

 

MILHO
Outro grão importante para as exportações, o  milho também teve desempenho negativo em 2018, em comparação com 2017. As vendas do cereal alcançaram receita de US$ 333 milhões no ano de 2018, queda de 74,3% com a relação a 2017.

CANA-DE-AÇÚCAR
O complexo sucroenergético também teve retração, encerrou 2018 com US$ 177 milhões em exportações do agronegócio, uma retração de 65% em relação a 2017.

FONTE: JP News
#190117-01
17/01/2019

Balança tem superávit de US$ 58,7 bilhões em 2018, aponta FGV/Icomex

A balança comercial fechou o ano de 2018 com um superávit de US$ 58,7 bilhões, com destaque para a participação da China como principal destino das exportações brasileiras. Embora o resultado tenha sido inferior ao de 2017, de US$ 67 bilhões, foi o segundo melhor desempenho da série histórica, segundo os dados do Indicador do Comércio Exterior (Icomex), divulgado nesta quinta-feira, 17, pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

A China deteve 26,8% das exportações brasileiras, mais do que o dobro da participação dos Estados Unidos, responsável por 12% das vendas externas do Brasil. O terceiro principal parceiro foi a Argentina, embora esta tenha reduzido sua participação no ranking de destino de exportações, passando de 8,1% em 2017 para 6,2% em 2018.

No ano passado, os chineses aumentaram sua participação nas exportações do Brasil, em relação a 2017, quando compraram 21,8% do total exportado. O crescimento de 35,2% nas exportações para a China em 2018 foi puxado pela soja em grão, petróleo bruto e minério de ferro. Os três produtos somam 82% das exportações brasileiras para território chinês.

O petróleo superou a participação do minério de ferro pela primeira vez nas vendas externas brasileiras para a China, ressaltou a FGV.

"A importância da China para as exportações brasileiras é reafirmada quando analisamos os dez principais produtos exportados pelo Brasil", declara o relatório do Icomex. "O segundo principal produto exportado pelo Brasil é o óleo bruto de petróleo e a participação da China no total exportado passou de 44,2% para 57%, entre 2017 e 2018. Nas exportações de carne bovina, oitavo principal produto, o porcentual da China foi de 18,3% em 2017, e de 27,2% em 2018", completou.

Quanto às importações, a China é o principal mercado de origem, mas com menor diferença em relação ao segundo colocado. A China foi responsável por 19,2% das importações brasileiras, enquanto os Estados Unidos detiveram 18,1% das importações totais em 2018.

A FGV lembrou ainda que houve extraordinariamente um aumento nas importações totais em 2018 influenciado pelas mudanças do Repetro, regime fiscal do setor de óleo e gás.

Em 2018, o volume exportado pelo Brasil cresceu 4,6% em 2018, enquanto as importações subiram 12%. Se excluídas as plataformas, a alta no volume importado seria de 6%. A FGV espera algumas eventuais operações de retorno contábil das plataformas de petróleo via importações em 2019, "no entanto, não se espera um impacto semelhante ao que ocorreu em 2018", prevê o relatório.

FONTE: Uol Economia
#190103-06
03/01/2019

Centro-Oeste se prepara para ampliar área de safrinha de milho

Região deve ter produção superior a 44 milhões de toneladas do cereal de segundo ciclo, de acordo com a Conab

A perspectiva é de que neste ano o milho segunda safra, ou safrinha, ocupe uma área maior no Centro-Oeste, principal região produtora. Como o plantio de soja ocorreu no período correto, a lavoura de milho, semeada logo após a colheita da oleaginosa, deve cumprir o calendário ideal também. A grande incógnita é o clima, já que a região tem registrado períodos prolongados de estiagem e o ano será de El Niño, que no Centro-Oeste se caracteriza por mais chuvas. Além disso, para o avanço da área, os preços do milho ao longo do primeiro trimestre também devem ser determinantes.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em estimativa divulgada em dezembro, projetou um volume de 63,73 milhões de toneladas na segunda safra de milho, sendo 44,23 milhões no Centro-Oeste, o que, se confirmado, representará crescimento de 18% na produção brasileira e de 13% na região central do Brasil ante a safra 2017/2018. A estatal não avaliou ainda a expectativa sobre incremento de área na safrinha brasileira, mas, considerando a lavoura semeada em 2017/2018 e o potencial de rendimento, aponta que no Centro-Oeste o maior incremento de produção deve ser observado em Mato Grosso do Sul, com 8,778 milhões de toneladas (+38,5%), seguido de Goiás, com 7,693 milhões de t (+20%). Mato Grosso, que lidera a produção do cereal de segunda safra, deve colher 27,497 milhões de toneladas (+4,9%).

Um indicativo de que produtores investirão na safrinha de milho são as compras antecipadas de fertilizantes. Embora este insumo esteja mais caro em relação à temporada anterior, as aquisições realizadas em novembro superaram em volume as de novembro de 2017. "Isso está acontecendo, em parte, porque os agricultores estão mais capitalizados devido à boa venda da safra de soja e, portanto, podem gastar mais e antes", disse ao Grupo Estado, o analista de mercado da FCStone Fábio Rezende.

Em Mato Grosso, o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) estima um incremento da área de safrinha de 1,05%, para 4,66 milhões de hectares, e de 3,43% na produção, a 28,53 milhões de toneladas. Em Goiás, onde a safrinha foi menor em 2018 em razão de problemas climáticos, há condições para uma boa recuperação, segundo o presidente da Associação de Produtores de Soja e Milho do Estado de Goiás (Aprosoja-GO), Adriano Barzotto. "Se for feito (o plantio) no tempo correto, será excelente."

A entidade trabalha com uma perspectiva de plantio muito próxima da Conab.Já em Mato Grosso do Sul, a lavoura deve avançar 1,5% a 2% ante 2017/2018, para 1,8 milhão de hectares, segundo estimativas internas da Aprosoja-MS. O diretor executivo da associação, Frederico Azevedo, espera que a colheita ultrapasse 10 milhões de toneladas, o que pode ser a maior safra da história.

Preços

A expectativa de maior produção em 2018/2019 pode ser fator de pressão sobre os preços. Por isso, em Mato Grosso, há quem sugira que não se expanda muito a área plantada. "Nós recomendamos que os produtores não plantem toda a área disponível. Pedimos que se repita a área do ano anterior, aproximadamente 4,5 milhões de hectares. O ideal, na verdade, seria que houvesse uma redução, para se manter o preço", disse Antônio Galvan, presidente da Associação de Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso (Aprosoja-MT).

Há dúvidas, no entanto, se esse tipo de estratégia pode funcionar. O presidente da Aprosoja-GO, Adriano Barzotto, afirma: "Todo ano que o milho cai abaixo do preço histórico se fala disso (de reduzir plantio), mas é uma questão da gestão interna da propriedade e cada produtor sabe como deve agir nessa hora".

Fatores como o preço do petróleo - que afeta a competitividade do etanol, produzido também com milho -, a produção de carne bovina e a disputa comercial entre Estados Unidos e China vão influenciar a cotação do cereal. A agência de classificação de risco Moody's apontou no último dia 11 de dezembro que a perspectiva para os ratings das empresas do setor de proteína animal na América Latina em 2019 é positiva, o que ajuda a cotação do milho, já que a demanda pelo produto para uso como ração animal tende a crescer.

Além disso, segundo João Macedo, analista de grãos da FCStone, há demanda suficiente no Brasil para absorver toda a safrinha. "A safra de verão não chega nem perto de cobrir a nossa demanda interna", afirmou ele. "Além disso, o produtor está vendo que o cenário de milho é favorável, já que houve quebra no ano passado, há uma escassez do produto no País e os preços estão elevados."

FONTE: Globo Rural
#181212-02
12/12/2018

MS se consolida como um dos principais produtores e exportadores agropecuários do país

Dados do VBP apresentados nesta quarta-feira reforçam a projeção de crescimento do setor.

Em 2018, Mato Grosso do Sul se consolidou ainda mais como um dos principais produtores agropecuários do país e também de exportação destas commodities e dos industrializados que têm como matéria-prima produtos do setor.

Levantamento da Federação de Agricultura e Pecuária do estado (Sistema Famasul), divulgado nesta quarta-feira (12) mostra que o estado está no “top 10” da produção e exportação de seis dos principais produtos agropecuários do país:


O presidente do Sistema Famasul, Mauricio Saito, comenta que o volume diário de produção da soja no estado este ano chegou, por exemplo, 26,6 mil toneladas, o do milho, a 18 mil toneladas e a da cana-de-açúcar, 130 mil toneladas.

Já a de carne bovina, conforme ele, atingiu 2,3 mil toneladas diárias, de carne suína, 491 toneladas, de carne de aves, 1,1 mil toneladas e de leite a 528 mil litros.

A consolidação do estado com um dos grandes produtos do agro do país, conforme Saito, se deve principalmente a um conjunto de fatores como os investimentos dos produtos em tecnologia e inovação, possibilitando uma produção cada vez mais tecnificada; ao trabalho das instituições de pesquisa, como as fundações e as Embrapas e ao trabalho de entidades representativas do setor, que tem contribuindo para auxiliar os produtores a desenvolverem sua atividade, do campo até a comercialização.

VBP indica desenvolvimento do setor

O Valor Bruto de Produção (VBP) é um dos principais indicadores da atividade agropecuária. Ele é calculado baseado nos volumes de produção e preços médios da agricultura e pecuária do estado, e os dados apresentados nesta quarta-feira reforçam a projeção de crescimento do setor.

Conforme Saito, o VBP de 2018 deve ter um incremento de 11,35% frente ao de 2017, passando de R$ 28,71 bilhões para R$ 31,90 bilhões.

Especificamente da agricultura, o indicador deve crescer 14,07%, de R$ 17,27 bilhões para R$ 19,70 bilhões. A soja deve ter o maior aumento, 37,74%, saltando de R$ 8,44 bilhões para R$ 11,63 bilhões.

Na pecuária, o aumento deve ser de 6,30%, com o VBP passando de R$ 8,86 bilhões par R$ 9,41 bilhões. O crescimento mais expressivo vai ser da criação de bovinos, 7,44%, de R$ 7,04 bilhões para R$ 7,57 bilhões.

FONTE: G1
#181128-04
28/11/2018

Governo de MS quer novo porto seco de Corumbá operando ramal ferroviário

O Governo de Mato Grosso do Sul defendeu a implantação de um novo porto seco em Corumbá com estrutura rodoferroviária para se integrar à Ferrovia Malha-Oeste, cuja recuperação foi garantida pelo presidente eleito Jair Bolsonaro com investimentos de R$ 5 bilhões. O desenvolvimento logístico é estratégico para o Estado e o ramal ferroviário na área alfandegária é fundamental para atender o crescente comércio com a Bolívia. 

O secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck, participou da audiência pública promovida pela Receita Federal sobre o novo porto seco, em Corumbá, na terça-feira (27), e sugeriu a construção do terminal ferroviário, que não estava contemplado no edital da nova estrutura. A proposta deve alterar o projeto original, cuja licitação está prevista para abril de 2019. 

“O que destacamos na audiência foi que o porto seco deve ter a dimensão de prever o que nós, como Governo do Estado, temos como meta para o desenvolvimento futuro de Corumbá e região”, disse. Ele citou o empenho do governador Reinaldo Azambuja para efetivar a reconstrução da Malha-Oeste e concretizar a implantação do corredor biocecânico – que ligará o Porto de Santos (SP) ao porto de Ilo, no Peru, passando por Mato Grosso do Sul. 

Foco na intermodalidade 

Para o secretário, as alterações sugeridas no edital garantem uma nova estrutura alfandegária que não venha a atender as necessidades de Corumbá para agora, mas para os próximos 25 anos, com a inversão do fluxo de mercadorias na fronteira a partir da exportação de ureia e outros produtos pela Bolívia. “Éramos eminentemente exportadores, contudo passamos a importar 300 mil toneladas de ureia e já sinaliza-se contratos de cloreto de potássio”, pontuou. 

Outro fator preponderante nessa discussão – adiantou Verruck -, que deve ser considerada, é a posição tomada pela Bolívia de eleger a Hidrovia do Paraguai como o caminho para chegar seus produtos ao mercado internacional. “O acesso à hidrovia é por Corumbá e vivenciamos um momento importante e estratégico para o porto seco, tornando o município no principal entreposto comercial dessa integração intermodal intercontinental”, falou. 

A intermodalidade é um ponto fundamental quando se trata de logística, argumentou o secretário. “O porto seco vai permitir esse fluxo de exportação e importação, mas temos que focar a questão da intermodalidade para o desenvolvimento”, frisou, salientando as tratativas do Estado com a Receita Federal para implantar os portos secos de Três Lagoas e Campo Grande, onde outra alternativa é ampliar a área alfandegária do aeroporto internacional. 

Obra inicia em 2019 

O presidente da Associação Comercial de Corumbá, Lourival Vieira Costa, também destacou a importância de um novo porto seco na região fronteiriça para eliminar os gargalos do transporte. “O fluxo de cargas se inverteu e a atual estrutura não suporta a demanda, se perde muito tempo e dinheiro na passagem dessa mercadoria”, afirmou. O novo porto seco, segundo ele, vai facilitar para todos, da indústria ao importador, evitando-se prejuízos. 

O atual armazém alfandegário de Corumbá, a Agesa, apresenta deficiências estruturais depois de 26 anos em operação e sua concessão, autorizada pela Receita Federal, foi encerrada. O novo porto seco, conforme estudos de viabilidade apresentada pela Receita, poderá ser construído também no município vizinho, Ladário. O edital da obra será lançado no dia 29 de janeiro de 2019, com licitação prevista para abril e execução a partir de julho. 

O porto seco de Corumbá abrange a captação de cargas de todo o País, principalmente das regiões Sul e Sudeste. Dados de 2015, apontam que mais de 90% da movimentação (856 mil toneladas) eram para exportação, cabendo às importações a fração de 51 mil toneladas. Nesse ano, segundo a Agesa, as importações da Bolívia, sustentadas principalmente pela ureia, devem fechar em 200 mil toneladas, com previsão de dobrar o volume a curto prazo. 

A audiência pública 

A audiência pública foi realizada na Associação Comercial de Corumbá, durante a manhã desta terça-feira (27.11), coordenada pela Comissão de Licitação da Receita Federal, em Brasília. Presentes também a coordenadora de Competitividade Empresarial da Semagro, Fernanda Lopes; o secretário de Governo de Corumbá, Cássio Costa Marques; e representantes do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística de MS (Setlog) e operadores. 

FONTE: MS Notícias
#181109-04
09/11/2018

Exportação em MS cresce em 29%, saldo da balança comercial é puxado pela soja e celulose

Houve queda nas exportações do setor de carnes sul-mato-grossense

Os valores exportados de Mato Grosso do Sul novamente tiveram bom desempenho no comércio exterior, puxados pela soja e celulose. De janeiro a outubro de 2018 houve um aumento de cerca de 18% nos valores exportados, saltando de 4,1 bilhões de dólares nos dez primeiros meses de 2017 para 4,8 bilhões de dólares no mesmo período deste ano.

Esse resultado gerou um superávit de 2,6 bilhões de dólares, superior em 29% ao verificado para o mesmo período em 2017. Os dados estão na Carta de Conjuntura do Setor Externo, elaborada pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro).

“Esse bom desempenho é explicado pelo aumento nos valores exportados dos principais produtos da pauta como a soja, que teve alta de 30,9% e a celulose, que ampliou 43,73% em relação ao ano passado. Esses dois produtos lideram o ranking de exportações e representam 44% do volume total exportado pelo Estado”, comenta o titular da pasta, Jaime Verruck.

O secretário acrescenta que “O cenário internacional está favorável para a soja brasileira devido em grande parte à política “American First”, adotada pelo governo dos EUA, que sobretaxou em 25% os produtos chineses. Isso fez aumentar a demanda por produtores brasileiros, que não são sobretaxados. Essa situação favoreceu ainda mais os produtos de Mato Grosso do Sul”.

Houve queda nas exportações do setor de carnes sul-mato-grossense em função do mercado interno e externo. As carnes de bovinos caíram 15,48% e as carnes de aves recuaram 25,84%. “Ainda não tivemos uma retomada significativa de carne bovina e de aves. Estamos operando em volumes inferiores ao ano passado. A melhora depende de acordos comerciais e do restabelecimento de credenciamento de frigoríficos”.

A variação do câmbio também é destacada no documento da Semagro. No mês de outubro, a cotação do dólar apresentou desvalorização em relação ao mês anterior, chegando a uma taxa média de R$ 3,75, cerca de 8,70% abaixo da taxa média de setembro. “Essa variação implica diretamente na remuneração do exportador”, acrescenta o secretário.

China e Argentina como principais destinos

Em termos de destino das exportações há uma concentração nas exportações para a China, que representou 48,51% do valor total das exportações de janeiro a outubro deste ano. Na análise isolada de outubro, no entanto, a Argentina representou 46,82% e a China, 40,78%. Na avaliação de Jaime Verruck, “a manutenção da atual política econômica brasileira de comércio exterior com relação a China favorece Mato Grosso do Sul. Nós acreditamos que a nova equipe econômica do Governo Federal terá essa sensibilidade em não prejudicar os acordos comerciais com o mercado chinês.

Com relação à Argentina, o titular da Semagro lembra que “além de ser um importante parceiro comercial, empresas argentinas já sinalizaram com investimentos nas estruturas do terminal portuário de Porto Murtinho. Isso é fundamental para o escoamento do minério de ferro vindo de Corumbá e da soja em grão, por Porto Murtinho”. De janeiro a outubro deste ano, as exportações via Porto Murtinho cresceram 152,84% em relação ao mesmo período do ano passado, enquanto que, por Corumbá, aumentaram 6,37%.

Em termos regionais, o município de Três Lagoas segue em destaque, com 49,41%% dos valores exportados, principalmente pelo principal produto – a celulose – que fez crescer em 78,73% dos despachos do município de janeiro a outubro de 2018 em comparação ao mesmo período do ano passado.

FONTE: MS Notícias
#181105-01
05/11/2018

Reativação de ferrovia vai impulsionar economia do MS, diz Reinaldo

Governador aguarda acordo entre Rumo e ANTT para que retornem os investimentos e ampliação da malha

O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) revelou que vai se reunir em Brasília, nesta semana, com representantes da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), para discutir a reativação da ferrovia da malha oeste, que corta Mato Grosso do Sul, que está sendo viabilizada junto a empresa Rumo Logística. O tucano disse que a retomada deste modal vai “crescer” a economia do Estado.

“Um dos projetos vitais para Mato Grosso do Sul é a reativação da ferrovia, que faz pate do projeto Transamericana, que vai integrar o Estado ao Oceano Pacífico. No nosso trecho (malha oeste) falta apenas fechar o acordo para empresa (Rumo) conseguir mais 30 anos de concessão e assim ampliar toda malha, com investimento robusto”, disse ele.

Reinaldo explicou, durante agenda pública em Corumbá, que a reativação da ferrovia a médio prazo, vai ligar Mato Grosso do Sul e o Brasil com a Bolívia, Peru e Chile, chegando ao Oceano Pacífico. “Corumbá por exemplo fica a 1514 km dos portos chilenos, quando hoje toda exportação é feita pelo Oceano Atlântico, pelos portos de Santos e Paranaguá”, comparou.

Para o tucano esta “nova saída” ao Oceano Pacífico vai trazer um ganho “extraordinário” para economia local e nacional. “Se trata de um projeto de quatro ferrovias, que inclui a malha paulista, de Mato Grosso do Sul, Bolívia e Andina (Chile e Peru) dentro da América da Sul”. Ele citou que Corumbá passaria a ser o “meio do caminho” e não o “fim da linha” do modal.

Exportação - O governador também destacou que 66% da exportação de Mato Grosso do Sul segue para países asiáticos, que se fosse encaminhado pelo Oceano Pacífico seria mais vantajoso. “Vai crescer ainda mais a demanda dos asiáticos por alimento, o que pode nos favorecer pela produção. Esta revitalização (ferrovias) se trata de um dos maiores projetos mundiais de logística”.

Segundo Azambuja, o governo estadual vai fazer sua parte por meio de liberação das licenças ambientais (ferrovias), assim como desapropriação de áreas para “acelerar” a ampliação do modal dentro do Estado, restando a empresa responsável pela ferrovia (Rumo Logística) fazer os investimentos e obras necessárias.

Projeto – A Ferrovia Transamericana se trata de um modal logístico de 2,4 mil quilômetros entre o porto de Santos (SP) e o interior da Bolívia, valendo-se do traçado da estrada de ferro hoje existente. Neste trajeto inclui 1,6 mil quilômetros de estradas de ferro entre Santos e Corumbá, e outros 600 quilômetros em território boliviano.

Ela (Transamericana) é defendida como um corredor logístico integrado, conectando terminais, ferrovias e portos. Estudos de viabilidade econômica revelaram potencial para que o modal seja usado no escoamento de celulose, grãos (soja, milho e farelo), combustível, fertilizantes, ferro-gusa, minério de ferro, ureia, madeira e açúcar, entre outros produtos.

FONTE: Campo Grande News
#181022-01
22/10/2018

Exportações de carne bovina in natura de MS sobem 9% em 2018

O setor pecuário de Mato Grosso do Sul vem registrando desempenho positivo ao longo deste ano.

A informação é do Boletim Casa Rural elaborado pela Unidade Técnica do Sistema Famasul – Federação da Agricultura e Pecuária de MS.

Entre janeiro e setembro deste ano, as vendas de carne bovina in natura de Mato Grosso do Sul somaram 95,2 mil toneladas, com incremento de quase 9% em relação ao mesmo período do ano passado, quando as exportações totalizaram 87,7 mil toneladas.

Os dados da Secex – Secretaria de Comércio Exterior comprovam a análise do diretor da Famasul: no ranking dos destinos da carne bovina in natura de Mato Grosso do Sul, o Chile respondeu por 26,8% da receita, seguido por Hong Kong com 21,2% do faturamento com os embarques para o mercado externo no período de janeiro a setembro de 2018.

A receita total atingiu US$ 395,4 milhões, com elevação de 6,1% frente aos US$ 372,6 milhões do janeiro a setembro de 2017.

FONTE: MSpontocom
#181016-08
16/10/2018

Celulose e carnes de bovinos e aves alavancam exportações de industrializados de MS

Celulose, carnes desossadas de bovinos congeladas, carnes desossadas de bovinos refrigeradas e pedaços e miudezas de aves congelados são os principais produtos responsáveis pelo crescimento de 23% na receita com exportações de industrializados de Mato Grosso do Sul nos primeiros nove meses deste ano em relação ao mesmo período do ano passado, que aumentou de US$ 2,19 bilhões para US$ 2,69 bilhões, conforme levantamento do Radar Industrial da Fiems. 

Apenas em setembro, a receita com a exportação de produtos industriais alcançou US$ 287,4 milhões, apresentando estabilidade em relação ao mesmo mês de 2017, quando o valor foi de US$ 286,8 milhões. “Ainda assim, esse foi o melhor resultado para o mês de setembro dos últimos cinco anos”, de acordo com avaliação do coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende.

Quanto à participação relativa, no mês, a indústria respondeu por 76% de toda a receita de exportação de Mato Grosso do Sul, enquanto no acumulado do ano a participação ficou em 60%. O economista explica que, de janeiro a setembro, os principais destaques ficaram por conta dos grupos “Celulose e Papel”, “Complexo Frigorífico”, “Extrativo Mineral”, “Óleos Vegetais”, “Açúcar e Etanol” e “Couros e Peles”, que, somados, representaram 98% da receita total das vendas sul-mato-grossenses de produtos industriais ao exterior.

Celulose e carnes

No grupo “Celulose e Papel”, a receita no período avaliado foi de US$ 1,41 bilhão, crescimento de 94% nos nove meses de 2018 comparado com a somatória de janeiro a setembro de 2017, dos quais 97,6% foram obtidos apenas com a venda da celulose (US$ 1,38 bilhão), tendo como principais compradores China, com US$ 758,8 milhões, Itália, com US$ 160 milhões, Holanda, com US$ 129,1 milhões, Estados Unidos, com US$ 92,7 milhões, e Coreia do Sul, com US$ 37,9 milhões. 

“A produção de celulose segue em expansão, registrando recordes consecutivos nos últimos anos. Tal resultado é derivado da demanda externa aquecida, principalmente na China e na Europa, que são os principais mercados de destino da nossa produção. O cenário continua positivo para 2018, com preços em elevado patamar e produção em crescimento”, destacou Ezequiel Resende. 

Já no grupo “Complexo Frigorífico” a receita conseguida na soma de janeiro a setembro deste ano foi de US$ 686,3 milhões, uma redução de 1% em relação ao mesmo período do ano passado, sendo que 35,9% do total alcançado são oriundos das carnes desossadas de bovinos congeladas, que totalizaram US$ 246,3 milhões, tendo como principais compradores Hong Kong, com US$ 139,6 milhões, Chile, com US$ 110,2 milhões, China, com US$ 49,9 milhões, Arábia Saudita, com US$ 44,2 milhões, e Irã, com US$ 42,9 milhões.

“As exportações de carne de frango do Brasil em setembro alcançaram 363,8 mil toneladas, queda de 6% em relação a setembro de 2017. O volume leva em conta todos os produtos, entre in natura e processados, e gerou receita de US$ 582,3 milhões, 8,8% abaixo do reportado há um ano. Contudo, o volume de exportações registrado em setembro foi expressivo diante do número menor de dias úteis do período, se compararmos com outros meses do ano”, ressaltou o economista. 

Outros grupos

O grupo “Extrativo Mineral” aparece em terceiro com melhor desempenho, tendo uma receita de US$ 183 milhões no período analisado, aumento de 20% comparado com a somatória de janeiro a setembro do ano passado, sendo que 80,2% desse montante foi alcançado pelos minérios de ferro e seus concentrados, que somaram US$ 113,1 milhões, tendo como principais compradores Argentina, com US$ 107,7 milhões, e Uruguai, com US$ 70 milhões.

“As exportações de minérios pelo Brasil devem crescer 2,5% neste ano, ante 2017, para 410 milhões de toneladas, em meio a uma expectativa de aumento de investimentos no setor. A expansão nas vendas externas ocorre diante do crescimento das atividades da mineradora Vale, maior produtora e exportadora global de minério de ferro e uma das principais do setor de níquel, que vem registrando diversos recordes de extração”, detalhou Ezequiel Resende.

Para o grupo “Óleos Vegetais”, a receita alcançou US$ 163,9 milhões nos nove primeiros meses deste ano, um crescimento de 79% na comparação com o mesmo período do ano passado, com destaque para farinhas e pellets, que somaram US$ 114,9 milhões, tendo como principais compradores Tailândia, com US$ 47,8 milhões, Coreia do Sul, com US$ 26,7 milhões, Indonésia, com US$ 24 milhões, Vietnã, com US$ 22,7 milhões, e Holanda, com US$ 9,8 milhões. 

“As exportações brasileiras do complexo soja somaram 5,984 milhões de toneladas em setembro, gerando uma receita de US$ 2,40 bilhões. Em relação a igual período de 2017, o volume aumentou 9,9% e a receita, 19,3%. Neste ano, a demanda pela oleaginosa brasileira aumentou com a quebra na safra de soja da Argentina e a disputa comercial entre Estados Unidos e China. Isso, aliado ao atraso na colheita de milho e à safrinha menor do cereal, fez com que a janela de exportação de soja, que tradicionalmente ocorre no primeiro semestre, se estendesse ao longo do terceiro trimestre”, pontuou o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems.

FONTE: FIEMS.
#180917-02
17/09/2018

Exportação de industrializados de MS tem melhor agosto dos últimos 4 anos

A receita com as exportações de produtos industrializados de Mato Grosso do Sul apresentou crescimento de 24% nos primeiros oito meses deste ano em relação ao mesmo período do ano passado, aumentando de US$ 1,90 bilhão para US$ 2,35 bilhões, conforme levantamento do Radar Industrial da Fiems. Se considerarmos apenas agosto deste ano comparado com agosto do ano passado, o aumento nas exportações de industrializados foi de 9%, saltando de US$ 289,7 milhões para US$ 316,5 milhões.

Na prática, esse montante representa o melhor resultado das exportações sul-mato-grossense para o mês de agosto dos últimos quatro anos, conforme a avaliação do coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende. “Em relação ao volume, no ano, tivemos aumento de 8% e, quanto à participação relativa, no mês, a indústria respondeu por 70% de toda a receita de exportação de Mato Grosso do Sul, enquanto no acumulado do ano a participação ficou em 59%”, detalhou.

O economista explica que, de janeiro a agosto, os principais destaques ficaram por conta dos grupos “Celulose e Papel”, “Complexo Frigorífico”, “Extrativo Mineral”, “Óleos Vegetais”, “Açúcar e Etanol” e “Couros e Peles”. “A produção desses grupos somadas representaram 98% da receita total das vendas sul-mato-grossenses de produtos industriais ao exterior”, informou.

Celulose e carnes

No grupo “Celulose e Papel”, a receita no período avaliado foi de US$ 1,27 bilhão, crescimento de 100% nos oito meses de 2018 comparado com a somatória de janeiro a agosto de 2017, dos quais 105% foram obtidos apenas com a venda da celulose (US$ 1,24 bilhão), tendo como principais compradores China, com US$ 690,9 milhões, Itália, com US$ 143,3 milhões, Holanda, com US$ 104,1 milhões, Estados Unidos, com US$ 81,8 milhões, e Coreia do Sul, com US$ 35,7 milhões. 

“A produção de celulose segue em expansão, registrando recordes consecutivos nos últimos anos. Tal resultado é derivado da demanda externa aquecida, principalmente na China e na Europa. Cenário continua positivo para 2018 com preços em elevado patamar e produção em crescimento”, destacou Ezequiel Resende. 

Já no grupo “Complexo Frigorífico” a receita conseguida na soma de janeiro a agosto deste ano foi de US$ 565 milhões, uma redução de 8% em relação ao mesmo período do ano passado, sendo que 36,5% do total alcançado são oriundos das carnes bovinas desossadas congeladas, que totalizaram US$ 206,3 milhões, tendo como principais compradores Hong Kong, com US$ 124,4 milhões, Chile, com US$ 95 milhões, China, com US$ 37,8 milhões, Arábia Saudita, com US$ 37,4 milhões, e Irã, com US$ 35,8 milhões.

“O recente desempenho do comércio brasileiro com os BRICS mostra como os produtores de carne do país estão direcionando seus esforços para a China na intenção de mitigar os impactos causados pela restrição russa à proteína animal. Atualmente os embarques de carne para a Rússia pararam completamente, enquanto as exportações de carga refrigerada da China continuam crescendo”, ressaltou o economista. 

Outros grupos

O grupo “Extrativo Mineral” aparece em terceiro com melhor desempenho, tendo uma receita de US$ 166,7 milhões no período analisado, aumento de 25% comparado com a somatória de janeiro a agosto do ano passado, sendo que 79,9% desse montante foi alcançado pelos minérios de ferro e seus concentrados, que somaram US$ 102,3 milhões, tendo como principais compradores Argentina, com US$ 97,6 milhões, e Uruguai, com US$ 64,5 milhões.

“Investimentos em minério de ferro vinham desacelerando nos últimos anos, refletindo a sobre oferta global e consequentemente, preços menos atrativos. Mesmo assim, a produção global será crescente com a entrada de projetos na Austrália e aceleração da produção no Brasil. Preços de minério de ferro neste ano devem ficar em torno de US$ 65,00 a tonelada. O preço, portanto, ficará abaixo da média registrada em 2017, de forma a equilibrar aceleração da demanda mundial e a expansão da produção”, detalhou Ezequiel Resende.

Para o grupo “Óleos Vegetais”, a receita alcançou US$ 150,9 milhões nos oito primeiros meses deste ano, um crescimento de 90% na comparação com o mesmo período do ano passado, com destaque para farinhas e pellets, que somaram US$ 104,6 milhões, tendo como principais compradores Tailândia, com US$ 46,2 milhões, Indonésia, como US$ 23,9 milhões, Vietnã, com US$ 21,8 milhões, Coreia do Sul, com US$ 16,5 milhões, e Holanda, com US$ 9,6 milhões. 

“A quebra da safra argentina de grãos está rendendo bons resultados para a cadeia produtiva de soja no Brasil. A demanda adicional gerada pela redução da oferta no vizinho, deverá elevar os embarques do segmento para perto de US$ 40 bilhões em 2018, o melhor resultado da história. Para o farelo, a Associação Brasileira da Indústria de Óleos Vegetais (Abiove) passou a projetar exportações de 17 milhões de toneladas neste ano, quase 20% mais que em 2017, a um preço médio de US$ 390 por tonelada, 11% superior na mesma comparação”, pontuou o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems.

FONTE: FIEMS.
#180821-01
21/08/2018

Exportação de industrializados de MS alcança US$ 2,04 bilhões em sete meses

A balança comercial do setor no Estado saiu de US$ 663,1 milhões em 2007 para US$ 3,05 bilhões em 2017

A receita com as exportações de produtos industrializados de Mato Grosso do Sul apresenta crescimento de 26% nos primeiros sete meses deste ano em relação ao mesmo período do ano passado, aumentando de US$ 1,61 bilhão para US$ 2,04 bilhões, conforme levantamento do Radar Industrial da Fiems. Na avaliação do presidente da Fiems, Sérgio Longen, quando se fala em exportações de industrializados, nos últimos 10 anos, a balança comercial do setor no Estado saiu de US$ 663,1 milhões em 2007 para US$ 3,05 bilhões em 2017, ou seja, um crescimento de 360%.

“Isso é uma amostra clara do potencial de Mato Grosso do Sul no setor industrial, revelando o tamanho do campo para crescer que o Estado tem. Isso é uma conta muito clara de que Mato Grosso do Sul vem se industrializando a passos largos. Hoje, o que nós produzimos no Estado tem aceitação no mercado mundial, seja minério de ferro, celulose ou carnes bovina, suína e de aves”, pontuou Sérgio Longen. 

O presidente da Fiems acrescenta que o Mato Grosso do Sul vem avançando muito positivamente nas exportações, o que contribui para a consolidação da indústria. “Quando você pega o mapa industrial de Mato Grosso do Sul, é possível verificar que diversos segmentos do setor estão crescendo em regiões que antes não tínhamos indústrias e o reflexo disso podemos constatar no aumento das exportações”, reforçou.

Se considerarmos apenas o mês de julho deste ano comparado com julho do ano passado, o aumento nas exportações de industrializados foi de 30%, saltando de US$ 228,8 milhões para US$ 296,7 milhões. De acordo com a avaliação do coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende, esse foi o melhor resultado para o mês de julho dos últimos quatro anos em Mato Grosso do Sul. 

“Em relação ao volume, no ano, teve aumento de 16%. Quanto à participação relativa, no mês, a indústria respondeu por 55% de toda a receita de exportação de Mato Grosso do Sul, enquanto no acumulado do ano, a participação ficou em 58%”, destacou o economista, completando que os principais destaques ficaram por conta dos grupos “Celulose e Papel”, “Complexo Frigorífico”, “Extrativo Mineral”, “Óleos Vegetais”, “Açúcar e Etanol” e “Couros e Peles” que, somados, representaram 98% da receita total das vendas sul-mato-grossenses de produtos industriais ao exterior. 

Celulose e carnes

No grupo “Celulose e Papel”, a receita no período avaliado foi de US$ 1,12 bilhão, crescimento de 99% nos sete meses de 2018 comparado com a somatória de janeiro a julho de 2017, dos quais 105% foram obtidos apenas com a venda da celulose (US$ 1,09 bilhão), tendo como principais compradores China, com US$ 619,7 milhões, Itália, com US$ 123,9 milhões, Holanda, com US$ 89 milhões, Estados Unidos, com US$ 69,1 milhões, e Coreia do Sul, com US$ 31,5 milhões. “Atualmente o mercado global de celulose passa por um momento positivo, na onda da recuperação econômica dos Estados Unidos e Europa. Segundo a projeção de diferentes economistas, o ciclo do aumento de preços deve durar até 2019, uma vez que o crescimento da demanda é linear, enquanto que a oferta não acompanha o mesmo ritmo”, destacou Ezequiel Resende. 

Já no grupo “Complexo Frigorífico” a receita conseguida na soma de janeiro a julho deste ano foi de US$ 483,4 milhões, uma redução de 8% em relação ao mesmo período do ano passado, sendo que 34,7% do total alcançado são oriundos das carnes bovinas desossadas congeladas, que totalizaram US$ 167,8 milhões, tendo como principais compradores Hong Kong, com US$ 104,1 milhões, Chile, com US$ 77,6 milhões, China, com US$ 33,8 milhões, Arábia Saudita, com US$ 31,7 milhões, e Irã, com US$ 29,4 milhões. 

“O recente desempenho do comércio brasileiro com os BRICS mostra como os produtores de carne do País estão direcionando seus esforços para a China na intenção de mitigar os impactos causados pela restrição russa à proteína animal. Atualmente, os embarques de carne para a Rússia pararam completamente, enquanto as exportações de carga refrigerada da China continuam crescendo. No segundo semestre, o forte desempenho da exportação de carne para a China seguirá pressionando a capacidade de todas as empresas de transporte marítimo”, ressaltou o economista. 

Outros grupos

O grupo “Extrativo Mineral” aparece em terceiro com melhor desempenho, tendo uma receita de US$ 142,5 milhões no período analisado, aumento de 32% comparado com a somatória de janeiro a julho do ano passado, sendo que 80,6% desse montante foi alcançado pelos minérios de ferro e seus concentrados, que somaram US$ 89 milhões, tendo como principais compradores Argentina, com US$ 78,5 milhões, e Uruguai, com US$ 59,5 milhões.

“As exportações de minérios pelo Brasil devem crescer 2,5% neste ano, para 410 milhões de toneladas, em meio a uma expectativa de aumento de investimentos no setor, segundo projeções do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), que representa mineradoras responsáveis por 90% da produção mineral do País”, detalhou Ezequiel Resende.

Para o grupo “Óleos Vegetais”, a receita alcançou US$ 125 milhões nos sete primeiros meses deste ano, um crescimento de 107% na comparação com o mesmo período do ano passado, com destaque para farinhas e pellets, que somaram US$ 79,9 milhões, tendo como principais compradores Tailândia, com US$ 46,2 milhões, Indonésia, como US$ 23,7 milhões, Vietnã, com US$ 10,6 milhões, Holanda, com US$ 9 milhões, e Espanha, com US$ 8,6 milhões. 

“Um dos destaques da balança comercial do agronegócio deste ano é o farelo de soja. As exportações do mês passado foram 43% superiores, em volume, às de igual período de 2017. Os preços subiram 20%. Volume e preços maiores garantiram ao Brasil receitas, em julho, 72% superiores às de igual período do ano passado, segundo dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior)”, pontuou o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems.

FONTE: FIEMS.
#180806-01
06/08/2018

Em acumulado de janeiro a julho de 2018, exportação de MS tem melhor resultado da história

Nestes sete meses de 2018, o estado vendeu para o exterior em produtos, US$ 3,541 bilhões. Frente ao mesmo período de 2017, quando a comercialização atingiu os US$ 2,780 bilhões, o incremento foi de 27,35%.

o acumulado de janeiro a julho de 2018, as exportações de Mato Grosso do Sul registraram o melhor resultado da história do estado na comparação com o mesmo intervalo de tempo de anos anteriores, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

Nestes sete meses de 2018, o estado vendeu para o exterior em produtos, US$ 3,541 bilhões. Frente ao mesmo período de 2017, quando a comercialização atingiu os US$ 2,780 bilhões, o incremento foi de 27,35%.

Antes de 2018, as melhores parciais de janeiro a julho das exportações sul-mato-grossenses haviam sido obtidas em 2014, US$ 3,342 bilhões e em 2013, US$ 3,232 bilhões.

Entre janeiro e julho deste ano um grupo de cinco produtos respondeu por 83,39% do total exportado pelo estado. O principal foi a soja, com vendas de US$ 1,444 bilhão (40,78% do total); celulose, com US$ 1,097 bilhão (30,98%); carne desossada de bovino congelada, com US$ 167,889 milhões (4,74%); pedaços e miudezas comestíveis de galos e galinhas congelados, com US$ 136,823 milhões (3,86%) e carne desossada de bovino fresca ou refrigerada, com US$ 107,548 milhões (3,03%).

O maior parceiro comercial de Mato Grosso do Sul continua sendo a China, conforme os dados do MDIC. O país asiático foi responsável nestes sete meses por 52,46% de toda a receita do estado com as exportações, o que representou US$ 1,857 bilhão, adquirindo 12 tipos de produtos.

O peso da China para o comércio exterior sul-mato-grossense é tão grande, que o país comprou de janeiro a julho, 81,85% de toda a soja exportada pelo estado e 56,43% do total de celulose.

Acumulado nas exportações de MS entre janeiro e julho

FONTE: G1.
#180726-05
26/07/2018

Brasil e China discutem maior aproximação comercial no setor de agro

Reunião de hoje — Governo brasileiro se reuniu com o presidente da China Xi Jinping durante a 10ª Cúpula do Brics, em Joanesburgo, África do Sul

O governo brasileiro e da China se reuniram nesta quinta-feira durante a 10ª Cúpula do Brics para discutir a pauta econômica, especificamente a agrícola. Com o presidente da China Xi Jinping foi tratado o fim da sobretaxa imposta pelo país asiático ao frango e ao açúcar brasileiros.

A comitiva brasileira afirma que o governo chinês recebeu a questão com acolhimento e se comprometeu a examinar com prioridade como estreitar as relações comerciais entre os dois países. “O presidente chinês disse que vai fazer o encaminhamento necessário. Nossa pauta de exportação com eles precisa ser aumentada e Jinping disse que quer ampliar o mercado”, afirmou o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, após a reunião bilateral em Joanesburgo, na África do Sul.

O Brasil, que exporta grão de soja em grande quantidade para a China, também busca alcançar a exportação de elementos processados, ou seja, óleo e farelo de soja. “Este é o 5º encontro que nós temos e o que vem se solidificando é essa pauta agrícola com a China”, concluiu o presidente Michel Temer.

Concessões

A participação chinesa em empresas brasileiras também foi tema debatido nesse primeiro diálogo do dia, diante da percepção de que as parcerias que já ocorrem têm sido positivas e de que novas podem ser fechadas, especialmente nos campos de ferrovias, portos, aeroportos, linhas de transmissão e distribuidoras de energia. De acordo com a quarta edição do Boletim sobre Investimentos Chineses no Brasil, lançado em 9 de maio pelo Ministério do Planejamento, a China integrou 262 projetos no Brasil no período entre 2003 e 2018, com valores totais de US$ 126,7 bilhões. Os dados apontam aumento da diversificação dos investimentos das empresas privadas chinesas.

O encontro

A 10ª Cúpula do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) vai até sexta-feira (27). Durante a cúpula, os países do bloco devem discutir a abertura de um escritório regional do Novo Banco do Desenvolvimento (NBD), o Banco do Brics, em São Paulo, com escritório também em Brasília.

Os países integrantes do Brics representam 43% da população mundial e 26% do Produto Interno Bruto (PIB) do planeta.

FONTE: Último Instante.
#180725-05
25/07/2018

Governo cria selo para produtos de exportação

Criado pelo Ministério da Agricultura, o selo identifica produtos do agronegócio de origem brasileira no exterior

Para incentivar a abertura de novos mercados, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) criou um selo que identifica no exterior os produtos do agronegócio de origem brasileira. Conhecido como Brazil Agro - Good for Nature, o selo é voltado para produtos da pauta de exportação, como carne e leite. Segundo o Mapa, a identificação vai ficar contida por meio de um QR Code com informações de origem dos alimentos, adesivados em embalagens e latarias.

As empresas brasileiras que desejam garantir a certificação devem aderir ao programa através do ministério. De acordo com o ministro do Mapa, Blairo Maggi, nove associações que representam dezenas de empresas já demonstraram interesse em aderir ao selo. Para obter o selo, algumas das exigências são as boas práticas e o bem estar animal, o cumprimento da legislação, a conformidade internacional, o uso sustentável dos recursos e a preservação do meio ambiente. Isso tudo é para garantir qualidade nas mercadorias.

Segundo o ministério, essa é uma medida voltada para buscar crescimentos financeiros dos produtos brasileiros em outros países. A expectativa é atingir a meta de conquistar a elevação da participação do País no mercado mundial de alimentos dos atuais US$ 96 bilhões para aproximadamente US$ 146 bilhões. A intenção é associar produtos do setor a sua origem, a condições de qualidade, sustentabilidade e de padrões internacionais. Assim, será possível consolidar a imagem do Brasil como produtor e exportador de mercadorias seguras para os consumidores.

A assinatura do termo de autorização para que seja utilizado o selo aconteceu na última segunda-feira durante o evento internacional Global Agribusiness Fórum 2018, que aconteceu em São Paulo. O desenvolvimento do selo foi discutido com empresários na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) no mês passado.

FONTE: DCI Diário Comércio Indústria & Serviços.
#180724-01
24/07/2018

Safra de cana 2018/19 em Mato Grosso do Sul deve crescer a 50 mi t, diz Biosul

Estado deve produzir cerca de 50 milhões de toneladas de cana na temporada vigente, contra 47 milhões na temporada passada

A safra de cana 2018/19 em Mato Grosso do Sul, quarto maior produtor do país, deve crescer 6,4 por cento ante o ciclo passado, na contramão do restante do centro-sul do Brasil, conforme o Estado foi menos impactado pela seca dos últimos meses, disse nesta terça-feira o presidente da associação dos produtores Biosul, Roberto Hollanda Filho.

"A falta de chuvas levanta preocupações, mas em Mato Grosso do Sul foi menos intensa do que em São Paulo e Paraná, por exemplo", destacou ele no intervalo do Global Agribusiness Forum (GAF), em São Paulo.

Conforme ele, o Estado deve produzir cerca de 50 milhões de toneladas de cana na temporada vigente, contra 47 milhões na temporada passada, marcada por uma forte geada em julho –o fenômeno climático, por sinal, provocou perdas nos canaviais sul-mato-grossenses nos invernos dos últimos anos, algo não observado em 2018 até agora.

O aumento contrasta com o desempenho esperado para o centro-sul como um todo. Recentemente, por exemplo, a consultoria INTL FCStone projetou que a moagem na principal região produtora do maior player global do setor sucroenergético será a menor desde 2014/15.

Hollanda Filho disse que Mato Grosso do Sul já colheu até o momento 20,8 milhões de toneladas de cana, com produção de 414 mil toneladas de açúcar, 300 milhões de litros de etanol anidro e 1,03 bilhão de litros de hidratado.

Ele destacou ainda que, por ora, a seca não representa riscos para a safra do ano que vem e tem contribuído para uma maior concentração de sacarose na cana. O nível de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) está 5 por cento maior em 2018/19 em Mato Grosso do Sul, com quase 129 kg por tonelada de cana processada.

FONTE: DCI Diário Comércio Indústria & Serviços.
#180720-05
20/07/2018

Exportação de soja do Brasil deve ir a recorde de 75 mi t no próximo ano, diz Safras

As exportações brasileiras de soja devem crescer no próximo ano para um novo recorde, de 75 milhões de toneladas, projetou nesta sexta-feira a Safras & Mercado, em meio a um cenário de produção novamente volumosa.

De acordo com a consultoria, que considera em sua estimativa o ano comercial 2019/20, de fevereiro a janeiro, os embarques representariam aumento de 1 por cento ante os 74,5 milhões de toneladas previstos para o atual ciclo 2018/19. O Brasil é o maior exportador global da oleaginosa em grão.

A projeção se dá em meio a expectativas de uma produção recorde no ano que vem, de quase 120 milhões de toneladas, conforme a Safras.

A consultoria não cita justificativas para suas previsões, mas as exportações recordes também podem incorporar o potencial de uma maior demanda da China, que trava uma guerra comercial com os Estados Unidos, incluindo a aplicação de taxas sobre a compra de soja norte-americana.

De acordo com a Safras, o esmagamento de soja no Brasil no próximo ano será de 44 milhões de toneladas, aumento de 2 por cento na comparação com a atual temporada. Os estoques ao término do ciclo seguinte devem cair para 429 mil toneladas, de 2,5 milhões, em razão das exportações e também de um consumo 1 por cento superior.

DERIVADOS

A Safras prevê uma produção de farelo de soja de 33,47 milhões de toneladas no próximo ano, alta de 2 por cento, mas com exportações 13 por cento menores, em 15 milhões de toneladas

No caso do óleo de soja, a expectativa da consultoria é de produção de 8,735 milhões de toneladas, com embarques de 1,1 milhão de toneladas, recuo de 8 por cento.

Os estoques finais de farelo e óleo no ano que vem devem somar 2,142 milhões e 114 mil toneladas, respectivamente.

FONTE: Notícias Agrícolas
#180717-03
 
17/07/2018

Exportação de industrializados cresce 26% no primeiro semestre em Mato Grosso do Sul

Indústria teve o melhor mês de junho dos últimos quatro anos

A receita com a exportação de produtos industrializados cresceu 26% no primeiro semestre deste ano em Mato Grosso do Sul. Os dados comparam a exportação no mesmo período do ano passado, segundo levantamento do Radar Industrial da Fiems (Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul).

Segundo os dados, o estado exportou US% 1,39 bilhão em produtos industrializados no ano passado, contra US$ 1,75 bilhão registrados nos seis primeiros meses deste ano.  Se a avaliação considerar apenas o mês de junho, o aumento foi de 32% comparado com o mesmo mês de 2017. Ezequiel Resende, coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems explica que este foi o melhor resultado para o mês de junho dos últimos quatro anos no estado.

Quanto ao volume, as exportações de industrializados registram alta de 17% em Mato Grosso do Sul. A indústria respondeu por 48% de toda a receita de exportação no estado no mês de junho. “De janeiro a junho, os principais destaques ficaram por conta dos grupos Celulose e Papel, Complexo Frigorífico, Extrativo Mineral, Óleos Vegetais, Açúcar e Etanol e Couros e Peles, que, somados, representaram 98,2% da receita total das vendas sul-mato-grossenses de produtos industriais ao exterior”, informou o economista.

No caso do grupo “Celulose e Papel”, a receita no período avaliado foi de US$ 968,22 milhões, crescimento de 93% no semestre comparado com o mesmo período do ano passado. Deste total, 98% foram obtidos apenas com a venda da celulose.

Impacto da greve

Já no grupo “Complexo Frigorífico” a soma da receita dos meses de janeiro a junho deste ano foi de US$ 421,5 milhões e houve uma redução em relação ao mesmo período do ano passado. Resende explica que a baixa quantidade de carne embarcada no mês de junho pode ser um reflexo da greve dos caminhoneiros, que impediu que cargas saíssem dos frigoríficos e entrassem nos portos no fim de maio. “Além disso, o preço da tonelada da carne brasileira em patamar recorde também pode ter limitado as compras por parte de alguns países, já que reduz a competitividade da proteína nacional”, ressaltou o economista.

FONTE: Midiamax
#180706-01
 
06/07/2018

Exportação de celulose dobra e atinge US$ 944 milhões

Ao todo, vendas de MS tiveram alta de 25% no semestre

O bom desempenho nas vendas externas da soja e da celulose, que praticamente dobrou sua receita, contribuiu para Mato Grosso do Sul fechar o primeiro semestre deste ano com crescimento de 25,77% nas exportações em relação ao mesmo período do ano passado.

De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic), para a celulose, segundo principal produto vendido ao exterior (com 31,36% de participação), o salto em receita foi de 97,82%, passando de US$ 477,381 milhões para US$ 944,346 milhões. O volume comercializado cresceu 69,65% e foi de 1,197 milhão para 2,031 milhões de toneladas.

A abertura da segunda planta da Fibria, em Três Lagoas, que entrou em operações em agosto do ano passado, é uma das variáveis que explicam o aumento expressivo de vendas do insumo neste primeiro semestre do ano. A segunda fábrica abriu com capacidade de produção de 1,95 milhão de toneladas de celulose por ano. Somando a primeira unidade, a empresa passou a ter uma capacidade de produção de 3,25 milhões de toneladas de celulose/ano.

FONTE: Correio do Estado
#180704-03
 
04/07/2018

Argentinos querem investir US$ 40 mi em porto de MS

PTP Group, holding de capitais argentinos, apresentou projeto para assumir o terminal portuário de Porto Murtinho

O PTP Group, holding de capitais argentinos que atua no setor logístico na Argentina, Paraguai, Uruguai e Brasil avançou nas tratativas com o Governo do Estado para realizar e assumir a operação do terminal portuário de Porto Murtinho. Em reunião com o governador Reinaldo Azambuja e o secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, o grupo apresentou o projeto de um Terminal Portuário Fluvial Multipropósito (TPFM) de Uso Privativo em Porto Murtinho, com investimento inicial na ordem de US$ 40 milhões.

A reunião, realizada na semana passada na governadoria, contou com a presenca do presidente do PTP Group, Guillermo Misiano e do diretor Hugo Rene Gorgone. Eles apresentaram o Desenho Conceitual do Terminal Portuário TPFM, cujo objetivo é operar diferentes cargas: contêineres, cargas fracionadas, veículos, grãos, combustível líquido (e todo tipo de granel líquido), celulose e fertilizantes.

“A proposta envolve a construção de armazéns privados, terceirizados, casada com a operação do embarque do grupo. Eles apresentaram a proposta e solicitaram ao Governo do Estado a cedência de uma área de 15 hectares. O Governo se comprometeu com essa doação e vai verificar as condições adequadas para que a empresa possa fazer todos os trâmites de licenciamento junto à Antaq e órgãos ambientais para a construção de um novo terminal. A estimativa é de um investimento inicial em torno de US$ 40 milhões”, comentou Jaime Verruck.

O projeto do PTP Group prevê a construção de um terminal Portuário Multipropósito para as operações com contêineres, carga break-bulk (carga geral ou fracionada), veículos e granéis minerais, além da construção de um Terminal Portuário de Grãos, com sistema de recebimento e carregamento de grãos, estruturas de galpões e silos. O investimento total nas duas estruturas chega aos US$ 76 milhões, sendo que já haveria disponibilidade de um aporte inicial no valor de US$ 40 milhões. Outra proposta dos argentinos é a utilização de barcaças e empurradores desenvolvidos especificamente para o rio Paraguai – as atuais são “modelo Missisipi” e Paraná.

“A empresa deve começar com o transporte de grãos, mas também deve trazer fertilizantes, pois já fazem essa operação por meio de Concepción e planejam estendê-la a Porto Murtinho em 2019. A ideia é trabalhar com as commodities tradicionais, soja e milho mas também realizar importação de trigo e fertilizantes”, informou o secretário.

Em 2015, o Governo do Estado retomou o incentivo ao uso da hidrovia do rio Paraguai para o escoamento da produção de minério e de grãos de Mato Grosso do Sul para os portos da Argentina. Em novembro daquele ano, instituiu o Programa de Estímulo à Exportação ou Importação pelo Porto de Porto Murtinho (Proeip) e estendeu essas medidas aos portos de Ladário e Corumbá.

Pelo terminal Portuário de Porto Murtinho passaram seis mil toneladas de produtos em 2015; 45.607,66 toneladas exportadas em 2016 e 183.796,38 toneladas exportadas em 2017. Pelo terminal Portuário de Corumbá foram exportadas 4.815.118,99 de toneladas de minério em 2015; 3.981.577,64 toneladas em 2016 e 3.881.530,88 toneladas em 2017.

“A hidrovia foi um dos pontos elencados e a primeira ação do Governo foi a reabertura do terminal Portuário de Porto Murtinho. Fizemos um acordo judicial e publicamos um decreto que criou uma Zona Especial de Exportação que engloba Porto Murtinho, Corumbá e Ladário”, lembrou Jaime Verruck.

“Esse conjunto de fatores proporcionou a retomada das atividades no terminal e a competitividade da saída de produtos via Porto Murtinho. Felizmente, em um curto espaço de tempo, a capacidade atual instalada do local foi atingida de forma plena. Essa opção de escoamento já gerou um ganho aos produtores rural por conta da redução no custo logístico. Isso melhora a remuneração ao produtor. A saída via Porto Murtinho permite que as empresas de trade paguem hoje até R$ 2,00 a mais por saca em função da redução desse custo logístico. A ideia sempre foi essa e Porto Murtinho nos mostrou isso”, finalizou.

FONTE: Diário Digital
#180703-02
 
03/07/2018

Novo terminal ferroviário de Chapadão do Sul será inaugurado

A capacidade de embarque será de até dois milhões de toneladas em grãos por ano

O novo terminal ferroviário de Chapadão do Sul será inaugurado nesta quarta-feira (04). A obra vai beneficiar os produtores da região, reduzir custos com transporte e melhorar a logística.

Reativado em fevereiro de 2017, foram movimentadas 600 mil toneladas de soja e milho até o fim do último ano. O novo terminal passa a ter capacidade de embarcar até dois milhões de toneladas de grãos em 12 meses. O crescimento é estimado em mais de 300%.

A ampliação contou com investimento de R$ 27 milhões da Rumo Logística, concessionária que administra a Ferronorte, em parceria com a Engelhart Commodities Trading Partners (ECTP).

O plano de obras foi dividido em duas etapas. A primeira parte consistiu na reforma estrutural do terminal, para garantir a reativação das operações. Em seguida, os serviços foram concentrados na ampliação. Foram instalados um novo tombador e duas novas tulhas, com aumento na capacidade estática de nove mil para 39 mil toneladas.

De acordo com o secretário de Estado Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, o objetivo é gerar transporte mais eficiente e barato. A expectativa é que o terminal atraia a produção de toda região norte de Mato Grosso do Sul e municípios de Goiás que fazem divisa com o estado.

Na mesma ferrovia, foi inaugurado o terminal de celulose de Aparecida do Taboado, no ano passado. “Então, hoje essa ferrovia já está levando celulose, agora a parte de grãos e, futuramente, etanol. Portanto ela está focada em commodities. Dessa forma nós podemos, a partir desse terminal, mandar etanol para São Paulo e trazer combustível de São Paulo para Chapadão.”

Ferronorte

A Ferronorte ou Ferrovia Norte Brasil (EF-364) estende-se por 755 quilômetros, de Santa Fé do Sul (SP) a Rondonópolis (MT), cortando em seu trajeto o Nordeste de Mato Grosso do Sul. A Ferronorte, junto com a Malha Paulista, forma o principal corredor de exportação agrícola do Brasil, ligando as regiões produtoras de grãos do Centro-Oeste brasileiro ao porto de Santos.

FONTE: Capital News