#190329-06
29/03/2019

Abertura dos EUA terá pouco impacto nas exportações de carne em 2019

Analistas estimam reabertura do mercado norte-americano a partir de agosto; missão desembarca no Brasil em junho

A missão norte-americana para auditoria no sistema de inspeção de estabelecimentos de carnes bovinas e suínas desembarcará no Brasil em 10 de junho, segundo confirmação recente do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). No entanto, segundo relata a consultoria Informa FNP em seu boletim semanal, pelo menos neste ano, o Brasil terá poucas chances de tirar proveito de uma eventual reabertura do mercado norte-americano a partir do segundo semestre do ano.

Segundo relata a consultoria paulista, a indústria brasileira de carne bovina deverá disputar uma cota de 64,8 mil toneladas com países incluídos em um bloco chamado “outros”. Dessa cota, 24% já foram preenchidos até 20 de março pelos demais concorrentes, informa. “Após agosto, esse volume será bem menor”, relata a FNP.

A carne exportada fora da cota preestabelecida tem alíquotas de importação que tornam as vendas inviáveis para o Brasil e outros países.

Em junho de 2017, o USDA suspendeu as importações de carne fresca do Brasil sob a justificativa de preocupações recorrentes em relação à segurança sanitária dos produtos destinados ao mercado norte-americano – foram detectados em lotes da carne brasileira a presença de abcessos (surgimento de pus), ocasionados pela reação à vacina contra a febre aftosa.

FONTE: Portal do Agronegócio
#190329-05
29/03/2019

Ou diversifica a produção de Feijões ou tempos críticos virão pela frente

O recado que vem do momento de comercialização do Feijão mais do que nunca indica a necessidade de mudança e evolução em todos os níveis. Se diversificar o plantio era uma alternativa, agora tem se transformado em necessidade vital. O volume de sementes vendido ultimamente aponta para o excesso de produção no segundo semestre. Alguns produtores mais perspicazes silenciosamente estão migrando um percentual da área de plantio para Feijões exportáveis. Ninguém que plantou no ano passado os Feijões exportáveis se arrependeu. Rajado, vermelho, cranberry adzuki e, mais recentemente, o grão-de-bico têm a capacidade de distensionar o estressante mercado de Feijão-carioca. O recorde de exportação no ano passado deixa claro que nunca vendemos tanto Feijões em dólar. Fixar preços de contrato nesta semana tem sido bastante animador. O Brasil está longe de resolver o problema de liquidez de todos os produtores, mas estima-se que este plantio, já com comprador certo, tem crescido ao redor de 15% sobre as médias do ano anterior.
Acompanhe as planilhas de valores abaixo que são atualizadas a cada duas horas.

FONTE: IBRAFE
#190311-03
11/03/2019

Exportação de biscoitos, massas e pães industrializados movimentam de US$ 136,6 milhões em 2018

Juntas, as categorias de biscoitos, massas alimentícias, pães & bolos industrializados atingiram o volume de 71,7 mil toneladas de produtos

A Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (ABIMAPI) divulga hoje os dados referentes ao desempenho das exportações em 2018. Juntas, as três categorias representadas pela entidade atingiram mais de 120 países ao redor do mundo com um total de 71,7 mil toneladas de produtos e movimentaram US$ 136,6 milhões, aumento de 11% em volume de vendas e 6% em faturamento em relação a 2017.

Os Estados Unidos é o principal destino das exportações brasileiras do setor. Lá, as vendas atingiram US$ 33 milhões e 12 mil toneladas. O país compra todos os tipos de produtos do setor, mas o destaque fica por conta do panetone. “Nesse último período, a categoria atingiu mais de US$ 8 milhões e 3 mil toneladas em vendas só para os norte-americanos, entre os quais brasileiros residentes fora do Brasil que fazem jus ao chamado ‘mercado da saudade’. Assim, mais da metade de todas as exportações de panetones brasileiros ao mundo também encontraram espaço para as festividades como Thanksgiving e, claro, o Natal”, ressalta Rodrigo Iglesias, diretor internacional da entidade.

Os países do MERCOSUL se destacam entre os maiores mercados compradores, representando 45% de todas as vendas internacionais do setor. “Somente o Paraguai foi o principal destino das exportações de produtos do setor dentro do bloco em 2018, além de ser a segunda região mais importante no mundo das vendas internacionais das empresas associadas à ABIMAPI, seguido por Uruguai e Argentina, respectivamente”, pontua Iglesias.

Nos últimos quatro anos as vendas internacionais dos produtos representados pela ABIMAPI também se fortaleceram em mercados da América Andina, a exemplo do Chile, Peru, Bolívia e Colômbia. Nesses países, os consumidores locais e mesmo estrangeiros já conseguem identificar com facilidade no varejo marcas brasileiras de biscoitos, waffers, macarrão, massa instantânea, bolos, panetones, cereais, pão de queijo, entre outros. Em países lusófonos, como Portugal, Angola e Moçambique, também já é possível encontrar os produtos do setor nas gôndolas.

Boa parte dos desafios de expansão de mercados esbarram, atualmente, em temas de barreiras tarifárias e não tarifárias. O setor está atento e buscará cada vez mais atuar sob temas de defesa de interesses, tais como: rotulagem de alimentos, proibição e/ou redução de ingredientes na composição de produtos, entre outros. “Para a ABIMAPI, não adiantará estabelecer acordos de redução de tarifas de importação se o tema regulatório não estiver contemplado. Os países precisam criar acordos de facilitação de negócios e harmonização regulatória no âmbito alimentício para que seja possível permitir a troca comercial, pois sem isso, muitas negociações internacionais perdem sua força para a indústria”, reforça o executivo.

Desde 2015, a ABIMAPI desenvolve ações e diversas ferramentas para iniciar e incrementar as vendas mundiais de suas associadas. Para isso, criou um comitê específico que presta assessoria, promove e impulsiona a inserção das empresas no mercado internacional, além de auxiliar na participação em feiras e congressos no exterior, tanto na formação dos grupos de empresários quanto na locação da área de exposição, montagem dos estandes e layout que destaca o Brasil.

Em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), a entidade mantém o projeto setorial Brazilian Biscuits, Pasta and Industrialized Breads & Cakes. O último convênio renovado, com vigência até 2019, prevê o investimento total de R$ 4,1 milhões. Este valor é investido em ações de promoção, capacitação e competitividade para exportação. “Para este ano, o nosso foco estará em sete países-alvo: Estados Unidos, Portugal, China, Colômbia, Nigéria, Emirados Árabes e África do Sul”, finaliza Rodrigo Iglesias.

FONTE: Jornal Dia Dia
#190311-02
11/03/2019

Exportações de carne de frango chegam a 316,9 mil toneladas em fevereiro, diz ABPA

As exportações brasileiras de carne de frango (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) alcançaram 316,9 mil toneladas em fevereiro, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O número é 2,2% superior em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram embarcadas 310,2 mil toneladas.

Em receita, o resultado do segundo mês de 2019 é 6,3% maior na comparação com o ano anterior. Foram US$ 526 milhões neste ano, contra US$ 494,9 milhões em relação a fevereiro de 2018.

No bimestre, o saldo das exportações de carne de frango alcançou 598,7 mil toneladas, volume 6,6% menor que as 640,7 mil toneladas embarcadas no mesmo período do ano passado. Em receita, as vendas bimestrais chegaram a US$ 979,1 milhões, resultado 3,6% menor que os US$ 1,015 bilhão gerados em 2018.

O principal destaque do mês é a China, que assumiu a liderança entre os destinos das exportações brasileiras em fevereiro. O mercado chinês importou no período 38,8 mil toneladas, elevando suas compras em 11% em relação ao segundo mês de 2018. No bimestre, a alta das vendas ao mercado chinês alcança 5%, com 72,5 mil toneladas.

A Coreia do Sul, que recentemente habilitou mais 26 plantas exportadoras de aves, também incrementou suas compras. No mês, a elevação chegou a 24%, com 8,2 mil toneladas. No bimestre, a alta é de 6%, com embarques totais de 15,6 mil toneladas.

Abaixo está a lista dos principais destinos das exportações de carne de frango no bimestre. Neste período, a Arábia Saudita segue como principal destino de exportações.

FONTE: Ultimo Instante
#190311-01
11/03/2019

Exportação de carne bovina avança 6,76% no primeiro bimestre

As exportações brasileiras de carne bovina – que consideram o produto in natura, industrializado, além de cortes salgados e miúdos – tiveram avanço de 6,76% no primeiro bimestre de 2019, alcançando 262.418 toneladas, em comparação com 245.801 toneladas embarcadas no primeiro bimestre do ano passado.

Já a receita teve queda de 2,80%, para US$ 979,38 milhões, ante US$ 1,007 bilhão no primeiro bimestre de 2018.

Os dados foram divulgados nesta sexta-feira, 8, pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec).No mês de fevereiro, as exportações foram de 139.141 toneladas (+14,33% ante as 121.700 toneladas de fevereiro de 2018) e a receita ficou em US$ 520,32 milhões (avanço de 6,77% ante o mesmo mês de 2018). O resultado para fevereiro é o melhor para o mês desde 2014.

Hong Kong foi o país que mais comprou carne bovina brasileira no primeiro bimestre – 57.192,37 toneladas. A China ficou em segundo lugar, com 49.396,35, avanço de 24% ante fevereiro de 2018. A Rússia também teve crescimento substancial: de 295 toneladas em fevereiro de 2018 para 5.236 no mesmo mês deste ano.

O presidente da Abiec, Antônio Jorge Camardelli, demonstra otimismo: “Os resultados desse primeiro bimestre são positivos e vão de encontro com as projeções de crescimento das exportações para o ano de 2019.”

FONTE: AgroNews
#190308-05
08/03/2019

Café do Brasil, Colômbia e Peru representa 48% da produção mundial

Safra de café da América do Sul atinge 80 milhões de sacas no ano-cafeeiro 2018-2019

Os países produtores de café da América do Sul, principal região fornecedora do produto em nível mundial, no mês de janeiro de 2019, exportaram 4,76 milhões de sacas, volume que representa um acréscimo de 16,4%, se comparado com o mesmo mês do ano anterior. Se forem consideradas as exportações acumuladas em quatro meses seguidos (outubro de 2018 a janeiro de 2019), o total exportado soma 21,6 milhões de sacas, com percentual de crescimento de 17,9%, na comparação com o mesmo período anterior.

No caso dos Cafés do Brasil, com relação a exportações no mesmo período quadrimestral objeto desta análise, as vendas aumentaram 26,8%, com 14,73 milhões de sacas. Quanto à Colômbia, as exportações atingiram 4,79 milhões, volume que denotou crescimento de 5% em relação ao mesmo período anterior. E as exportações do Peru somaram 1,92 milhão de sacas, as quais registraram aumento de 1,3%.

Quanto à produção de cafés na América do Sul – Brasil, Colômbia e Peru -, região responsável por 47,7% da produção global no ano-cafeeiro 2018-2019, os números indicam que a safra aumentou 4,3%, ao atingir 79,94 milhões de sacas. Somente a produção do Brasil, maior produtor mundial, com aproximadamente 35% da safra mundial, que bateu um recorde histórico, somou 60,1 milhões de sacas.

A Colômbia, que é o segundo maior produtor de café do Continente Americano, de acordo com estimativas, obteve uma safra 14,2 milhões de sacas, volume 2,7% maior que o ano-cafeeiro passado. E o Peru, com safra de 4,36 milhões de sacas de 60kg, registrou 1,7% de crescimento, tendo como base a safra anterior. A produção da Colômbia corresponde a 8,6%, e a do Peru a 2,6%, respectivamente, da produção mundial em 2018.

Os dados e números que permitiram realizar esta análise constam do Relatório sobre o mercado de Café fevereiro 2019, da Organização Internacional do Café – OIC, o qual está disponível para consulta na íntegra no Observatório do café do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café. Para a OIC, o ano-cafeeiro global compreende o período que abrange os meses de outubro a setembro. As demais edições desse Relatório, desde julho de 2014, também estão acessíveis na íntegra no Observatório do Café.

Conforme os dados do Relatório sobre o mercado de Café, com relação às exportações dos demais países produtores de cafés do Continente Americano, especificamente na América Central & México, segundo a OIC, as vendas ao exterior registraram queda de 23,7%, com a venda de 1,18 milhão de sacas no mês de janeiro de 2019. E, ainda, que houve queda de 13,7%, com 3,15 milhões de sacas, nos quatro primeiros meses do ano-cafeeiro de 2018-2019. Nesse contexto, o Relatório ressalta que, Honduras, maior exportador regional e o 8º em nível mundial, no período de outubro de 2018 a janeiro de 2019, exportou 1,19 milhão de sacas, número 22,4% menor que o período passado.

Com base nas análises dos dados das exportações globais, de acordo com as estatísticas da OIC, verifica-se que as vendas do México ao exterior, no período ora citado, caíram 7,7%, ao atingir 850 mil sacas. E que as exportações da Costa Rica caíram 5,3%, com 148,06 mil sacas, após três anos consecutivos de aumento. Em contraponto, as exportações de El Salvador aumentaram 15,9%, ao somar 81,29 mil sacas.

O Relatório sobre o mercado de Café destaca que a produção da América Central & México foi estimada em 21,72 milhões de sacas, a qual registrou um ligeiro decréscimo de 0,5% em relação ao mesmo período anterior. Por fim, estima que a produção de Honduras reduziu 1,5%, passando para 7,45 milhões de sacas; e a do México aumentou 2,5%, pois atingiu 4,5 milhões de sacas. E, ainda, salienta que, com um acréscimo de 34 mil sacas, a produção da Costa Rica totalizou 1,6 milhão de sacas. E, concluindo, as análises da produção dessa região geográfica, o Relatório informa que a produção de El Salvador permanecerá inalterada em relação ao ano passado.

FONTE: Portal DBO
#190308-04
08/03/2019

Café especial produzido por mulheres chega ao mercado externo

Cafeicultoras de Carlópolis e Tomazina, no Norte Pioneiro do Paraná, estão exportando o café especial que produzem na região. A venda das 460 primeiras sacas do produto ao Japão e à Austrália, nos últimos dois anos, representou aumento na renda das famílias e também mais um passo do projeto Mulheres do Café, implantado pelo Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) na região.

O café especial rende três vezes mais do que o comum. Uma saca do grão verde do especial é vendida entre R$ 1,2 mil e R$ 1,5 mil. A economista doméstica da Emater de Pinhalão, Cíntia Mara Lopes de Souza, explica que a assistência técnica para as cerca de 250 cafeicultoras da região envolve desde a escolha do local do plantio até a comercialização do produto. Onze profissionais da Emater estão envolvidos diretamente no projeto.

“A exportação é um dos resultados do trabalho que desenvolvemos. O mercado externo exige qualidade, sendo um desafio para as produtoras da agricultura familiar”, afirma Cíntia. Além do exterior, o mercado interno também tem demanda para o café especial produzido pelas mulheres do Norte Pioneiro. O produto já pode ser encontrado em cafeterias do Sul do país e de São Paulo.

AGREGAR VALOR – O objetivo do projeto Mulheres do Café é agregar valor à produção, com um tipo de produto que consegue valores mais elevados na venda. Com base em um protocolo internacional, criado pela Associação Americana de Cafés Especiais (SCAA), o produto deve apresentar pontuação acima de 80.

No processo de produção, os grãos devem passar por uma padronização na peneira e os que apresentam defeitos são eliminados. A classificação especial ainda envolve o acréscimo de atributos que dizem respeito aos sabores identificados, conforme o lote. Alguns sabores podem estar relacionados a especiarias, chocolate ou frutas e são atribuídos por especialistas da SCAA, degustadores oficiais e avaliadores da qualidade (Q-Grader).
TIPO EXPORTAÇÃO – O projeto Mulheres do Café está presente em 11 municípios do Norte Pioneiro, sendo que dois grupos começaram a exportar. As produtoras de Carlópolis venderam 260 sacas para uma empresa japonesa e o grupo Matão, de Tomazina, vendeu 200 sacas para a Austrália.

A cafeicultora e coordenadora do projeto no município, Rosana de Azevedo Felet, conta que receberam a visita de compradores japoneses, gravaram um vídeo de divulgação e venderam as primeiras 260 sacas com destino ao Oriente. “Ficamos satisfeitas, porque pudemos receber melhor pelo produto”, afirma.

Em Carlópolis o grupo soma 25 mulheres, que se reúnem com regularidade com a equipe da Emater. “O técnico da Emater explica certinho como cuidar da lavoura. Em cada época tem uma reunião diferente, antes da colheita e depois da colheita, como fazer a poda no cafeeiro, como adubar. É muito importante o projeto”.

O valor do café especial é recompensado no momento da venda. Diferente do café comum, que custa cerca de R$ 400 a saca, o especial chega a ser vendido por até R$ 1,5 mil a saca como ocorreu durante leilão realizado em Tomazina. As cafeicultoras do Grupo do Matão logo perceberam que o retorno financeiro surge quando o trabalho pela excelência do produto surge.

A coordenadora do Grupo do Matão, Maristela Fátima da Silva Souza, conta que o resultado positivo só foi alcançado pelo trabalho conjunto das cafeicultoras. “Nosso grupo arregaçou as mangas e partiu para a coleta seletiva para fazer um café de qualidade. Vencemos em três categorias em concurso de café de qualidade realizado no Paraná. A empresa exportadora veio no leilão e arrematou os lotes para exportar para a Austrália, com valor bem acima do normal”.

No ano passado, a empresa exportadora voltou a comprar café especial do Grupo do Matão, que oferece produtos com atributos diversos, como acidez cítrica, adocicado, gosto de fruta, mel e chocolate. Além das 200 sacas já vendidas à Austrália, a perspectiva para 2019 é positiva para a exportação.

“A renda do café mantém as famílias de cada uma das 23 cafeicultoras que compõem o Grupo do Matão. É característica deste grupo de Tomazina o processo essencialmente manual e que exige mais tempo nos estágios de produção”, explica Maristela.
Box
Projeto orienta as mulheres, valoriza o trabalho e gera renda

O projeto Mulheres do Café foi idealizado e é coordenado e executado pelo Instituto Emater desde 2013. Com metodologia criada exclusivamente para atender o projeto, o Emater disponibiliza equipe multidisciplinar para orientar as mulheres, valorizar o trabalho feminino e gerar renda.

As 250 cafeicultoras atendidas possuem pequenas propriedades em 11 municípios do Norte Pioneiro do Paraná: Curíúva, Figueira, Ibaiti, Japira, Jaboti, Pinhalão, Tomazina, Siqueira Campos, Salto do Itararé, Joaquim Távora e Carlópolis. A Emater promove reuniões técnicas, encontros, visitas técnicas, cursos e colabora na valorização do café produzido pelas cafeiculturas.

Em 2013, o Norte Pioneiro foi a primeira região a formalizar o Sub Capítulo da Aliança Internacional das Mulheres do Café - IWCA Brasil e ganhar o reconhecimento do projeto como referência entre os trabalhos desenvolvidos nos países onde a Aliança está presente.

FONTE: Governo do Paraná
#190308-02
08/03/2019

Argentina e Brasil firmam acordo para retomar comércio de maçãs e pêras

O acordo será oficializado a partir da publicação no Diário Oficial da União

O Brasil firmou acordo com a Argentina e vai retomar as importações de pêras e maçãs do país vizinho, informou nesta quinta-feira, 7, a Secretaria de Governo da Agroindústria da Argentina, em nota. O acordo será oficializado a partir da publicação no Diário Oficial da União, acrescentou a secretaria argentina.

Desde março de 2015 as importações de maçãs, pêras e também marmelo frescos da Argentina estavam suspensas pelo Brasil, em virtude da presença da praga Cydia pomonella, conhecida como traça-da-maçã, em carregamentos provenientes daquele país. A C. pomonella, que pode causar sérios prejuízos à fruticultura, foi erradicada no Brasil em 2014, e a suspensão visava à proteção dos pomares brasileiros.

A secretaria argentina informou que, para liberar o comércio, foram feitas reuniões, no Brasil, entre autoridades do Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agroalimentar (Senasa) e do Serviço de Proteção de Plantas e do Certificação Fitossanitária da Argentina com a Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura brasileiro. "Nas reuniões, se concordou em levantar a suspensão das exportações de pêras e maçãs argentinas para o Brasil", diz a nota.

"Graças a uma gestão conjunta com o presidente da Senasa, Ricardo Negri, conseguimos este acordo. Quero enfatizar a disposição das autoridades brasileiras, especialmente a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, para encontrar, em tão pouco tempo, uma solução para o assunto", disse o secretário de Governo da Agroindústria da Argentina, Luis Etchevehere.

"No acordo foram aceitas as propostas da Argentina, que consistem em intensificar o monitoramento e controle da produção de ambas as frutas para esta safra", afirmou Negri, da Senasa, acrescentando que será necessário que todos os atores da cadeia continuem gerando confiança nos mercados internacionais, "apesar desta crise específica".

FONTE: Globo Rural
#190308-01
08/03/2019

China com apetite e Rússia de volta às compras impulsionam carne bovina brasileira

No primeiro bimestre do ano, somente a China aumentou em 24% suas importações

As exportações brasileiras de carne bovina - que consideram o produto in natura, industrializado, além de cortes salgados e miúdos - fecharam em alta no primeiro bimestre do ano. Segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes Bovinas (Abiec), os embarques somaram 262.418 toneladas, crescimento 6,76% em relação as 245.801 toneladas no mesmo período do ano passado. Em receita, as vendas do período somaram US$ 979,38 milhões, leve redução de 2,80% ante a receita de US$ 1.007,62 bilhão no primeiro bimestre de 2018.

Os resultados foram puxados pelo desempenho das exportações no mês de fevereiro, que registraram 139.141 toneladas em volume e US$ 520,32 em receita, crescimento de 14,33% e 6,77%, respectivamente, no comparativo com o ano anterior, quando as exportações fecharam em 121.700 toneladas e US$ 487,32 milhões em receita. Trata-se do melhor resultado para o mês de fevereiro desde 2014.

FONTE: Gazeta do Povo
#190219-05
19/02/2019

Importação de alho da União Europeia pode ser sobretaxada como o leite

A medida é uma resposta às barreiras impostas pelos europeus, que podem gerar impacto de US$ 205,2 milhões, segundo o governo brasileiro

O documento enviado pelo governo brasileiro para a Organização Mundial do Comércio (OMC) nesta segunda-feira, dia 18, propõe a aplicação de sobretaxas a 36 produtos europeus importados para cá. Além do leite, que está no topo da lista, alho, cigarros e artigos de couro estão entre os itens agropecuários ou com componentes provenientes do campo, como o fumo, que devem sofrer sanções.

A medida é reação à barreira colocada pela comunidade europeia ao aço nacional, com cotas de importação e imposto adicional de 25% para o que ultrapassar o teto estabelecido, que começou a vigorar no início deste mês.

A partir da notificação à OMC, o país tem 30 dias de prazo para  impor os novos valores para importação do bloco europeu. Geralmente existe uma negociação entre as partes, mas pelo teor do documento, a decisão pode ser unilateral dentro desse período.

Mais impostos

O Brasil informou que pretende aplicar uma alíquota extra de 15% para as compras dos derivados lácteos da União Europeia. Esse valor é somado aos 28% da Tarifa Externa Comum (TEC), válida para todos os países do Mercosul. A tarifa adicional valerá, caso seja aplicada, para leite em pó, integral e semidesnatado da UE.

Para o alho fresco ou refrigerado, a taxa é maior: 19%. Cigarros, cigarrilhas e charutos com tabaco terão imposto adicional de 11%. Já para os itens de couro, como bolsas, roupas e calçados de vários tipos, a alíquota varia entre 11% e 19%.

Argumentos

O Brasil afirma que a decisão da União Europeia de colocar uma cota para importação do aço nacional e a sobretaxa de 25% para o volume que ultrapassar esse teto resultaria em um impacto econômico estimado em 180 milhões de euros durante a vigência da medida, de 2 de fevereiro deste ano até 30 de junho de 2021.

“O valor das exportações brasileiras que seriam afetadas pelo direito adicional imposto nas medidas de salvaguarda seria de 90 milhões de euros em 2019, 60 milhões de euros em 2020 e 30 milhões em 2021. O montante total de 180 milhões de euros para o período de 2019 a 2021 foi convertido em dólares americanos, alcançando um total de US$ 205,2 milhões de exportações do Brasil para a União Europeia que seriam afetados pelo direito adicional de 25% imposto pelas medidas de salvaguarda. O montante total de tarifas gerado seria igual a US$ 51,3 milhões”, diz o ofício.

O documento também mostra que as importações de leite em pó da União Europeia para o Brasil em 2018 somaram US$ 1.527.952,00 e que o potencial de negociação durante a validade da salvaguarda dos europeus (até 3 de junho de 2021) é de US$ 553.883,00.

Na conclusão do documento, o governo brasileiro afirma que “uma suspensão de concessões comerciais sobre os produtos, que não exceda o montante que resultaria da aplicação das medidas da UE às importações do aço originários do Brasil representa uma suspensão adequada da aplicação de concessões comerciais equivalentes em conformidade com o Acordo sobre Salvaguardas”, em defesa da legalidade da opção encontrada como salvaguarda cruzada.

Sobretaxa para o alho

O presidente da Associação Nacional dos Produtores de Alho (Anapa), Rafael Corsino, considera positiva a intenção do governo brasileiro de sobretaxar a entrada do produto europeu aqui. Segundo ele, as importações, principalmente da Espanha, aumentaram muito nos últimos quatro anos. O pico foi em 2017, quando as compras foram de quase 20 mil toneladas. Em 2018, o total rondou 17 mil toneladas. A alíquota adicional de 19% daria mais competitividade aos produtores brasileiro, na opinião dele.

“Preocupa muito as importações. A Espanha é muito agressiva e entra justamente no período da safra no Cerrado: Minas Gerais, Goiás, Distrito Federal e Bahia. Quando essas regiões estão colhendo, descarregam muitas cargas de alho e isso impacta, derruba o preço, porque ele entra subfaturado, muito mais barato. Se sobretaxar, vai ser bom para nós, nos dá mais competitividade porque a União Europeia têm subsídios muito altos e conseguem colocar o alho deles mais barato aqui no Brasil do que no mercado interno lá. Se isso acontecer, o governo vai corrigir uma competição desleal. Torço para isso acontecer”, afirmou.

Rafael Corsino destacou que a preocupação do setor aumentou depois da queda das tarifas antidumping do leite. O alho da China sofre essa barreira, mas os produtores brasileiros temem pela retirada da taxa depois das últimas movimentações da equipe econômica. “Se cair nossa tarifa antidumping, o alho brasileiro simplesmente desaparece”. Ele vai se reunir com a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, na próxima semana para tratar do tema.

Em relação aos produtos à base de tabaco, o presidente da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Benício Werner, afirmou que a sobretaxa não muda em nada a realidade dos produtores brasileiros. O Canal Rural não conseguiu retorno da Abifumo (Associação Brasileira das Indústrias de Fumo) e das indústrias de couro quanto aos artigos dessa categoria.

Sem novas importações

Apesar da queda das tarifas antidumping para importação de leite em pó de 14,8% para a União Europeia e de 3,9% para a Nova Zelândia no dia 6 de fevereiro, até agora o governo brasileiro não identificou a entrada de nenhuma carga do produto desses países até hoje. “A Secretaria Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais monitora diariamente a importação brasileira de leite em pó da União Europeia e da Nova Zelândia, origens que eram sobretaxadas com o antidumping de 14,8% e de 3,9%, respectivamente. O objetivo é identificar a ocorrência de oscilações nos volumes de importação que demandem medidas de defesa comercial. Até o momento, não foram identificadas operações de importação relacionadas ao encerramento do direito antidumping”, informou o Ministério da Economia.

FONTE: Canal Rural
#190219-04
19/02/2019

Soja: Disputa entre demandas interna e para exportação deve se acirrar e preços no BR podem se descolar de Chicago

Prêmios começam a se fortalecer no Brasil, com foco da demanda chinesa no mercado nacional, além das indústrias buscando mais soja e um provável racionamento da demanda mais adiante. Em Chicago, recuo desta terça-feira se deu, principalmente, com a expansão da peste suína para além China.

Nesta terça-feira (19), o mercado da soja teve queda de 10 pontos nos principais vencimentos da Bolsa de Chicago (CBOT). Os Estados Unidos voltam do feriado com baixas consideráveis. O maior destaque negativo foi a possibilidade de dispersão da peste suína no Vietnã e uma suspeita sobre o Canadá, terceiro maior exportador mundial de carne suína.

Como lembra Marcos Araújo, analista da Agrinvest, o controle para essa doença é o abate sanitário. Assim, pode haver uma menor demanda por farelo de soja e, consequentemente, pela soja em grão, o que faria com que os estoques norte-americanos, que já são os maiores da história, ficassem ainda mais altos.

O preço da carne suína vinha subindo na CME Group, mas a suspeita no Canadá fez o mercado operar na contramão. Assim, a cotação da soja também cai. Essa preocupação do mercado ainda deve ganhar mais corpo, a exemplo do que houve com a gripe aviária.

O Brasil, por sua vez, pode aproveitar essa chance para recuperar o mercado externo perdido após os desdobramentos da operação Carne Fraca. Algo que também poderia ajudar a demanda interna para as processadoras de soja.

Nos últimos dias, já se fala que o cenário de oferta e demanda para o Brasil está apertado. A estimativa da Agrinvest é de uma safra de soja em 113 milhões de toneladas. Somada a um estoque inicial de 1,5 milhões de toneladas e 500 mil de exportação, são 115 milhões de toneladas disponíveis. O consumo interno do Brasil é de 45 milhões de toneladas, de forma que restaria apenas um excedente de 70 milhões de toneladas.

No ano passado, o Brasil exportou 84 milhões de toneladas. Assim, os preços devem se comportar descolados de Chicago, já que irá ocorrer uma disputa acirrada pela soja brasileira.

FONTE: Notícias Agrícolas
#190219-02
18/02/2019

Indústria de suco de laranja do Brasil busca ampliar espaço na China

Segundo a CitruBR, empresas consideram até construir terminais no país em troca de medida que favoreça a competitividade do suco nacional

As maiores processadoras de suco de laranja no Brasil avaliam possibilidades de investimento na China em troca de medidas que melhorem a competitividade do produto nacional no mercado chinês. A Associação Brasileira dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR) tem conversado sobre o assunto com o Ministério da Agricultura e representantes do país asiático e demonstra otimismo em relação aos rumos da discussão.

A indústria enfrenta no mercado chinês uma tarifa relacionada à temperatura do suco de laranja brasileiro. Se o produto chega a até 18 graus negativos, há uma sobretaxa de 7,5%. Se é 17,9 graus graus negativo, vai a 30%. É uma “barreira técnica” que não impede as exportações, mas as torna mais caras e impõe dificuldades de logística para os exportadores.

A proposta de investimentos vem sendo discutida pelo menos desde outubro de 2018, informa a CitrusBR, que representa Citrosuco, Cutrale e Louis Dreyfus (LDC). As processadoras querem a revisão da chamada “tarifa de temperatura”. Em contrapartida, consideram a possibilidade de construir terminais para desembarque de suco de laranja a granel no país asiático.

Recentemente, o diretor-executivo da CitrusBR, Ibiapaba Netto, esteve em diversas reuniões com parlamentares e o Ministério da Agricultura. Em 24 de janeiro, por exemplo, ele se encontrou com o secretário de Relações Internacionais, Orlando Leite Ribeiro para conversar sobre “proposta de investimentos do setor na China e possível apoio do Mapa”.

“É um assunto técnico, que está andando. Temos tido apoio da parte do governo brasileiro. Já estive com pessoas do governo da China. Tem tudo para ter um bom desfecho”, afirma ele, acrescentando que a CitrusBR pretende também fazer campanhas de promoção do suco brasileiro no país asiático, a exemplo do que é realizado na Europa.

Netto afirma que ainda não há, mesmo de forma preliminar, um estudo de viabilidade da construção dos terminais. Diz apenas que esse trabalho deve ser feito quando estiverem dadas as condições para o investimento que, explica, não é “algo exatamente barato”. Defende também maior frequência de missões dos dois lados para aumentar a interlocução entre os governos.

“A China tem um jeito muito peculiar de fazer negócios e sem esse olho no olho, sem essa conversa, fica difícil realmente acreditar que as coisas andem”, disse. 

Principal parceiro comercial do Brasil, a China também aumentou sua participação como destino das exportações do agronegócio brasileiro. O valor das vendas para o país asiático em 2018 somou US$ 35,59 bilhões, respondendo por 35% do total, o dobro da União Europeia (17,5%), por exemplo. Em 2017, a participação chinesa tinha sido de 27%.

Os embarques de suco de laranja para o mercado chinês aumentaram. De 2017 para 2018, o volume embarcado passou de 32,243 mil para 35,255 mil toneladas e o faturamento dos exportadores, de US$ 62,80 milhões para US$ 73,24 milhões, de acordo com estatísticas do Ministério da Agricultura.

Mas, diferente de outras commodities, a rapresentatividade é pequena. Em uma pauta dominada pelos complexos soja, carnes e de produtos florestais, o suco de laranja - do qual o Brasil é o maior produtor e exportador mundial - é apenas o décimo da lista.

Para as associadas da CitrusBR, uma revisão dessa tarifa significa melhorar o acesso a um mercado com perspectiva de crescimento, explica Ibiapaba Netto. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estima um aumento de 3,65% na produção chinesa, que pode chegar a 45,400 mil toneladas na safra 2018/2019.

Mas o volume representa menos da metade do consumo no país estimado pelos técnicos do governo americano: 98,900 mil toneladas, 2,8% a mais que na safra 2017/2018. A demanda chinesa por suco estrangeiro deve passar de 55 mil para 56 mil toneladas na safra atual.

“A China é um mercado onde o consumo tem crescido, mas a participação brasileira não. Quando olhamos a nossa participação em outros mercados e comparamos com a China, é menor justamente pela falta de competitividade que a tarifa de temperatura nos impõe”, resume.

Ainda que os dados do USDA indiquem um consumo aumentando em ritmo um pouco menor que a produção de suco de laranja na China, Ibiapaba Netto entende que faz sentido o país incentivar importações. Argumenta que o mercado de mesa pagar mais pela fruta do que a indústria. Da safra chinesa de laranjas, apenas 5% viram suco, diz o diretor da CitrusBR.

."No final das contas, é uma combinação. Para exportar para a China, tem quer ter um bom produto, tradição no que faz e uma visão de futuro sobre essa relação. Quando junta tudo isso, cria o ambiente para que seja possível viabilizar uma questão. Acreditamos ter um bom caminho pela frente", explica Netto.

FONTE: Globo Rural
#190219-01
19/02/2019

Leite: governo estuda reduzir taxa de importação de equipamentos

Segundo a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, uma possível alternativa para o setor seria trazer robôs para desenvolver a pecuária leiteira

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou nesta terça-feira, dia 19, que uma possível alternativa para os problemas de competitividade do setor leiteiro seria a redução de taxas de importação de máquinas e equipamentos, como robôs, que segundo ela são importantes para o desenvolvimento da pecuária leiteira moderna.

Em entrevista ao programa Direto ao Ponto, a ex-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) disse que o governo estuda três ou quatro outras maneiras de proteger a pecuária leiteira no curto prazo. Apesar dessa ajuda, a ministra ressalta que as medidas não podem ser para sempre. “Nós temos que dar recursos para que a cadeia consiga ficar em pé”, ponderou.

Segundo ela, enquanto estratégias estão sendo traçadas, o ministério da Economia segue acompanhando diariamente o volume de leite em pó importado pelo Brasil.

“Tem como, todo dia, ver se licenças de importação estão sendo pedidas para entrar leite no Brasil, para não deixar o leite em pó inundar o nosso país.”

Salvaguarda cruzada

Tereza também comentou sobre a medida de salvaguarda cruzada, usada para compensar o fim da taxa de importação de leite em pó vindo da União Europeia e Nova Zelândia. Isso porque nesta segunda-feira, dia 18, os ministérios da Agricultura, da Economia e das Relações Exteriores enviaram um pedido de compensações à União Europeia pelas taxações de importações do aço brasileiro impostas pelo bloco econômico.

“Nós ficamos com a política de antidumping desde 2003. A cada cinco anos, fazíamos uma pesquisa e voltava com a medida. No governo passado, venceria os cinco anos e foi feita a pesquisa novamente. Então se comprovou que não havia dumping porque as importações de leite (da União Europeia) eram pífias”, explicou.

Ela ressaltou que a cadeia leiteira está preservada por um tempo, mas que o setor precisa fazer a lição de casa. “O nosso maior gargalo é a logística, e também a energia elétrica. Várias coisas que precisamos resolver internamente”.

O próximo passo, segundo Cristina, seria uma força-tarefa para o Brasil se tornar um grande exportador do produto, podendo competir com UE, Nova Zelândia. “Quiçá se juntar com Argentina e Uruguai, fazer um bloco, com um volume de leite grande para que a gente possa incomodar lá fora”, comentou.

FONTE: Canal Rural
#190128-08
28/01/2019

Maçãs de pomares gaúchos estão mais suculentas e internacionais este ano

Com árvores carregadas de frutas maiores e mais suculentas, privilegiadas pelo clima, a safra de maçã começa a sair dos pomares do Sul do Brasil para as gôndolas de supermercados e fruteiras nos próximos dias. A colheita tem início na Serra Gaúcha, como em Caxias do Sul e Veranópolis, avançando posteriormente pelos Campos de Cima da Serra, em cidades como Vacaria, e mais tarde toma conta dos municípios catarinenses, como Fraiburgo.

Juntos, Rio Grande do Sul e Santa Catarina produzem mais de 90% da safra nacional e, neste ano, ela vem com melhor qualidade e maior tamanho das frutas, o que automaticamente traz ganhos ao produtor. De acordo com Pierre Peres, francês que vive há 35 anos no País cultivando maçãs, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Maçã (ABPM), em 2017/2018 a média de peso por fruta alcançou apenas 100 gramas, ante entre 120 e 133 gramas de uma safra normal.

O cálculo leva em conta o número de maçãs necessárias para encher uma caixa de 18 quilos. Em 2017/2018 foi necessária uma média de 165 frutas por caixa para alcançar o peso padrão, ante entre 135 e 150 de uma safra normal, como deve ser a atual.

"No ano passado foram 45 dias de pouca chuva, e as frutas pararam de crescer antes de atingir bom tamanho. Com menos água, as frutas ficam menos suculentas, ao contrário deste ano, especialmente no Rio Grande do Sul, onde houve chuva abundante", explica Peres, que ressalta já ver nos pomares maçãs do tipo Gala com padrão de qualidade visivelmente superior ao ciclo passado.

De acordo com a ABPM, apenas a venda da fruta in natura direto ao consumidor deve movimentar cerca de R$ 5 bilhões no Brasil neste ano. Segundo o presidente da Associação Gaúcha dos Produtores de Maçã (Agapomi), José Sozo, no Estado devem ser colhidas entre 450 mil e 470 mil toneladas em 2019, de um total de 1 milhão previsto para todo o País.

Na Região dos Campos de Cima da Serra se produz 85% da fruta gaúcha, e a maçã Gala representa 70% do total. Em segundo lugar vem a Fuji. Outras variedades cultivadas, em menores proporções, são Eva e Pink Lady. Neste ano, estima Sozo, o preço médio da Gala ao produtor deve ficar em até R$ 1,20 o quilo, ante entre R$ 0,85 e R$ 1,00 no ano passado. Em 2018, a Fuji remunerou apenas em torno de R$ 0,55 e R$ 0,60 e a Gala cerca de R$ 0,90. Ou seja, o ano passado não foi positivo para o fruticultor, já que o custo de produção ficou entre R$ 0,85 e R$ 0,90 o quilo.

"Neste ano, não houve problemas climáticos, como granizo ou umidade excessiva, que causa o russeting, que é como uma pequena 'ferrugem' que deprecia a cor, e com isso a classificação da fruta cai abaixo do Cat 1 e 2, remunerando menos", comemora Sozo.

No caso da venda de produtos com menor qualidade, a fruta é comercializada para indústrias para ser moída e beneficiada. O preço é igualmente menor, pois no passado foi avaliada entre R$ 0,30 e R$ 0,35 por quilo.

Bangladesh é o maior importador e Índia o que mais cresceu

O Rio Grande do Sul é o principal exportador da fruta do Brasil e os embarques internacionais cresceram substancialmente nos últimos três anos. Entre 2016 e 2018 as vendas externas brasileiras totais mais do que dobraram: passaram de 30,6 mil toneladas em 2016, para 55,4 mil em 2017 e bateu recorde em 2018, com 71 mil toneladas negociadas. E boa parte dessa maçã vai para o outro lado do mundo.

O maior comprador externo do Brasil é Bangladesh, com quase 20% das compras (US$ 13,5 milhões de um total de US$ 52 milhões). A grande novidade no mercado internacional é a Índia, que facilitou as compras de produtores do Brasil há um ano, o que fez saltar em quase 400% os valores investidos para levar a fruta daqui ao comércio indiano. As compras do país passaram de US$ 654 mil em 2017 para US$ 3,2 milhões em 2018, segundo dados da Associação Brasileira dos Produtores de Maçã (ABPM) e do Ministério da Economia.

As vendas para esse agora importante cliente têm como característica de compra especialmente a exigência de coloração extremamente parelha, diz Pierre Peres, presidente da ABPM. Outro mercado importador é Bangladesh, que adquire, porém, frutas de menor valor, ou seja, com classificação de cor e tamanho de menor qualidade. O que também acaba sendo uma alternativa de escoamento de frutas rejeitadas por outros mercados. "A Ásia tem sido uma boa alternativa para exportações de frutas de segunda e terceira qualidades", diz o presidente da Associação Gaúcha dos Produtores de Maçã (Agapomi), José Sozo.

O presidente da associação gaúcha alerta, porém, que o Brasil ainda tem sua produção muito concentrada na variedade Gala, enquanto no Exterior há variedades que poderiam ser introduzidas no Brasil e que fazem sucesso em mercados internacionais. E com potencial também para o mercado interno. "Poderíamos aproveitar o intervalo da colheita nos Hemisfério Norte para exportar mais. Uma das variedades que achamos possível é a Jazz, da Nova Zelândia, desenvolvida a partir do cruzamento de outas duas espécies", avalia Sozo.

A introdução de uma nova espécie depende de um trabalho integrado com o Ministério da Agricultura e a Embrapa para autorização de testes, e para ver se é possível adaptação ao Brasil. E, após o início dos testes, o resultado levaria entre sete e oito anos para ser concluído. "Ou seja, é preciso começar urgente", alerta o presidente da Agapomi.

FONTE: Jornal do Comércio
#190125-03
25/01/2019

Conab: com aumento da oferta, cotação do tomate registra queda no atacado

O comportamento de preço das hortaliças em dezembro manteve tendência de alta para três das cinco culturas analisadas (alface, batata, cebola, cenoura e tomate) nas Centrais de Abastecimento (Ceasas). Apenas os preços do tomate e da alface registraram queda em alguns mercados. Os dados são da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que divulgou nesta sexta-feira, 25, o 1º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort) nas Ceasas do País.

Conforme a Conab, o destaque é o tomate, por causa da mudança do comportamento de preços, de alta para baixa. As quedas de preços em dezembro ocorreram em quatro dos seis mercados atacadistas considerados na análise. A maior delas foi em Vitória/ES (26,10%), seguida das quedas das cotações nas Ceasas que abastecem São Paulo/SP (8,37%), Belo Horizonte/MG (7,55%), e Fortaleza/CE (3,29%). "Este cenário está diretamente ligado ao aumento da oferta, de uma maneira geral", informa a Conab no boletim. As altas temperaturas sobretudo no fim do mês aceleraram a maturação do fruto obrigando o produtor a levar seu produto ao mercado, mesmo que o momento não fosse ideal, por causa da queda de preço.

Outro destaque é a cebola, pela continuação do movimento de alta de preço. A elevação expressiva foi de 52,78% na Ceasa /CE - Fortaleza até a menor alta 12,34% na Ceasa/ES - Vitória. Segundo a Conab, a pressão de demanda levou a uma valorização do bulbo. "Não se pode esquecer que os novos patamares dos preços da cebola abrem espaço para a importação do produto pelo menos no primeiro semestre do ano", comenta a Conab.

A batata teve alta de preço generalizada. As maiores delas foram na Ceasa/RJ - Rio de Janeiro (20,40%) e na Ceasa/ES - Vitória (19,23%). Os aumentos, entretanto, devem diminuir com a entrada da safra das águas.

Para a cenoura, somente em um mercado o preço caiu, na Ceasa/CE - Fortaleza (queda de 3,65%). Nas demais, as cotações da raiz apresentaram alta. O aumento foi provocado, como na maioria das hortaliças, pela dificuldade de colheita em época de chuvas, característico do verão.

A alface foi a hortaliça que teve oscilações no movimento de preços, principalmente para baixo. "No caso das folhosas, em especial da alface, os movimentos díspares de preço refletem de certa forma a dependência que cada mercado tem diante das produções locais, perto dos centros consumidores", explica a Conab.

A Conab salienta que essas cinco hortaliças são as com maior representatividade na comercialização nas Ceasas e que registram maior destaque no cálculo do índice de inflação oficial (IPCA).

Frutas

No segmento de frutas, o estudo também considerou os alimentos com maior participação na comercialização e no cálculo da inflação (banana, laranja, maçã, mamão e melancia).

Em dezembro, a maçã teve elevações pontuais de preços na maioria dos mercados, e a oferta apresentou oscilações suaves, como é característica do mercado de maçã, à exceção da queda mais acentuada na Ceagesp/ETSP (14,11%), em grande parte por causa da concorrência com as frutas características de fim de ano.

A laranja teve novamente oscilações de preços pequenas, e a oferta variou entre as Ceasas. De acordo com a Conab, boas chuvas no mês fizeram com que o amadurecimento das frutas fosse precoce, de modo que a colheita tivesse que ser antecipada, o que levou a queda pequenas de preços em alguns mercados, mesmo com a concorrência de frutas sazonais, como ameixa e pêssego.

O mamão teve alta de preços nas Ceasas do Sudeste e alta na quantidade comercializada na maioria das Ceasas. O mamão papaia teve menor oferta, os preços subiram e os produtores puderam, com isso, obter ganhos extras.

A banana teve alta de preços em cinco Ceasas, e o volume comercializado caiu em cinco entrepostos. A banana prata teve queda na disponibilização das frutas para as centrais atacadistas, principalmente pelas regiões produtoras do norte de Minas e Delfinópolis (MG). Segundo a Conab, as chuvas também favoreceram o cenário de baixa oferta, ao dificultarem a logística de distribuição do produto (estradas ruins) e contribuírem para o aparecimento de doenças fúngicas, o que limitou as frutas serem postas à venda.

A melancia teve dominância de queda de preços, com elevação da oferta, com destaque para a boa produção em Itápolis (SP) e Teixeira de Freitas (BA), Encruzilhada do Sul (RS) e de Arroio dos Ratos (RS). "Produtores da melancia gaúcha encontraram dificuldades para transportá-la, por causa da competição com outros produtos pelo frete", conclui a Conab.

O levantamento é feito mensalmente pelo Prohort da Conab, a partir de informações fornecidas espontaneamente pelos grandes mercados atacadistas do País, nos Estados de SP, MG, RJ, ES, PE e CE.

FONTE: Terra
#190117-01
17/01/2019

Balança tem superávit de US$ 58,7 bilhões em 2018, aponta FGV/Icomex

A balança comercial fechou o ano de 2018 com um superávit de US$ 58,7 bilhões, com destaque para a participação da China como principal destino das exportações brasileiras. Embora o resultado tenha sido inferior ao de 2017, de US$ 67 bilhões, foi o segundo melhor desempenho da série histórica, segundo os dados do Indicador do Comércio Exterior (Icomex), divulgado nesta quinta-feira, 17, pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

A China deteve 26,8% das exportações brasileiras, mais do que o dobro da participação dos Estados Unidos, responsável por 12% das vendas externas do Brasil. O terceiro principal parceiro foi a Argentina, embora esta tenha reduzido sua participação no ranking de destino de exportações, passando de 8,1% em 2017 para 6,2% em 2018.

No ano passado, os chineses aumentaram sua participação nas exportações do Brasil, em relação a 2017, quando compraram 21,8% do total exportado. O crescimento de 35,2% nas exportações para a China em 2018 foi puxado pela soja em grão, petróleo bruto e minério de ferro. Os três produtos somam 82% das exportações brasileiras para território chinês.

O petróleo superou a participação do minério de ferro pela primeira vez nas vendas externas brasileiras para a China, ressaltou a FGV.

"A importância da China para as exportações brasileiras é reafirmada quando analisamos os dez principais produtos exportados pelo Brasil", declara o relatório do Icomex. "O segundo principal produto exportado pelo Brasil é o óleo bruto de petróleo e a participação da China no total exportado passou de 44,2% para 57%, entre 2017 e 2018. Nas exportações de carne bovina, oitavo principal produto, o porcentual da China foi de 18,3% em 2017, e de 27,2% em 2018", completou.

Quanto às importações, a China é o principal mercado de origem, mas com menor diferença em relação ao segundo colocado. A China foi responsável por 19,2% das importações brasileiras, enquanto os Estados Unidos detiveram 18,1% das importações totais em 2018.

A FGV lembrou ainda que houve extraordinariamente um aumento nas importações totais em 2018 influenciado pelas mudanças do Repetro, regime fiscal do setor de óleo e gás.

Em 2018, o volume exportado pelo Brasil cresceu 4,6% em 2018, enquanto as importações subiram 12%. Se excluídas as plataformas, a alta no volume importado seria de 6%. A FGV espera algumas eventuais operações de retorno contábil das plataformas de petróleo via importações em 2019, "no entanto, não se espera um impacto semelhante ao que ocorreu em 2018", prevê o relatório.

FONTE: Uol Economia
#181129-08
29/11/2018

Pouco caupi também afeta o Feijão-carioca

Um fator que tem contribuído em algum grau para que o Feijão-carioca siga firme é que os estoques de caupis baixaram bastante também. Muitos dos consumidores do Nordeste acabam migrando para outros Feijões e, neste momento, é a vez do carioca. Exportação, consumo interno e parte destinada para ração deram conta de diminuir os estoques de todos os Feijões de corda.

Ontem, o fato de a adrenalina ficar menor nas negociações não significou absolutamente nada de diferente nos valores praticados nas fontes. Com o Feijão em mãos de poucos produtores no Centro-Oeste e já sendo colhido mais lentamente em São Paulo, os preços continuam firmes nos patamares de R$ 150/160 em Minas Gerais, dependendo da cor, e R$ 170/180 em São Paulo, dependendo da umidade.

FONTE: Notícias Agrícolas
#181129-06
29/11/2018

Empresas de agronegócio apostam em certificação internacional para ampliar faturamento

Cada vez mais, as empresas brasileiras de agronegócio estão investindo em certificações internacionais. Uma das mais procuradas é a GLOBALG.A.P., referência mundial para a área agrícola, em especial para o setor de frutas, legumes e verdura.

Luciano Grassi Tamiso, responsável pelo desenvolvimento de novos negócios da WQS do Brasil, que atua no setor de certificação, inspeção e treinamentos, explica que, nos últimos anos, surgiu um movimento interessante de empresas em busca desta certificação. “As solicitações para obter a certificação GLOBALG.A.P. cresceram basicamente por dois motivos: a) diferenciar-se no mercado interno e se posicionar como uma empresa que oferece mais qualidade e segurança do alimento para o comprador; ou b) querem iniciar ou ampliar as exportações”, acrescenta Tamiso.

O responsável pelo desenvolvimento de novos negócios da WQS acrescenta que, embora o mercado interno não exija a certificação, algumas empresas já definiram prazos para seus fornecedores se certificarem. “É o caso do Walmart Brasil, que está cobrando a certificação GLOBALG.A.P. de forma gradativa, desde o ano passado, para todos os seus produtores de verduras e legumes”, explica.

Plano de Expansão - A AlfaCitrus, uma das cinco maiores beneficiadoras de laranjas e tangerinas do Brasil, acaba de ser certificada no padrão GLOBALG.A.P.. Emílio Favero, sócio e diretor comercial da empresa, destaca que esta certificação irá contribuir para o plano de expansão da AlfaCitrus em 2019. “No próximo ano, temos a intensão de diversificar a venda de laranjas e tangerinas, iniciando a exportação de frutas. A maior parte dos importadores exige a certificação GLOBALG.A.P. para comprar produtos do Brasil, uma vez que ela garante uma excelente qualidade das frutas e boas práticas de produção”, observa Favero.

O diretor da AlfaCitrus destaca que a certificação GLOBALG.A.P. reforça a preocupação da empresa em fornecer produtos seguros e saudáveis. “Com mais de 40 anos de tradição na produção e comercialização de laranjas e tangerinas, utilizamos sempre as melhores práticas, que unem tecnologia e trabalho manual, para garantir que os consumidores tenham acesso a ótimos produtos”.

FONTE: Revista Cultivar
#181129-01
29/11/2018

Exportações de carne em ritmo acelerado em novembro

Até a quarta semana do mês, média diária embarcada foi 24,6% maior do que no ano anterior

As exportações brasileiras de carne bovina têm mantido ritmo acelerado em novembro. Segundo o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, até a quarta semana do mês, o Brasil exportou 107.900 toneladas de carne bovina in natura.

O volume diário embarcado foi de 7.200 toneladas, alta de 24,6% na comparação anual e 16,4% frente à média de outubro de 2018. Se o ritmo continuar, o país exportará 143.840 toneladas de carne bovina in natura no acumulado de novembro.

O dólar valorizado ante o real tem colaborado com este cenário.

Apesar do mercado externo absorver, historicamente, cerca de 20% da produção de carne bovina, esta ainda é uma importante via de escoamento e o aumento da exportação do produto pode colaborar com a maior precificação da carne no mercado interno.

FONTE: Portal DBO
#181128-06
28/11/2018

Milho: bom ritmo de exportações sustenta preços no Brasil

Bolsa de de Chicago para o milho fechou com preços mistos, próximos da estabilidade

Os preços internos do milho ficaram firmes nesta terça-feira, dia 27. Segundo o analista de Safras & Mercado Paulo Molinari, o mercado paulista foi o mais valorizado. “De uma forma geral, o movimento de exportação segue bom, aliviando a pressão da oferta interna”, disse.

A Bolsa de de Chicago para o milho fechou com preços mistos, próximos da estabilidade. Durante boa parte do dia, o mercado tentou uma recuperação técnica frente às perdas da sessão anterior. As dúvidas quanto a um acordo entre Estados Unidos e China contribuíram para a pressão negativa no fim da sessão.

Com a colheita praticamente encaminhada nos EUA, as atenções agora se voltam para o clima na América do Sul. O mercado também foca as na reunião da cúpula do G-20, que ocorre na sexta-feira e no sábado, na Argentina.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou relatório sobre a evolução da colheita das lavouras de milho. Até 25 de novembro, a área colhida estava em 94%. Em igual período do ano passado o número era de 94%. A média para os últimos cinco anos é de 96%. Na semana anterior, o percentual era de 90 pontos.

FONTE: Sistema FAEP
#181109-03
09/11/2018

Exportação de café foi recorde em outubro

As exportações brasileiras de café bateram recorde mensal em outubro deste ano. Segundo dados divulgados ontem pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), os embarques somaram 3.746 milhões de sacas no mês passado, com aumento de 29,1% em relação às 2.9 milhões de sacas exportadas em igual mês de 2017.

Os volumes incluem café verde, torrado e moído, e café solúvel. Segundo o Cecafé, foram exportadas 3.091 milhões de sacas de café arábica, um aumento de 20,2% em relação à outubro de 2017. Os embarques de café conilon totalizaram 364.715 sacas, com aumento de 1.796,8% na comparação com o mesmo mês do ano passado.

Os embarques de café industrializado caíram 6,8%, para 290.942 sacas. O forte incremento das vendas externas de conilon no mês passado reflete a recuperação da safra no Espírito Santo, maior produtor da espécie no Brasil, após duas temporadas afetadas pela seca.

Apesar da alta nos volumes, a receita com as vendas externas de café em outubro ficou praticamente estável em relação a igual mês de 2017 (alta de 0,7%) e somou US$ 490.289 milhões. A razão é que o preço médio na exportação continua em queda, em decorrência da pressão nas cotações internacionais. Em outubro, o valor médio da saca foi US$ 130,86 por saca, 22% abaixo de igual mês de 2017.

No acumulado de janeiro a outubro, as exportações brasileiras de café alcançaram 27.501 milhões de sacas (café verde e industrializado), com alta de 10,3% sobre igual intervalo de 2017. Mas com os preços internacionais deprimidos, a receita com exportações de café no período caiu 4,9%, para US$ 4.042 bilhões.

Segundo o Cecafé, as vendas externas de arábica no período totalizaram 22.408 milhões de sacas, com alta de 2,6% sobre janeiro a outubro de 2017. Os embarques de conilon, por sua vez, cresceram expressivos 874,5% no período, para 2.072 milhões de sacas. O avanço também reflete a retomada produção capixaba.

“Os volumes de exportação de café foram muito positivos no mês de outubro, registrando um novo recorde de volume mensal atingido. Continuamos com os problemas de rolagem dos embarques nos navios. Caso contrário, poderíamos ter atingido o patamar de quatro milhões de sacas”, disse, em nota, Nelson Carvalhaes, presidente do Cecafé.

“Os dados indicam uma performance positiva para os próximos meses, encerrando o ano civil com bons resultados e consolidando cada vez mais a liderança do Brasil em volumes exportados e o compromisso com a qualidade e a sustentabilidade”.

FONTE: Notícias Agrícolas
#181109-01
09/11/2018

Exportação de carne bovina no acumulado até outubro. Dados de 10 anos!

Os dados de exportação de carne bovina do Brasil no acumulado de 2018, até outubro, é recorde histórico.

O ano de 2018 tem tudo para ser recorde histórico quando o assunto é embarques e faturamento de carne bovina, como sugerem os dados apresentados na Tabela abaixo.

Entre janeiro e outubro de 2018 o Brasil exportou o equivalente a US$4,59 bilhões em carne bovina, valor 11,2% superior ao faturamento observado no mesmo período de 2017 e inferior apenas ao total faturamento para o período, em 2014.

Apesar do faturamento na parcial de 2018 ser inferior a receita apurada em 2014, em termos de embarques de carne bovina, o valor de 2018 é recorde histórico para o período. Isso porque em 2018, até outubro, o Brasil exportou 1.096 mil toneladas de carne bovina in natura, valor 11,2% maior que o total comercializado em 2017 e superior ao recorde anterior de 2014, quando o País vendeu 1.028,9 mil toneladas de carne bovina in natura.

Pois é, em 2018 o faturamento apenas não é recorde histórico porque o preço médio da carne bovina é menor quando comparado ao preço praticado em 2014. Em 2014 o preço médio da carne bovina exportada do Brasil foi de US$4,71 mil por tonelada, enquanto entre janeiro e outubro de 2018 a média foi de US$4,19 mil por tonelada.

Vale destacar também que a exportação de carne bovina do Brasil cresceu 86,8% na última década, saindo de um faturamento de US$2,46 bilhões entre janeiro e outubro de 2009 para US$4,59 bilhões em 2018. Já em termos de embarques, o crescimento foi de 42,4% no período, variando de 769,3 mil toneladas para 1.096,0 mil toneladas.

Aliás, a Figura a seguir ilustra a evolução do ritmo de embarques de carne bovina do Brasil no acumulado até outubro de cada ano, de 2009 a 2018, em mil toneladas.

 

FONTE: Farmnews
#181108-02
08/11/2018

Exportação de carne suína sobe 11% em outubro

As exportações de carne suína in natura registraram alta de 11% em outubro deste ano, totalizando 54,3 mil toneladas. As informações divulgadas pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) indicaram que em receita, houve retração de 18,8%, alcançando US$ 97,3 milhões.

Considerando as vendas registradas entre janeiro e outubro, os embarques do setor alcançaram 450,2 mil toneladas, volume 10,5% menor que as 502,9 mil toneladas exportadas em 2017. Em receita, as vendas de 2018 atingiram US$ 925,8 milhões, 26,1% a menos que o saldo dos 10 primeiros meses do ano passado, com US$ 1,252 bilhão.

“A China continua se destacando como destino com maior elevação nas importações, compensando as perdas causadas pelo fechamento do mercado russo, agora, reaberto para o Brasil. As vendas para mercados da América do Sul, como Argentina, Chile e Uruguai, juntamente com Angola, também ajudaram a sustentar o bom desempenho de outubro”, explica Ricardo Santin, diretor-executivo da entidade.

Carne de frango
O levantamentos da ABPA também mostrou que os embarques de carne de frango totalizaram em outubro 366,3 mil toneladas, volume que supera em 0,4% as exportações realizadas no mesmo mês do ano passado, com 364,3 mil toneladas.

Em receita, as vendas do período alcançaram US$ 578,5 milhões, número 8,3% menor que o resultado obtido em outubro de 2017, com US$ 631,2 milhões.

No acumulado do ano, o setor exportou 3,425 milhões de toneladas, volume 6,7% menor que as 3,673 milhões de toneladas embarcadas entre janeiro e outubro de 2017. Em receita, a retração é de 11,2%, com US$ 5,4 bilhões de toneladas nos 10 primeiros meses deste ano, contra US$ 6,1 bilhões registrados no mesmo período do ano passado.

“A média das exportações registradas ao longo deste segundo semestre, de 397 mil toneladas mensais, superam em mais de 8% do desempenho alcançado no ano passado, o que confirma a perspectiva de recuperação apontada pela ABPA para 2018”, destacou Francisco Turra, presidente da entidade.

FONTE: Alvorada Notícias
#181106-01
06/11/2018

JBS fecha acordo de US$ 1,5 bi com Alibaba para vender carnes à China

A JBS assinou hoje um memorando de entendimentos com a Win Chain, subsidiária do grupo chinês Alibaba, para exportar carnes do Brasil ao país asiático nos próximos três anos. O acordo, de US$ 1,5 bilhão (mais de R$ 5,5 bilhões ao câmbio de hoje), foi fechado na feira China International Import Expo (CIIE), em Xangai. A expectativa é que os primeiros embarques do contrato aconteçam em 30 dias.

Em entrevista ao Valor, o presidente da JBS Carnes, Renato Costa, disse que a carne bovina deverá ser o produto incluído no contrato mais demandado pelos chineses. Segundo o executivo, a JBS já vinha desenvolvendo cortes e embalagens de carne para atender ao comércio eletrônico.

Em parceria com a Win Chain, braço de alimentos frescos do Alibaba, a empresa brasileira já havia feito alguns embarques “piloto”, disse Costa. Na China, a logística de distribuição dos produtos da JBS ficará por conta da Win Chain. “Eles têm toda a plataforma logística”, acrescentou.

Segundo Costa, o acordo firmado com a JBS faz parte de um pacote de US$ 200 bilhões em compras assinado hoje pela Win Chain com diversas empresas de alimentos. Ao longo dos próximos quatro anos, o braço do Alibaba gastará US$ 50 bilhões anuais em importação.

Atualmente, a JBS conta com seis frigoríficos de bovinos no Brasil autorizados a vender aos chineses. De acordo com o executivo, essas unidades são capazes de cumprir o novo contrato com a Win Chain e também com os atuais fornecedores. A China já é o maior destino das exportações de carne bovina da JBS a partir do Brasil, disse o executivo.

Neste ano, lembrou Costa, a JBS investiu R$ 45 milhões para ampliar a capacidade dos frigoríficos de Iturama e Ituiutaba, em Minas Gerais. Essas duas unidades estão entre as plantas autorizadas a exportar aos chineses. Além dessas, a JBS também pode vender pelas unidades de Lins (SP), Andradina (SP), Mozarlândia (GO) e Barra do Garças (MT).

Entre janeiro e setembro, o Brasil exportou 227,6 mil toneladas de carne bovina à China, o que representou 18% do volume total comercializado no período, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) compilados pelo Ministério da Agricultura. Em receita, as importações chinesas renderam mais de US$ 1,2 bilhão.

Durante a China International Import Expo (CIIE), uma das maiores feiras da China, a JBS ocupou posição de destaque. Na abertura do evento, Renato Costa representou a empresa em um encontro privado com o presidente da China, Xi Jinping. Desse encontro participaram 21 CEOs de todo o mundo. Costa foi o único de uma empresa sul-americana.

FONTE: Valor Econômico
#181025-02
25/10/2018

Exportação de carne bovina diminui, mas segue acima do registrado em 2017

Segundo o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, até a terceira semana de outubro o Brasil exportou 95,1 mil toneladas de carne bovina in natura.

O volume diário embarcado foi de 6,8 mil toneladas, queda de 14,4% na comparação com a média diária de setembro último. Entretanto, na comparação com outubro de 2017, houve alta de 20,2%.

Caso o ritmo de embarque continue até o fim do mês, o país deverá exportar 149,42 mil toneladas, o que seria o segundo maior volume exportado.

A desvalorização do dólar frente ao real explica a queda do embarque em outubro em relação ao mês anterior.

Porém, mesmo com a variação cambial, o dólar segue em patamares mais altos em relação ao ano anterior.

FONTE: Scot Consultoria
#181025-01
25/10/2018

Produção deve subir 50% nos próximos 5 anos

Em discurso no Partnership Meeting 2018, o encontro anual da World Cocoa Foundation (WCF), a Fundação Mundial do Cacau, em São Paulo, o ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) estimou aumento da produção brasileira de cacau em 50% nos próximos cinco anos, atingindo 300 mil toneladas anuais, e aumento de 100% na produção de amêndoas em dez anos.

O ministro, que destacou a sustentabilidade da produção agropecuária do País, disse que esse aumento está previsto no Plano de Expansão Sustentável da Produção. E lembrou que, na Amazônia, de onde o fruto é originário, tem revelado crescimento médio de 10 mil hectares por ano de sistemas agroflorestais com o produto, incluindo a recuperação de áreas degradadas. Como árvore nativa desse bioma, foi inserida na Linha ABC do Plano Safra 2018/2019 para o crédito agrícola.

O evento internacional acontece pela primeira vez no Brasil e visa ações voltadas às parcerias público-privadas do setor. Entre as metas do setor produtivo, de acordo com a Ceplac, vinculada ao Mapa, é retomar a posição do Brasil de maior produtor mundial de cacau, que tinha na década de 1980, quando produzia 400 mil toneladas anuais.

Exportação – Blairo Maggi adiantou que estão em andamento “tratativas finais visando reconhecimento internacional para exportar 20% do cacau brasileiro com selo de qualidade diferenciada. Queremos vender para o mundo o cacau ‘fino e de aroma’, para entrarmos no seleto clube dos 12 países que possuem essa distinção, o que vai nos possibilitar vender o produto especial pelo dobro do preço médio comercializado atualmente”.

Isso será possível, segundo o ministro, com o retorno do País como membro efetivo, com direito a voto, do International Cocas Organization (ICCO). “Às vezes, não é dada a devida importância a um fórum como esse ou outro. Mas é nesses fóruns que saem as linhas para o futuro, onde são estabelecidas as políticas. Por isso a importância de estar todo mundo junto”.

Maggi disse ainda que “temos um grande mercado a conquistar com a venda de produtos com maior valor agregado. O Brasil tem a tendência à especialização em produção de chocolates orgânicos, chocolate gourmet, entre outros nichos de mercado que queremos e podemos alcançar”.

O Brasil possui todos os elos da cadeia produtiva do cacau e do chocolate, desde a produção de amêndoas, passando pelo processamento, até chegar à produção do chocolate. “É uma vantagem competitiva rara que possuímos e temos que explorá-la”, afirmou.

FONTE: Diario do Comércio

#181024-07
24/10/2018

Exportação de carne bate recorde em agosto, diz Abrafrigo

A exportação total de carne bovina (in natura e processada) alcançou 173.826 toneladas em agosto, estabelecendo um novo recorde mensal no setor, e representou um crescimento de 19% sobre agosto de 2017, quando as exportações foram de 145.550 toneladas. A receita cambial no mês passado aumentou 16%, passando de US$ 605,3 milhões em agosto de 2017 para US$ 699,8 milhões em igual mês de 2018.

As informações são da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), que compilou os dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), por meio da Secex/Decex.

Segundo a Abrafrigo, o total exportado já supera 1 milhão de toneladas nos oito primeiros meses de 2018: até agosto de 2017, haviam sido exportadas 929.284 toneladas e, neste ano, foram embarcadas 1.014.841 toneladas, num aumento de 9%. A receita correspondente é de US$ 3,77 bilhões em 2017 e, neste ano, já alcança US$ 4,2 bilhões, um crescimento de 12%. A associação prevê que até o fim do ano o País atingirá a meta de crescer 10%, ultrapassando 1,5 milhão de toneladas de carne bovina exportada.

A China continua comandando o crescimento das exportações brasileiras. Pela Cidade Estado de Hong Kong foram movimentadas 249.808 toneladas nos oito primeiros meses do ano, num crescimento de 16% em relação ao mesmo período de 2017, enquanto pelo continente a movimentação somou 191.118 toneladas, num aumento de 49% em relação ao ano passado.

O Egito também vem ampliando suas importações (+25%), com 104.180 toneladas; Chile (+92%), com 75.062 toneladas e quase todos os países integrantes da União Europeia.

A Abrafrigo destaca, ainda, a participação do Uruguai que, em 2017, até agosto, tinha importado apenas 2 mil toneladas da carne bovina brasileira e neste ano comprou 35.834 toneladas, se encontrando na sexta posição entre os maiores clientes do País.

Além da Rússia, que não faz negócios envolvendo carne bovina brasileira desde dezembro de 2017, as maiores quedas nas importações entre os grandes clientes do Brasil foram: Estados Unidos (-30%); Irã (-25%) e Arábia Saudita (-23%). No total, até agosto, 95 países ampliaram as aquisições e outros 55 reduziram as compras de carne bovina brasileira.

FONTE: Cuiabá Hoje
#181024-02
24/10/2018

2019: tendências da exportação mundial de carne de frango

Em suas primeiras projeções sobre o provável comportamento das exportações mundiais de carne de frango em 2019, o Departamento de Agricultura dos EUA estima que as vendas externas do produto brasileiro aumentarão perto de 2,5%, ou seja, menos que a média mundial (+4,18%), menos que os EUA (+2,85%) e bem menos que dois antigos integrantes da União Soviética, Ucrânia e Rússia, cujas exportações tende a um crescimento de, respectivamente, 16% e 20%. Isto para não falar da Argentina, que pode aumentar suas vendas em 16%.

O desempenho previsto para os nossos vizinhos é exuberante. Mesmo assim não se pode deixar de notar que, em comparação a 2014 (um quinquênio), o previsto é uma redução superior a 47% e que não é exclusividade da avicultura argentina: no período, as exportações dos norte-americanos decrescem acima de 3% e a do Canadá 5%. Enquanto as brasileiras crescem pouco mais de 6%.

É verdade, neste caso, que estamos abaixo da média mundial (quase 11% de acréscimo no quinquênio) e muito aquém, entre outros, de União Europeia e Tailândia (+32% e +64%, respectivamente). Mas a baixa evolução das exportações brasileiras está relacionada, também, à expansão de exportadores que, até recentemente, eram grandes importadores de carne de frango. Casos, por exemplo, da Rússia (+260%), da Ucrânia (+108%) e de Belarus (+63%).

Segundo o USDA, o volume total previsto para 2019 representa novo recorde mundial. Mas o recorde não se aplica ao Brasil que, nas estatísticas do órgão norte-americano, exportou seu maior volume em 2016, ocasião em que a quantidade embarcada ficou em 3,889 milhões de toneladas e representou 36,3% do total exportado mundialmente (notar, em relação a esse volume, que o USDA desconsidera as exportações de pés/patas de frango).

 

FONTE: Avisite

#181023-02
23/10/2018

Exportação de milho do Brasil perde ritmo em relação a setembro e soja mantém a força

As exportações de milho do Brasil somaram em outubro 162.400 toneladas por dia em média, até a terceira semana do mês, contra 180.000 toneladas na média de setembro, segundo dados divulgados ontem (22/10) pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

Faltando uma semana e meia para o final do mês, o volume de milho exportado no acumulado de outubro somou 2.27 milhões de toneladas, contra 3.4 milhões de toneladas no mês passado. Em outubro do ano passado, o Brasil, um dos maiores exportadores globais de milho, embarcou mais de cinco milhões de toneladas.

Com os embarques já realizados, as exportações de milho do Brasil, de acordo com dados do governo, somam no acumulado do ano cerca de 15 milhões de toneladas. De janeiro a setembro do ano passado, haviam acumulado 16.7 milhões de toneladas.

Os embarques do cereal foram prejudicados este ano pelos custos adicionais decorrentes da tabela de frete rodoviário mínimo, estabelecida após a greve dos caminhoneiros em maio.

Integrantes do mercado falaram anteriormente que o Brasil pode exportar cerca de 20 milhões de toneladas em 2018, contra mais de 30 milhões de toneladas no ano passado.

Soja mantém a força

As exportações de soja do Brasil, maior exportador global da oleaginosa, estão fortes, na esteira da demanda da China, registrando média diária para outubro superior à fechada de setembro (280.500 toneladas, contra 242.700 toneladas).

Com isso, os embarques em outubro se aproximaram de quatro milhões de toneladas, contra 4.6 milhões de toneladas em setembro e 2.5 milhões de toneladas em outubro de 2017.

As exportações no acumulado do ano já somam 73.1 milhões de toneladas, segundo dados do governo. No ano passado, de janeiro até setembro, tinham somado 61 milhões de toneladas.

FONTE: SNA - Sociedade Nacional de Agricultura
#181023-01
23/10/2018

Comércio internacional: RS vai retomar exportação de carne de frango para o Chile

A documentação que oficializa a decisão deve ser enviada ao Brasil até o fim do mês

O Chile vai retomar as compras de carne de frango do Rio Grande do Sul, após 12 anos de suspensão. O comércio será restabelecido pois o Chile reconheceu o estado como livre da Doença de Newcastle. “A documentação do serviço sanitário chileno (Servício Agrícola y Ganadero - SAG), que vai oficializar a decisão, será enviada ao Brasil até o final deste mês”, informou o diretor do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Guilherme Marques.

Marques esteve na quarta-feira (17), no Chile, tratando de temas sanitários e foi informado da reabertura do comércio, já que foram satisfatórios resultados de missão chilena realizada no RS, entre 30 de abril e 10 de maio. O representante do Serviço Veterinário Oficial (SVO) visitou áreas de produção de aves, Unidades Veterinárias Locais (UVL), o Serviço Veterinário Estadual e a Superintendência Federal da Agricultura (SFA/RS), a fim de coletar informações quanto aos controles sanitários para manutenção dos plantéis avícolas gaúchos e para avaliar as medidas que asseguram que encontram-se livres da doença de Newcastle.

Em julho de 2006, o Chile havia suspendido as compras de carne de frango dos criadores gaúchos, após um caso de Doença de Newcastle ter sido constatado em uma ave no município de Vale Real, na região do Vale do Caí. Desde então, o Mapa realizou gestões junto ao governo chileno para que essa restrição fosse revista, já que o caso foi isolado, registrado em uma propriedade de subsistência, e, ocorreu em animais não oriundos do sistema tecnificado produtivo do estado.

A retomada dos embarques de carne de frango ao Chile é um pleito antigo do setor avícola, tendo em vista a importância socioeconômica deste segmento para os criadores gaúchos. O país representa um mercado importante, tem critérios exigentes para habilitação de estados e estabelecimentos. “A aprovação dos controles sanitários do RS mostra a eficiência do SVO do estado e do Mapa”, segundo Guilherme Marques.

O Rio Grande do Sul responde por 14 % da produção carne de frango brasileira. Em relação ao mercado internacional, 18% das exportações são procedentes do estado, direcionadas para mais de 150 países. Pelas estimativas da Associação Gaúcha de Avicultura (ASGAV), nos últimos 12 anos, o estado deixou de exportar para aquele país cerca de 385 mil toneladas de carne de frango.

FONTE: Portal do Agronegócio

#181017-01
17/10/2018

Importações chinesas de carne suína devem crescer 8% neste ano

Departamento de Agricultura dos Estados Unidos estima que volume chegue a 1,75 milhão de toneladas

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) projeta que as importações de carne suína pela China subam 8% neste ano para 1,75 milhão de toneladas. A agência estima também que no próximo ano esse volume seja ainda maior.

A perspectiva pode fornecer suporte para os preços globais, que estão pressionados devido ao recuo na demanda chinesa. Mas, segundo o USDA, apesar do incremento, as importações chinesas tendem a permanecer abaixo dos níveis de 2016, em meio à expansão do setor chinês de carne suína.

Já os futuros de suínos, negociados na Bolsa Mercantil de Chicago (CME, na sigla em inglês), avançaram nos últimos dias. Dennis Smith, da consultoria Archer Financial Services, considera que novos relatos de peste suína africana (ASF, na sigla em inglês) na China provavelmente levem ao abate de milhares de animais. "Caso contrário, a doença continuará se espalhando como uma epidemia", acrescenta.

FONTE: Globo Rural
#181016-06
16/10/2018

Brasil faz ação para promover carne bovina na Europa

Em parceria com a Apex-Brasil e presença de 20 empresas associadas, Abiec participa da Sial Paris para divulgar a qualidade da carne bovina brasileira

De olho no desempenho da carne brasileira no mercado europeu, a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC) novamente irá marcar presença na Sial Paris, uma das principais feiras de alimento do mundo, que acontece de 21 a 25 de outubro na capital francesa. A ação é feita em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), com quem a ABIEC desenvolve o projeto Brazilian Beef, de promoção internacional do produto nacional.

Com um estande de 990 metros quadrados, o espaço brasileiro contará com a participação de 20 empresas associadas: Agra, Barra Mansa, Boi Brasil, Cooperfrigu, Fortefrigo, Frigol, Frigon, Frigosul, Frigotil, Frisa, Iguatemi, JBS, Mafripar, Marfrig, Masterboi, Mataboi, Minerva Foods, Naturafrig, Rio Maria e Xinguara.  Como parte da ação de promoção, ao longo da feira, serão servidos 950 quilos de carne bovina brasileira, em cortes como picanha, filé mignon, contrafilé e cupim, para degustação.

A Europa é um dos mercados mais importantes do Brasil e responde por 12,6% das exportações. Em 2017 o Brasil exportou quase 110 mil toneladas de carne para o continente, com receita de USD 709 milhões. De janeiro a setembro deste ano, já foram embarcadas 85 mil toneladas de carne bovina, com faturamento USD 620 milhões. Crescimento de 12% e 26% respectivamente. “A Europa é um mercado importante e exigente. E a feira é uma ótima oportunidade para mostrar toda a qualidade e controle da carne bovina brasileira”, afirma o presidente da ABIEC, Antônio Jorge Camardelli.

A participação brasileira contará ainda com dias temáticos, com objetivo de mostrar a diversidade da produção nacional. Em parceria com a Câmara de Comércio Árabe Brasileira, será promovido o Halal Day, com foco no público dos países mulçumanos. O estande da ABIEC também irá abrigar o Angus Day, feito em parceria com a Associação Brasileira de Angus. “É importante mostrar a capacidade que o Brasil possui de atender as mais diferentes exigências dos mercados internacionais”, ressalta Camardelli.

FONTE: Notícias Agrícolas
#181016-05
16/10/2018

País deve elevar importação de trigo em 2018

Em cenário de incertezas sobre a cotação do dólar, moinhos ainda não sabem o quanto pagarão pelo produto e não preveem repasse de preços; Argentina é o principal fornecedor do Brasil.

A baixa qualidade e o menor volume de produção de trigo no Paraná, principal produtor do cereal no Brasil, devem fazer com que os moinhos ampliem as importações neste ano. A expectativa é que o País importe 7 milhões de toneladas em 2018.

De acordo com o conselheiro da Associação Brasileira das Indústrias de Trigo (Abitrigo), Marcelo Vosnika, desde o começo da safra 2018 já havia uma expectativa de uma importação entre 6,5 milhões de toneladas e 7 milhões de toneladas, devido à expectativa de área menor de cultivo no Paraná. Até agosto deste ano, o Brasil importou 4,5 milhões de toneladas, segundo a associação. A média anual tem sido de 5,5 milhões de toneladas por ano.

Ainda conforme a Abitrigo, o Brasil importou 6 milhões de toneladas em 2017. “Agora, a tendência é que a importação chegue a 7 milhões de toneladas, bem próximo do recorde”, estima o dirigente, referindo-se à perspectiva de perdas nas lavouras paranaenses devido ao clima.

FONTE: Notícias Agrícolas
#181016-02
16/10/2018

Trigo: produção aumenta no Brasil e Argentina, mas oferta global deve cair

A safra brasileira do cereal deve aumentar 26,6%. Na Argentina, alta pode ser de 5,4% em relação ao ciclo anterior

Apesar das adversidades climáticas no Brasil e na Argentina, a produção de trigo nesses países deve ser maior que na temporada anterior. Já a oferta mundial pode ser menor.

De acordo com dados divulgados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a oferta brasileira da atual temporada deve chegar a 5,4 milhões de toneladas, 26,6% a mais que a da safra anterior. Isso é resultado da maior produtividade no campo, que deve aumentar 19%, e do incremento de 6,4% na área.

Na Argentina, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estima produção de 19,5 milhões de toneladas, volume 5,4% acima da safra passada.

Mundialmente, a estimativa do órgão americano aponta redução de 3,8% na produção do cereal, com 730 milhões de toneladas. Os dados mostram menor oferta na Rússia (-17,6%), Austrália (-13,1%) e União Europeia (-9,3%) no comparativo com a safra anterior. O USDA aponta que nessas três regiões produtoras a oferta restrita se deve ao clima desfavorável, que afetou a produtividade da safra.

FONTE: Folha de São Paulo
#181015-08
15/10/2018

Evolução da exportação de carne de frango, bovina e suína em 20 anos

O Farmnews apresenta dados da evolução da exportação de carne de frango, bovina e suína do Brasil nas últimas 2 décadas.

A Tabela a seguir apresenta os dados de receita com a exportação de carne de frango, bovina e suína “in natura” do Brasil e a respectiva variação acumulada entre os meses de janeiro a setembro de 1999 a 2018, segundo dados do MDIC.

E os dados da evolução da exportação de carnes “in natura” do Brasil destacam o crescimento das vendas de carne bovina, com alta acumulada acima de 1.100% entre os anos de 1999 a 2018.

A exportação de carne bovina do Brasil entre os meses de janeiro e setembro cresceu 1.139,5% de 1999 a 2018, passando de um faturamento de US$326,3 milhões em 1999 para US$4.011,5 milhões em 2018.

No mesmo período, o crescimento das vendas de carne de frango e suína do Brasil foi de 563,5% e 834,3%, respectivamente. Isso porque entre janeiro e setembro de 1999 o Brasil exportou o equivalente a US$659,8 milhões em carne de frango e no mesmo período de 2018, US$4.377,9 milhões. Pois é, apesar do crescimento do mercado de exportação de carne bovina ser maior no período, em termos absolutos o comércio de carne de frango brasileira para o exterior é superior.

Já a exportação de carne suína do Brasil evoluiu de um faturamento de US$84,0 milhões entre janeiro e setembro de 1999 para US$784,7 milhões no mesmo período de 2018.

A Figura a seguir ilustra a evolução da exportação de carnes do Brasil, considerando a variação acumulada das receitas, entre os anos de 1999 a 2018.

FONTE: Farm News
#181015-02
15/10/2018

Brasil embarca 165,3 mil toneladas de carne de frango em outubro

Volume representa US$ 247,9 milhões exportados

Na segunda semana de outubro de 2018, com 4 dias úteis, foram embarcadas 165,3 mil toneladas de carne de frango in natura, chegando a US$ 247,9 milhões.  A média diária teve uma leve alta de 4,1% em relação ao mês de setembro e alta de 15% em relação a 2017.

O valor pago por tonelada foi menor, representando uma queda de 2,6% referente a setembro e de 10,1% referente a outubro de 2017.

Em resultados gerais a balança comercial registrou superávit de US$ 1,746 bilhão, resultado de exportações no valor de US$ 4,467 bilhões e importações de US$ 2,721 bilhões. No mês, as exportações somam US$ 9,519 bilhões e as importações, US$ 6,460 bilhões, com saldo positivo de US$ 3,059 bilhões. No ano, as exportações totalizam US$ 189,178 bilhões e as importações, US$ 141,805 bilhões, com saldo positivo de US$ 47,374 bilhões.

FONTE: Avicultura Industrial
#181015-01
15/10/2018

Carnes: as projeções da CONAB para 2018

Nas projeções da CONAB, embora menor (queda de 0,29%), a produção brasileira de carnes em 2018 deve manter-se, como em 2017, em torno dos 26,2 milhões de toneladas. A queda, neste caso, estará sendo determinada pela produção de carne de frango, prevista em 13,4 milhões de toneladas, 1,34% menos que no ano passado.

Na exportação, a carne de frango também recua. Mas a queda projetada, de 2,18%, é inferior à prevista para a carne suína, de praticamente 15%. Como resultado, as exportações totais, de pouco mais de 6,7 milhões de toneladas, recuarão 2,39% no ano.

A disponibilidade interna total tende a um crescimento médio próximo de meio por cento. Mas em decorrência, sobretudo, do forte retrocesso nas exportações de carne suína. Nestas projeções, a disponibilidade de carne de frango será perto de 1% menor.

Como corolário, a disponibilidade per capita das três carnes somadas tende a um recuo inferior a meio por cento. Mas, novamente, a contribuição maior para a (quase) manutenção dessa disponibilidade vem da carne suína, pois o per capita da carne bovina tende a uma redução de 0,3% e o da carne de frango de 1,77%.

FONTE: Avisite
#181008-03
08/10/2018

Aumentou o número de UFs exportadoras de carne de frango

Operações de escoamento da soja baiana no terminal de Cotegipe vão até janeiro; há até 'overbook' de navios

O último dado da SECEX/MDIC relativo às Unidades Federativas brasileiras exportadoras de carne de frango surpreende. Porque aumentou em quase 30% o número de UFs que efetuam negociações externas com o produto: no fechamento do primeiro semestre eram 17; agora elas somam 22 UFs.

Detalhando, entre janeiro e junho deste ano o rol de UFs exportadoras foi composto pelos três estados do Sul (PR, SC e RS), pelas quatro UFs do Centro-Oeste (MS, GO, MT e DF), por três do Sudeste (SP, MG e ES), por três do Nordeste (PE, BA e PB) e por quatro da Região Norte (TO, PA, RR e AM).

Agora, passam a integrar o “clube” os estados do Acre e Rondônia, pela Região Norte; Ceará e Maranhão, pelo Nordeste; e o Rio de Janeiro, pelo Sudeste. Isto, sem contar que o último dado da SECEX/MDIC traz uma inédita Zona Não Declarada, com pouco mais de uma tonelada de produto exportado.

Nada disso, porém, altera o status anterior das exportações. Ou seja: a Região Sul permanece na liderança absoluta e com participação crescente no setor. Nos mesmos nove meses de 2017 respondeu por 77,29% do total exportado e, neste ano, por 79,45%, quase 3% a mais. 

Vale notar, aqui, que esse ganho foi proporcionado sobretudo por Santa Catarina, já que Paraná e Rio Grande do Sul registraram redução no volume exportado. Aliás, junto com Santa Catarina, apenas três outros estados fecharam os nove primeiros meses de 2018 com aumento no volume exportado: Espírito Santo, Paraíba e Roraima.

FONTE: Avisite

#181008-02
08/10/2018

Abrafrigo: exportação de carne bate recorde em setembro, para 178,5 mil t

Operações de escoamento da soja baiana no terminal de Cotegipe vão até janeiro; há até 'overbook' de navios

A exportação total de carne bovina em setembro (in natura e processada) registrou novo recorde em setembro, atingindo volume de 178.513 toneladas, um crescimento de 32% sobre o mesmo mês do ano passado (135.467 toneladas). A receita cambial alcançou no mês passado US$ 698 milhões, representando elevação de 26% ante igual mês de 2017 (US$ 554,6 milhões).

As informações são da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) que compilou os dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), por meio da Secex/Ddecex.

Com esse resultado, no acumulado do ano, o Brasil já exportou 1.193.605 toneladas do produto, em comparação com 1.064.752 no mesmo período do ano passado, o que corresponde a um aumento de 12%. Em receita, nos primeiros nove meses do ano, o total atinge US$ 4,9 bilhões ante US$ 4,3 bilhões em 2017, ou 13% de crescimento.

Em setembro foram exportadas 150,7 mil toneladas de carne in natura e 28,8 mil toneladas de carnes processadas.

A Abrafrigo considera que, caso as exportações se mantenham no mesmo ritmo de agosto e setembro, que foram recorde, a meta de crescer 10% neste ano será facilmente atingida, podendo se aproximar de 15%.

O principal destino do produto nacional continua sendo a China que, por meio da cidade-Estado de Hong Kong e pelas importações realizadas pelo continente, comprou, nos nove primeiros meses deste ano, 517.084 toneladas do produto brasileiro, ante 392.745 toneladas no mesmo período de 2017. Com isso, o país asiático passou a representar 43,3% das vendas brasileiras em 2018, ante 36,9% em 2017.

Também apresentaram aumento relevante: Egito, que passou de 104.618 toneladas em 2017 para 125.576 toneladas em 2018 (+ 20%); Chile, que foi de 43.910 toneladas para 84.208 toneladas (+92%) e Uruguai, que saiu de apenas 2.653 toneladas para 37.266 toneladas neste ano (+304%).

No total, 100 países aumentaram suas compras enquanto outros 54 reduziram. A Abrafrigo destaca, ainda, a ausência da Rússia, que já foi o maior comprador do produto brasileiro em anos passados e que zerou suas importações desde dezembro de 2017. No ano passado aquele país havia adquirido 116.804 toneladas de carne bovina brasileira.

FONTE: Terra
#181003-01
03/10/2018

Qualidade do arroz brasileiro aumenta competitividade com os EUA

De março a agosto, conforme números do Irga, já foram exportadas 767,87 mil toneladas. A estimativa do setor é de que se supere 1,2 milhão de toneladas previstas pela Companhia Nacional de Abastecimento

Pela primeira vez em sete anos, desde que se deu início às exportações de arroz em casca pelo Brasil, o país vem aumentando sua competitividade em relação ao arroz produzido nos Estados Unidos. Segundo informações da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) vem sendo pago um prêmio aproximado de US$ 15,00 por tonelada em relação aos países da América Central, região importadora e exigente em qualidade.

O presidente da Federarroz, Henrique Dornelles, afirma que o setor comemora essa conquista que foi construída junto com outras entidades e as tradings que operam com exportação do grão. “O arroz brasileiro vem se consolidando em função de sua qualidade. Está sendo muito importante o trabalho realizado pelas tradings, pela Federarroz e pelo Inistituto Rio Grandense do Arroz (Irga)”, destacou.

De março a agosto, conforme números do Irga, já foram exportadas 767,87 mil toneladas. A estimativa do setor é de que se supere 1,2 milhão de toneladas previstas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para o ano comercial, de março de 2018 a fevereiro de 2019, sendo assim confirmando a expectativa de que os estoques de passagem para o arroz sejam os mais justos dos últimos anos.

FONTE: Canal Rural
#180926-03
26/09/2018

Exportadores de carne suína comemoram abertura do mercado da Índia

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) divulgou comunicado no qual comemora a abertura do mercado indiano para a carne suína do Brasil, conforme anunciado na terça-feira, 25, pelo Ministério da Agricultura. O presidente da ABPA, Francisco Turra, informou que as negociações entre brasileiros e indianos, para tornar viável as exportações de carne suína, estavam na pauta das relações comerciais dos dois países há, pelo menos, quatro anos, a partir de um pedido feito pela ABPA ao governo brasileiro.

"Se por um lado é uma vitória para o Brasil, por outro, é o reconhecimento da capacidade brasileira de ofertar produtos com excelência acerca da qualidade dos produtos e do preservado status sanitário, especialmente neste momento em que diversas nações produtoras sofrem com incontáveis focos de peste suína africana", disse o presidente da ABPA no comunicado.

A agilidade nas tratativas ocorreu após visita do ministro Blairo Maggi à Índia. País com a segunda maior população mundial, com 1,3 bilhão de habitantes, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), e crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) acima de 6%, de acordo com o Banco Mundial, a Índia é um dos mais ambicionados mercados para o setor de proteína animal mundial, explicou Ricardo Santin, diretor-executivo da ABPA.

"Com uma renda per capita crescente, o país passa por um intenso processo de urbanização, o que gera a necessidade de oferta de produtos e uma natural migração do consumo, com maior presença de proteínas animais na composição da cesta de alimentos. Neste contexto, o setor brasileiro buscará preencher lacunas não ocupadas pelos produtores locais, como o food service para hotéis e outros nichos de mercado emergentes", destacou Santin.

FONTE: Terra
#180918-01
18/09/2018

Safra 2018 de café deve ser a maior da história com 60 milhões de sacas

Os dados foram divulgados pela Conab nesta terça-feira. O volume representa um crescimento de 33,2% em relação à safra passada

O terceiro levantamento da safra 2018 de café, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) nesta terça-feira, dia 18, confirmou que o Brasil terá a maior produção da sua história. Ao todo, deverão ser colhidas 59,9 milhões de sacas de 60 quilos, o que representa um crescimento de 33,2% em relação à safra passada, que alcançou 45 milhões de sacas.

Do total estimado, 45,9 milhões de sacas são do café arábica que teve um aumento de 34,1%. Já o café conilon, com menor volume, deverá alcançar 14 milhões de sacas, o que representa um aumento de 30,3%. De acordo com o estudo, a bienalidade positiva e as boas condições climáticas são as principais responsáveis pelos bons resultados. Soma-se a isto, o avanço da tecnologia neste setor, sobretudo em relação à produtividade.

O período mais recente de alta bienalidade ocorreu em 2016, quando o Brasil teve uma produção de 51,4 milhões de sacas que foi considerada, até então, a maior safra do grão no país, superada agora por esse recorde deste ano.

Minas Gerais continua como o maior estado produtor, com 31,9 milhões de sacas, sendo 31,6 milhões do arábica e 218,3 mil sacas do conilon. No Espírito Santo, a produção chegou a 13,5 milhões de sacas, com 8,8 milhões para conilon e 4,7 milhões para arábica.

Em São Paulo, a produção é exclusivamente de café arábica e a quantidade chegou a 6,2 milhões de sacas. A Bahia teve uma produção de 2,9 milhões do conilon e 1,9 milhão do arábica.

Outro estado que apresentou bons resultados foi Rondônia, com uma produção de 1,9 milhão de sacas, devido ao maior investimento na cultura, com a produtividade aumentando significativamente nos últimos 6 anos, passando de 10,8 sacas por hectare em 2012 para 30,9 sacas na safra atual.

A área total engloba os cafezais em formação e em produção em todo o país e deve alcançar 2,16 milhões de hectares, sendo 294,4 mil para o café em formação e 1,86 milhão de hectares para o que está em produção.

FONTE: Canal Rural
#180917-01
17/09/2018

FEIJÃO: Cenário atual e futuro

Em agosto se vendeu abaixo do preço de custo. Devemos ter diminuição na área plantada

Na última reportagem da série, o Portal Agrolink questionou o presidente do Instituto Brasileiro do Feijão e dos Pulses (Ibrafe), Marcelo Lüders, sobre como está o momento econômico do mercado do feijão no Brasil. “No feijão-carioca [principal variedade], produtores estão com margens muito baixas este ano. Inclusive durante agosto se vendeu abaixo do preço de custo”, lamenta.

Por outro lado, diz o especialista, no feijão-rajado os produtores estão vendendo com boa margem, de até 30%. “Pela primeira vez está sendo exportado”, comemora Lüders. Ele acrescenta que, o feijão-preto está com preço estável, dando pequena margem média na faixa de 20%, enquanto no feijão-caupi do Mato Grosso há excesso de oferta.

Perguntado sobre quais seriam as explicações para esse cenário atual, o presidente do Ibrafe diz que 70% da área é plantado com feijão-carioca, e há aumento de produtividade. Além disso aponta a capacidade de armazenagem (com armazéns climatizados), variedades que não perdem a cor e, por fim, aumento de área de pivôs de irrigação.

“Devemos ter, no início do próximo ano, diminuição na área plantada com feijão-carioca e um pequeno aumento da área plantada com feijão-rajado e preto. Portanto há chance do feijão-carioca ter um preço médio melhor no primeiro trimestre de 2019 do que entre junho-agosto de 2018. Se houver este cenário os produtores se sentirão confiantes para novamente aumentar a área de plantio da segunda safra de feijão-carioca. Recomendo buscar informações, pouco antes da época do plantio, de quais são as previsões para o momento da colheita. Bem orientado, o produtor poderá aproveitar bons momentos de mercado de outros feijões”, conclui.

FONTE: Agrolink
#180913-01
13/09/2018

Exportações brasileiras avançam 33,4%

A exportação de café verde do Brasil em agosto atingiu 3,07 milhões de sacas de 60 kg, crescimento de 33,4% na comparação com o mesmo mês do ano passado, com impulso de uma grande colheita que também registra boa qualidade, afirmou ontem o Conselho dos Exportadores de Café (Cecafé).

“Os resultados das exportações do café brasileiro no mês de agosto apresentaram, conforme prevíamos, um crescimento muito significativo, registrando um dos maiores volumes mensais dos últimos dois anos”, declarou o presidente do Cecafé, Nelson Carvalhaes, em comunicado.

Segundo ele, com a boa safra e a colheita praticamente encerrada, “os números confirmam o ótimo desempenho do café arábica, bem como a forte recuperação do café conilon”.

Os maiores embarques ocorrem também em um ambiente de dólar forte frente ao real, o que tende a impulsionar vendas do Brasil, o maior produtor e exportador global. O País está finalizando uma colheita recorde de 57,4 milhões de sacas, previu na véspera o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado contrasta com meses anteriores deste ano, quando as exportações brasileiras apresentaram volumes mínimos históricos, com o mercado lidando com baixos estoques antes da entrada da safra. “Os volumes do mês refletem ainda a excelente qualidade do produto brasileiro para atender ao exigente mercado internacional…”, declarou Carvalhaes, em referência à nova safra.

A exportação de café arábica do Brasil em agosto atingiu 2,54 milhões de sacas, alta de 11,6% na comparação anual. Já a exportação de café robusta somou 537,4 mil sacas, aumento de 1693% ante agosto do ano passado, quando os embarques sentiam os efeitos da seca.

Considerando a soma de café verde, solúvel e torrado e moído, o Brasil exportou 3,4 milhões de sacas de café, registrando crescimento de 30,4% em relação a agosto de 2017, quando o País exportou 2,6 milhões de sacas.

A receita cambial chegou a US$ 470,65 milhões, representando aumento de 10% em relação ao mesmo mês do ano passado.

No acumulado do ano de janeiro a agosto, o Brasil exportou 20,5 milhões de sacas, crescimento de 4,5% na comparação com igual período do ano passado. A receita cambial no período apresentou uma queda de 7,5%, alcançando US$ 3,1 bilhões.

O preço médio do café exportado em agosto teve queda de 15,6%, para US$ 138,24 por saca, enquanto os contratos futuros do arábica em Nova York oscilam perto de mínimas em 12 anos, na expectativa da grande safra do Brasil e com pressão do câmbio.

EUA, Alemanha e Itália se mantiveram, respectivamente, como os três principais destinos do café brasileiro. Os EUA importaram 3,6 milhões de sacas de café de janeiro a agosto, enquanto a Alemanha importou 3,1 milhões e a Itália, 1,9 milhão de sacas.

Em relação aos cafés diferenciados, no ano, o Brasil exportou 3,45 milhões sacas, uma participação de 16,9% no volume total do café exportado, e 20,5% da receita cambial, disse o Cecafé, ressaltando crescimento em volume de 15,9% em relação ao mesmo período de 2017.

FONTE: Diário do Comércio
#180910-01
10/09/2018

Exportação de carne in natura do Brasil cresce 17,6% em agosto e atinge recorde

Segundo dados da Secex (Secretaria Comércio Exterior), a exportação de carne bovina in natura do Brasil somou 144,42 mil toneladas em agosto, um novo recorde histórico. 

O volume embarcado pelo Brasil, maior exportador global de carne bovina, representou um aumento de 17,6% na comparação com o mesmo mês do ano passado.

O recorde de agosto apagou a maior marca registrada anteriormente pelo setor, de 138,24 mil toneladas, em maio de 2007.

FONTE: JP News
#180831-01
31/08/2018

Brasil pode expandir exportação de carne suína para China

A previsão é do Rabobank, que alerta para o cenário ainda de incertezas, pela extensão dos problemas enfrentados pela China

Os surtos de Peste Suína Africana (PSA) registrados na China, nos últimos meses, levantam a possibilidade de que a China, maior mercado consumidor de carne suína no mundo, precise ampliar as importações desta proteína em 2019. A avaliação é do Rabobank, que divulgou relatório à imprensa nesta quinta-feira, dia 30. Para o banco, o cenário ainda é de incertezas, pois não se sabe ao certo a extensão dos problemas enfrentados pela China. Conforme a análise, o Brasil pode se beneficiar deste caso, impulsionando duas exportações para os chineses. O que contribui para essa avaliação é a guerra comercial entre os Estados Unidos e a China. Com este cenário, produtores norte-americanos encontram barreiras para exportar para os chineses.

FONTE: Pork World
#180820-02
20/08/2018

Produção e exportação de milho devem crescer na safra 2018/2019

Estimativa da Conab para a próxima safra é de 96 milhões de toneladas.

A produção brasileira de milho deve crescer, na comparação entre as safras 2017/2018 e 2018/2019, saindo de 82 milhões para 96 milhões de toneladas, respectivamente. A projeção foi apresentada ontem(20) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) durante evento em Brasília.

O encontro contou com a participação de representantes do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês), órgão cujas análises dos mercados mundiais de grãos serviram de referência para as estimativas da Conab.

O Brasil é atualmente o terceiro maior produtor de milho do mundo. A China, na segunda posição, foi responsável por 215 milhões de toneladas na safra 2017/2018 e deve chegar a 225 milhões de toneladas na de 2018/2019, de acordo com estimativa do USDA. Já os Estados Unidos lideram a produção, com 370 milhões de toneladas na safra 2017/2018. Para 2018/2019, o desempenho do país deve oscilar, ficando em 361,4 milhões de toneladas.

De acordo com a Conab, a melhoria brasileira projetada representa uma retomada, uma vez que o país teve problemas climáticos na safra deste ano. Outro fator impulsionador do aumento da produção deve ser a ampliação do consumo, que, conforme o USDA, deve ir de 59,8 milhões para 65,5 milhões de toneladas entre a safra deste ano e a do ano que vem. Os técnicos da Conab, contudo, consideram essa projeção difícil de ser concretizada.

Exportações

Ainda de acordo com os dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, as exportações brasileiras de milho devem sair de 27 milhões de toneladas, na safra 2017/2018, para 31 milhões na safra 2018/2019. A margem significa uma recuperação do patamar da safra 2016/2017, quando o país registrou 30,8 milhões de toneladas enviadas para fora.

Em se confirmando a projeção, o Brasil pode se consolidar na vice-liderança no ranking mundial, atrás dos Estados Unidos. A projeção do USDA é que a produção estadunidense caia de 60,9 milhões de toneladas na safra deste ano para 56,5 milhões de toneladas na do ano que vem. Ainda assim, os EUA devem manter o domínio do mercado mundial, em um nível de exportações que representa quase o dobro do brasileiro. Além das duas nações, a safra de 2018/2019 deve ter como destaque a Argentina (com 27 milhões de toneladas) e a Ucrânia (com 24 milhões de toneladas).

Na avaliação do analista de mercado da Conab que apresentou as tendências no setor de milho no evento, Thomé Guth, um elemento importante do desempenho brasileiro nas exportações será a definição das regras de frete diante da polêmica do tabelamento conquistado pelos caminhoneiros após semanas de mobilização em maio.

“O tabelamento do frete tem causado incerteza, o que tem feito com que companhias se retirem do mercado. O que tem de exportação ocorrendo é o que já tinha sido acordado. Agentes de mercado começaram a rever número de exportação. Estoque ainda é confortável, não impacta tanto no preço nem na disponibilidade do produto. Mas o preço do frete passar de um patamar e ficar muito alto, pode impactar as exportações”, afirmou o analista.

Mercado mundial

Segundo dados da USDA, a produção mundial de milho deve atingir em 1,054 bilhão na safra 2018/2019, com uma leve oscilação frente ao ano anterior, quando ficou em 1,033 bilhão. A estimativa é menor do que o registrado em 2016/2017, quando chegaram ao mercado 1,078 bilhão de toneladas do grão.

Já o consumo vem aumentando levemente. Enquanto em 2016/2017, foram consumidos 1,036 bilhão de toneladas, em 2018/2019 a expectativa do USDA é de consumo de 1,087 bilhão de toneladas. Um dos principais vetores de ampliação é a destinação do produto para alimentação animal, alternativa que teve crescimento de 13,41% em cinco anos.

FONTE: Agência Brasil.
#180817-01
17/08/2018

Exportação de carne cresce 11%. Egito é o 3º mercado

Vendas externas do produto brasileiro somaram US$ 3,5 bilhões de janeiro a julho. Países árabes importaram o equivalente a US$ 514 milhões.

As exportações brasileiras de carne bovina de janeiro a julho somaram US$ 3,5 bilhões, um aumento de 11,1% em relação ao mesmo período do ano passado. Foram embarcadas 844 mil toneladas, um crescimento de 8,3% na mesma comparação. As informações foram divulgadas nesta sexta-feira (17) pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Os principais mercados atendidos nos sete primeiros meses de 2018 foram Hong Kong, China, Egito, Chile, Irã, Estados Unidos e Alemanha.

Para os países árabes, o Brasil vendeu o equivalente a US$ 514 milhões, um avanço de 1,4% sobre o período de janeiro a julho de 2017. Foram enviadas 149,7 mil toneladas, um acréscimo de 15,8% na mesma comparação, segundo dados da Câmara de Comércio Árabe Brasileira.

O Egito, primeiro mercado entre os árabes e terceiro no mundo, importou US$ 246 milhões em carne bovina brasileira, um crescimento de 19,58% em relação aos sete primeiros meses do ano passado. O país comprou 57,4 mil toneladas, um aumento de 41,2%.

FONTE: ANBA - Agência de Notícias Brasil-Árabe.
#180807-01
07/08/2018

Trigo: Com menor oferta de grãos de qualidade, importação segue firme

A baixa disponibilidade de trigo de qualidade no mercado brasileiro tem elevado o ritmo das importações do cereal, mesmo com o dólar mais valorizado. Em julho, o volume de trigo em grão adquirido pelo Brasil foi o maior desde outubro de 2016. No geral, o País intensificou as compras dos Estados Unidos, mas reduziu um pouco as aquisições da Argentina, devido à menor competitividade do grão argentino. Em julho, as importações brasileiras de trigo somaram 757,55 mil toneladas, crescimento de 29,5% em relação a junho, segundo dados da Secex. Com o dólar médio de R$ 3,83 no mês passado, o preço da importação foi de R$ 919,79/tonelada FOB (Free on Board), contra R$ 850,91/tonelada em junho. No Brasil, por outro lado, as cotações oscilaram, refletindo as incertezas quanto à comercialização do cereal.

FONTE: Notícias Agrícolas.
#180803-04
03/08/2018

China aumenta gradativamente importações de carne bovina

O consumo total de carne bovina na China em 2018 foi estimado em 8,5 milhões de toneladas, perdendo apenas para os EUA, de acordo com o Serviço Agrícola Estrangeiro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Em uma base per capita, isso é pouco mais de 6 quilos (base de carcaça) ou cerca de 4,26 quilos por pessoa (base de varejo).

Este nível é de 16 por cento do consumo de carne bovina de varejo projetado nos EUA em 2018, de 26,17 quilos per capita. Na China, o consumo de carne bovina é de cerca de 11% do consumo total de carne, atrás de frango (15%) e carne suína, que é muito popular e representa 74% do consumo de carne. Estes valores não incluem peixe e marisco, que são muito populares na China.

O consumo de carne bovina na China é baixo, mas está aumentando. Apesar de ser um grande país produtor e consumidor de carne bovina por muitos anos, a China nunca participou muito dos mercados globais de carne bovina até recentemente. Desde 2014, o consumo de carne bovina superou a produção doméstica e as importações chinesas de aumentaram acentuadamente.

Em 2016, a China ultrapassou o Japão como o segundo maior país importador de carne bovina. No ritmo atual, a China poderia ser o maior país importador de carne bovina do mundo em mais um ano ou dois. Mais de 95% das importações chinesas de carne são provenientes do Brasil, Uruguai, Austrália, Nova Zelândia e Argentina.

As exportações de carne bovina dos EUA para a China recomeçaram em 2017 após uma ausência de quase 14 anos e estão se desenvolvendo muito lentamente. Nos últimos 12 meses, as exportações para a China representaram 0,6% das exportações totais de carne bovina dos EUA.

Qual é o potencial futuro da carne bovina dos EUA na China? Além dos obstáculos adicionais devido à atual guerra comercial, a construção de mercados para a carne bovina dos EUA na China enfrentará vários desafios. O preço é um deles.

A carne bovina é cara na China em relação a outras carnes, ainda mais do que nos EUA. Embora a demanda crescente de carne bovina na China seja o resultado de uma população urbana de rápido crescimento, a carne continua sendo cara para muitos consumidores. Carne bovina importada dos EUA é especialmente cara.

O maior desafio para a carne bovina dos EUA é o papel da carne bovina na culinária chinesa. A China não é uma terra de churrascarias, embora os restaurantes de steaks de estilo ocidental estejam crescendo em popularidade e representem a demanda mais imediata de carne bovina dos EUA. Esta demanda é pequena, mas está se expandindo.

A culinária chinesa é caracterizada pelo hot pot, pratos fritos e churrasco chinês que usam pequenas quantidades de carne em pedaços ou em fatias finas, em vez de grandes cortes de carne. Os miúdos são muito populares e mais acessíveis para muitos consumidores.

Em todos os mercados, a qualidade da carne é definida pelas preferências do consumidor e pela maneira como o produto é usado. A carne bovina americana altamente marmorizada não representa necessariamente qualidade adicional em muitos pratos chineses. Isso faz com que a carne bovina dos Estados Unidos seja ainda mais cara em relação à carne bovina chinesa e à maior parte da carne bovina importada. Isso não quer dizer que não haja potencial para a carne bovina dos EUA na China.

No entanto, isso ilustra que um maios acesso ao mercado chinês não é simplesmente uma questão de enviar bifes dos EUA para a China. A equipe da Federação de Exportação de Carnes dos EUA na China está buscando um esforço inovador e dedicado para aumentar a participação de mercado da carne bovina dos EUA. Há um potencial considerável para a carne bovina dos EUA na China, mas levará tempo, paciência e persistência.

FONTE: BeefPoint.