#190613-04
13/06/2019

Receita das autopeças evolui 7,6% até abril

Comparação do faturamento em doze meses vem desacelerando desde junho do ano passado

Balanço do primeiro quadrimestre publicado no site do Sindipeças nesta quinta-feira, 13, indica que no acumulado do ano o faturamento do setor teve expansão de 7,6% frente aos primeiros quatro meses de 2018. Considerando o comparativo dos últimos 12 meses com igual período anterior a alta é de 11,6%.

Apesar dos números positivos, o setor registra declínio frente aos resultados observados até março, visto que no primeiro trimestre a expansão foi de 8% em relação aos primeiros três meses de 2018.

“Cabe notar que desde junho do ano passado, logo após a greve dos caminhoneiros, a comparação do faturamento em doze meses vem desacelerando. As taxas seguem positivas, mas em intensidade menor”, destaca o Sindipeças no relatório da última pesquisa conjuntural do setor.

FONTE: Auto Industria
#190319-05
19/03/2019

Entra em vigor acordo de livre comércio entre Brasil e México para automóveis e autopeças

Nova medida não impõe qualquer barreira para importação e exportação, como cotas para isenções.

Entra em vigor nesta terça-feira (19) um acordo entre Brasil e México que estabelece, pela primeira vez, o livre comércio para importação de automóveis e autopeças entre os países. O decreto foi assinado em 2002 e a partir de agora retira quaisquer barreiras para as trocas comerciais.

Com a medida, os dois países poderão importar e exportar automóveis comerciais leves e respectivas peças sem a imposição de cotas com isenções de impostos.

Em nota enviada à imprensa, o Ministério da Economia afirmou que a medida está prevista no Acordo de Complementação Econômica nº 55 (ACE-55), que regula o comércio automotivo e a integração produtiva entre os dois países desde 2002.

"Agora o comércio bilateral de automóveis passa a ocorrer livremente, sem cobrança de tarifas ou limitação quantitativa. A partir de hoje, também deixa de vigorar a lista de exceções, que previa regras de origem específicas para autopeças", afirmou o comunicado.

Segundo afirmou o ministério, o retorno do livre comércio entre os dois países é um "passo importante para aprofundar o relacionamento comercial entre as duas maiores economias da América Latina."

No comunicado, também consta a informação de que esse regime comercial passará a valer também para veículos pesados (caminhões e ônibus), a partir de 2020. As negociações para tratar disso irão ganhar reforço nos próximos meses.

Anfavea preocupada

A Anfavea, associação das fabricantes, afirmou, em nota, que o setor "é favorável à abertura comercial, mas espera que isso venha acompanhado de ganhos no nível de competitividade no país."

Por outro lado, a associação se mostra preocupada com a "possibilidade de perda de alguns futuros projetos para a indústria mexicana, em detrimento de investimentos locais, caso o Brasil ainda não atinja rapidamente o mesmo nível de competitividade deste e de outros potenciais parceiros comerciais."

FONTE: G1
#190318-05
18/03/2019

Abalado pela Argentina, setor de autopeças sofre baque dos Estados Unidos

Investigação pode resultar em barreiras sobre a venda de autopeças e carros

O setor automotivo, já abalado pela crise argentina, está prestes a sofrer mais um golpe.

O governo americano anunciará em breve resultado de investigação do Departamento de Comércio que pode resultar em barreiras sobre a importação de autopeças e carros de vários países, inclusive do Brasil.

Segundo levantamento da consultoria Barral M. Jorge, o país perderia US$ 115 milhões em exportações entre 2019 e 2023 (o equivalente a R$ 88 milhões por ano) com essas barreiras.

As exportações de autopeças concentram as maiores perdas, de US$ 100 milhões. As de carros teriam US$ 15 milhões de impacto, embora o Brasil, hoje, não tenha nenhum modelo vendido para os EUA.

Mas isso no melhor cenário, caso o Brasil consiga negociar acordo semelhante ao de 2018. No ano passado, o presidente Donald Trump impôs tarifas sobre aço e alumínio importados de vários países, incluindo o Brasil, com base na Seção 232 da Lei de Expansão de Comércio de 1962.

Essa seção estabelece que os EUA podem criar barreiras se o Departamento de Comércio concluir que um produto está sendo importado em quantidades ou circunstâncias "que ameaçam a segurança nacional".

O conceito amplo permite diversas interpretações —seriam indústrias estratégicas para a segurança nacional do país, que não podem ficar enfraquecidas ou ser ameaçadas por causa de aumento nas importações.

No caso do aço, a tarifa imposta inicialmente era de 25%. Mas o Brasil negociou e trocou por cotas equivalentes à média das exportações de 2015 a 2017, no caso dos aços semiacabados (80% das vendas) e limitados a cota de 70% da média dos três anos no caso dos aços acabados. O alumínio ficou com a sobretaxa de 10%.

O relatório sobre o setor automotivo foi concluído pelo Departamento de Comércio em fevereiro, usando a mesma seção 232, e deve ser anunciado em breve.

O Brasil exportou US$ 1,108 bilhão em autopeças e cerca de 200 veículos BMW para o mercado americano no ano passado.

O impacto calculado pela consultoria parte do pressuposto de que o Brasil conseguiria negociar cotas semelhantes às acordadas para o aço em 2018. Mas a investigação corre em sigilo, portanto ainda não se sabe que tarifas seriam propostas, nem quais produtos seriam atingidos.

Segundo a última versão do relatório do Departamento de Comércio, uma ideia é impor tarifas apenas sobre itens de alta tecnologia dos veículos, mas outra opção é baixar sobretaxas de 20% a 25% para automóveis e autopeças, indiscriminadamente.

Segundo Barral, apesar de o impacto sobre as exportações não ser tão acentuado, as perdas serão maiores porque as cotas criam um clima de incerteza, reduzem a rentabilidade das montadoras e afetam os planos de produção.

Se uma indústria trabalha com estoque baixo, por exemplo, a possibilidade de precisar conseguir licenças de importação ou ter atrasos na importação de peças representa um grande custo. 

FONTE: Folha de São Paulo
#190222-03
22/02/2019

Balança de autopeças começa 2019 com déficit de US$ 494,4 milhões

Embarques à Argentina caem 43% e EUA se tornam principal destino dos componentes brasileiros

balança comercial de autopeças começou o ano com déficit de US$ 494,4 milhões. As exportações somaram US$ 511,4 milhões em janeiro e recuaram 16,7% ante o mesmo mês do ano passado. A retração nas vendas para a Argentina (-43%) foi atenuada com o crescimento das exportações para Estados Unidos (8,3%), México (9,2%), Chile (33,4%) e Colômbia (14,5%).

Os Estados Unidos iniciaram o ano como principal destino das autopeças brasileiras, com US$ 126,6 milhões, praticamente um quarto dos embarques neste começo de ano. 

As importações superaram US$ 1 bilhão no primeiro mês do ano. O número, contudo, resulta em queda de 16,8% ante janeiro do ano passado, com redução nas compras pela China, Estados Unidos, México, Japão e Coreia do Sul. A retração de 10% na produção brasileira de veículos em janeiro ajuda a explicar a queda nas importações de autopeças. 

A China permanece como maior fornecedora de componentes automotivos para o Brasil, com US$ 162,9 milhões negociados e 16,2% de participação. A Alemanha manteve a segunda posição, com US$ 135,6 milhões. Sua fatia é de 13,5%. Em terceiro vem o Japão, que forneceu US$ 97,6 milhões em componentes em janeiro, com 9,7% de participação nas importações brasileiras de autopeças.

FONTE: Automotive Business
#190211-20
11/02/2019

Déficit comercial das autopeças cresce 5,6% em 2018

Saldo ficou negativo em US$ 5,63 bilhões. Exportações cresceram 6,4%, para US$ 7,89 bilhões, e importações atingiram US$ 13,52 bilhões, alta de 6,1%.

A indústria de autopeças fechou 2018 com crescimento de 6,4% em suas exportações, atingindo total de US$ 7,89 bilhões. As importações também tiveram alta, de 6,1%, chegando a US$ 13,52 bilhões. O resultado foi um décifit comecial de US$ 5,63 bilhões, valor 5,6% superior ao registrado no ano anterior, que foi de US$ 5,33 bilhões.

O balanço comercial do setor foi divulgado nesta segunda-feira, 11, pelo Sindipeças, com base em dados fornecidos pelo Ministério da Economia. A indústria brasileira vende autopeças para 203 mercados, estando entre os principais a Argentina, Estados Unidos, México e Alemanha.

Os negócios com a Argentina, que vive forte retração em suas vendas internas de veículos, estão em queda nos últimos meses – no ano a retração foi de 9,5% -, o que foi decisivo para o resultado das exportações do setor não ter sido maior em 2018.

Com relação às importações, o Brasil recebe autopeças de 190 diferentes origens. A China lidera esse ranking, tendo enviado para o mercado brasileiro total de US$ 1,77 bilhão em 2018, o que representou crescimento de 15,4% sobre as vendas de US$ 1,53 bilhão do ano anterior.

Na sequência vêm a Alemanha – US$ US$ 1,69 bilhão, com alta de 26,9% em relação a 2017 – e Estados Unidos, com US 1,5 bilhão e expansão de 26,9%.

Em dezembro, sesgundo o Sindipeças, o mostrou em dezembro resultados para importações fora do padrão da série histórica. O déficit comercial totalizou apenas US$ 46,5 milhões, resultado de exportações que atingiram US$ 629,2 milhões e importações de US$ 675,8 milhões.

Embora as exportações tenham apresentando comportamento estável, as importações recuaram 28,3% em relação ao mesmo mês de 2017 e 31,1% frente a novembro do ano passado. De acordo com o Sindipeças, a redução das importações no último mês do ano provavelmente reflete a redução da produção brasileira de veículos destinados à Argentina.

FONTE: Auto Indústria
#190117-01
17/01/2019

Balança tem superávit de US$ 58,7 bilhões em 2018, aponta FGV/Icomex

A balança comercial fechou o ano de 2018 com um superávit de US$ 58,7 bilhões, com destaque para a participação da China como principal destino das exportações brasileiras. Embora o resultado tenha sido inferior ao de 2017, de US$ 67 bilhões, foi o segundo melhor desempenho da série histórica, segundo os dados do Indicador do Comércio Exterior (Icomex), divulgado nesta quinta-feira, 17, pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

A China deteve 26,8% das exportações brasileiras, mais do que o dobro da participação dos Estados Unidos, responsável por 12% das vendas externas do Brasil. O terceiro principal parceiro foi a Argentina, embora esta tenha reduzido sua participação no ranking de destino de exportações, passando de 8,1% em 2017 para 6,2% em 2018.

No ano passado, os chineses aumentaram sua participação nas exportações do Brasil, em relação a 2017, quando compraram 21,8% do total exportado. O crescimento de 35,2% nas exportações para a China em 2018 foi puxado pela soja em grão, petróleo bruto e minério de ferro. Os três produtos somam 82% das exportações brasileiras para território chinês.

O petróleo superou a participação do minério de ferro pela primeira vez nas vendas externas brasileiras para a China, ressaltou a FGV.

"A importância da China para as exportações brasileiras é reafirmada quando analisamos os dez principais produtos exportados pelo Brasil", declara o relatório do Icomex. "O segundo principal produto exportado pelo Brasil é o óleo bruto de petróleo e a participação da China no total exportado passou de 44,2% para 57%, entre 2017 e 2018. Nas exportações de carne bovina, oitavo principal produto, o porcentual da China foi de 18,3% em 2017, e de 27,2% em 2018", completou.

Quanto às importações, a China é o principal mercado de origem, mas com menor diferença em relação ao segundo colocado. A China foi responsável por 19,2% das importações brasileiras, enquanto os Estados Unidos detiveram 18,1% das importações totais em 2018.

A FGV lembrou ainda que houve extraordinariamente um aumento nas importações totais em 2018 influenciado pelas mudanças do Repetro, regime fiscal do setor de óleo e gás.

Em 2018, o volume exportado pelo Brasil cresceu 4,6% em 2018, enquanto as importações subiram 12%. Se excluídas as plataformas, a alta no volume importado seria de 6%. A FGV espera algumas eventuais operações de retorno contábil das plataformas de petróleo via importações em 2019, "no entanto, não se espera um impacto semelhante ao que ocorreu em 2018", prevê o relatório.

FONTE: Uol Economia
#181128-01
 
28/11/2018

Autopeças acumulam déficit de US$ 5,2 bilhões até outubro

Importação de componentes cresceu 11,1% por causa do aumento na produção de veículos

A balança comercial de autopeças atingiu déficit de US$ 5,2 bilhões no acumulado de janeiro a outubro de 2018. O valor é 15,5% mais alto que o registrado no mesmo período do ano passado. As exportações somaram US$ 6,6 bilhões, 8% a mais na comparação interanual, mas as importações continuam puxadas pela produção automotiva e totalizaram US$ 11,8 bilhões, valor 11,1% mais alto que o anotado nos mesmos dez meses de 2017. Os números são do Sindipeças, entidade que reúne fabricantes do setor.

Parte do déficit decorre da retração na Argentina, principal destino dos componentes nacionais. O envio de US$ 1,8 bilhão em autopeças ao país vizinho resultou em queda de 4,2% ante os mesmos meses do ano passado. Os Estados Unidos permanecem no segundo lugar no acumulado do ano, com US$ 1,2 bilhão, mas a crise no país vizinho permitiu que os embarques aos EUA em outubro superassem os da Argentina pelo segundo mês consecutivo. 

No caminho oposto, a China permanece como o principal fornecedor de autopeças para o Brasil, seguida de perto pela Alemanha. O país asiático enviou ao Brasil US$ 1,54 bilhão em componentes, 19% a mais na comparação interanual.

A Alemanha forneceu nestes dez meses US$ 1,45 bilhão em autopeças, um aumento de 31,3% que decorre sobretudo do crescimento da produção de caminhões e automóveis por montadoras de matriz alemã. O terceiro maior fornecedor de autopeças ao Brasil são os Estados Unidos, que seguem de perto a Alemanha com US$ 1,33 bilhão no acumulado do ano. 

A diferença do primeiro para o segundo e deste para o terceiro é de cerca de US$ 100 milhões. Para o México (quarto colocado, com US$ 1,1 bilhão) é de pouco mais de US$ 200 milhões. O Japão vem colado ao México, com US$ 1,05 bilhão. 

Essas diferenças relativamente pequenas indicam o quanto a indústria automobilística brasileira é atrativa e disputada para diferentes montadoras e fornecedores mundiais.

FONTE: Automotive Business
#181016-07
 
16/10/2018

Déficit das autopeças cresce 17% este ano

Saldo negativo chega a US$ 4,8 bilhões em setembro, com exportações na faixa de US$ 5,9 bilhões e US$ 10,7 bilhões em importações

As importações de autopeças registraram em setembro o segundo mês consecutivo de queda, mas no acumulado do ano o crescimento das compras no exterior, na faixa de 12,3%, ainda é maior do que o das exportações, que foi de 8,7%. Diante desses resultados, o déficit comercial do setor chegou a US$ 4,8 bilhões, valor 17% superior ao registrado no mesmo período de 2017,  de US$ 4,1 bilhões.

Balanço divulgado esta semana pelo Sindipeças indicam exportações totais de US$ 5,9 bilhões nos nove primeiros meses e importações na faixa de US$ 10,7 bilhões. Em setembro, particularmente, as importações caíram 8,5% em relação ao mesmo mês do ano passado, para US$ 1 bilhão. Já as exportações no mesmo comparativo cresceram 4,3%, para US$ 695,3 milhões.

No levantamento do Sindipeças, chama a atenção a forte desaceleração dos negócios com a Argentina. Tradicionalmente o principal mercado da indústria brasileira, o país vizinho reduziu suas compras em setembro pelo terceiro mês consecutivo e pela primeira vez no acumulado do ano as exportações para lá registraram desempenho negativo de 0,5% – US$ 1 bilhão 669 milhões contra US$ 1 bilhão 678 milhões.

Foram exportados no mês passado apenas US$ 153,7 milhões para a Argentina, 28,9% a menos do que os US$ 216,3 milhões de setembro de 2017. Diante dessa queda, os Estados Unidos ocuparam no mês o primeiro lugar como principal comprador da indústria brasileira, com negócios da ordem de US$ 155,9 milhões, 22,4% a mais do que no mesmo mês do ano passado.

Conforme análise do Sindipeças, “o comércio exterior de autopeças brasileiras tem sido influenciado pela crise argentina, a maior localização estimulada pela valorização do dólar e turbulências geradas pela guerra comercial entre EUA e China”.

China, Alemanha e EUA seguem como os principais mercados para as aquisições dos fabricantes de autopeças, com participações de 12,9%, 12,1% e 11,3%, respectivamente.

FONTE: Auto Industria
#180924-02
 
24/09/2018

Déficit das autopeças atinge US$ 4,48 bilhões no ano

Exportações cresceram 9,3% até agosto, com total de US$ 5,19 bilhões, e importações avançaram 15%, para US$ 9,67 bilhões

Apesar de as importações terem recuado em agosto no comparativo com o mesmo mês de 2017, no acumulado do ano a indústria de autopeças registra déficit comercial de US$ 4,48 bilhões, 22,4% maior do que o registrado nos primeiros oito meses do ano passado.

De acordo com balanço do Sindipeças, os embarques de autopeças para 198 mercados somaram US$ 5,19 bilhões de janeiro a agosto, um aumento de 9,3% sobre idêntico período de 2017. As importações, no entanto, avançaram 15%, chegando a US$ 9,67 bilhões, originários de 174 países.

Divulgado pelo Sindipeças na segunda-feira, 24, o balanço do comércio exterior do setor tem por base dados do MDIC, Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. A Argentina mantém-se em primeiro lugar na lista de destinos das exportações e a China, no topo do ranking de origem das importações.

Em agosto, particularmente, as exportações cresceram 9,2% em relação ao mesmo mês do ano passado, totalizando US$ 763 milhões. Já as aquisições de autopeças no exterior encolheram 1,7%, ficando em US$ 1,23 bilhão no mês.

Como resultado do balanço entre exportações mais forte e importações menores, o déficit comercial do setor em agosto recuou 15,4% em comparação a idêntico mês do ano passado”, informa o Sindipeças.

As exportações para a Argentina, que vêm desacelerando nos últimos meses por causa da crise do mercado automotivo no país vizinho, registraram pequena alta de 3,7% no acumulado de janeiro a agosto. Mas outros mercados relevantes, como México, Estados Unidos e Alemanha, apresentaram desempenho bem mais positivo no acumulado ano, com altas de, respectivamente, 46,2%, 17,7% e 16,6%.

Com relação às importações, a China totalizou US$ 1,24 bilhão em embarques de autopeças para o Brasil, 24,8% a mais do que no mesmo período do ano passado. A Alemanha registra volume próximo, da ordem de US$ 1,16 bilhão, com aumento de 33%. As vendas de autopeças dos Estados Unidos para cá chegaram a US$ 1,09 bilhão, crescimento de 9,8%.

FONTE: Auto Industria
#180811-01
 
11/08/2018

Déficit das autopeças cresce 21,7% no ano

Foram importados US$ 7,1 bilhões no primeiro semestre e exportados US$ 3,87 bilhões.

Após registrar queda de faturamento em maio sobre abril por causa da greve dos caminhoneiros, a indústria de autopeças retomou o ritmo de crescimento em junho, com dados positivos em vendas internas e exportações. O único dado negativo é o aumento do déficit da balança comercial, que passou de US$ 2,65 bilhões no primeiro semestre de 2017 para US$ 3,2 bilhões no acumulado dos primeiros seis meses deste ano, um crescimento de 21,7%.
É que as importações no período cresceram mais do que as exportações – respectivamente, 17,1% e 13,6% -. conforme relatório da balança comercial publicada pelo Sindipeças em seu site. Foram importados US$ 7,1 bilhões em autopeças este ano, ante os US$ 6 bilhões de idêntico período do ano passado, e exportados US$ 3,87 bilhões, contra US$ 3,41 bilhões.
O aumento das importações, segundo avalia o Sindipeças, reflete o aquecimento do mercado interno de veículos. No acumulado do ano até junho, o faturamento líquido nominal das autopeças brasileiras teve avanço de 19,9% no comparativo interanual.
Em junho, particularmente, o crescimento da receita foi de 32,75% em relação maio. Com isso, o nível de capacidade instalada voltou a subir, de 66% para 70%. E as exportações também continuaram exibindo ritmo interessante, de acordo com a pesquisa conjuntural do Sindipeças, ao registrar alta de 28,4% em reais no acumulado até junho. “Câmbio e exposição em novos mercados são alguns dos fatores que permitem compreender esse fenômeno”, avalia o Sindipeças em seu relatório sobre o desempenho de junho e do primeiro semestre do ano.

FONTE: Jornal de Uberaba.
#180718-01
 
18/07/2018

Déficit comercial de peças chega a US$ 2,8 bilhões em 5 meses

Paralisação dos transportes em maio afetou mais as exportações do que importações

Nem mesmo a greve dos caminhoneiros conseguiu frear a expressiva evolução negativa da balança comercial de autopeças. Segundo o mais recente levantamento mensal do Sindipeças, entidade que reúne cerca de 400 empresas do setor, de janeiro a maio o déficit acumulado somou quase US$ 2,8 bilhões, valor 21,6% mais alto que o verificado no mesmo período de 2017. As importações de componentes em cinco meses somaram US$ 5,9 bilhões e cresceram 16,6% ante o ano passado, superando o resultado das exportações de US$ 3,1 bilhões, em alta de 12, 4%.

A paralisação do transporte de cargas no País no fim de maio mais as exportações do mês (US$ 532 milhões), que registraram expressiva queda de 20,8% em relação a abril e de 15% na comparação com maio de 2017. As importações (US$ 1,15 bilhão) também caíram, mas recuaram bem menos, apenas 5,9% contra o mês anterior, e registraram alta de 11% ante maio de 2017.

Com o resultado, a balança comercial das autopeças registrou déficit mensal de US$ 621 milhões em maio, 51% mais alto que o observado um ano antes.

Além da paralisação do transporte de cargas, o Sindipeças pontua que a crise financeira na Argentina, maior mercado comprador das autopeças brasileiras, também impactou negativamente a balança comercial do setor. A entidade lembra ainda que a maior puxada nas importações se deu porque o registro é feito assim que os componentes desembarcam no País, independentemente da movimentação de carga em território nacional, por isso o valor contabilizado de autopeças importadas foi menos afetado pela greve. Já as exportações só são contabilizadas quando chegam ao porto, o que não ocorreu com os caminhões parados.

A desvalorização do real, da ordem de 13,4% somente em maio, ajuda a elevar as exportações, mas também interfere na contabilização das vendas ao exterior, puxando para baixo o valor em dólares. Ao mesmo tempo, as importações em crescimento indicam aquecimento das linhas brasileiras de produção de veículos.

MAIORES IMPORTADORES E EXPORTADORES

Pela ordem, Argentina, Estados Unidos, México e Alemanha seguem sendo os maiores compradores de autopeças brasileiras, respondendo juntos por 66% das vendas de componentes ao exterior no período janeiro-maio de 2018. E o mercado argentino continua folgado como maior destino das exportações de peças do Brasil, com e quase um terço (30,6% e) de participação no volume total vendido, o mercado argentino comprou US$ 950 milhões em cinco meses, valor que representa crescimento de 13% diante de igual período do ano anterior. Identificam-se ainda os Estados Unidos, México, Alemanha e Chile, com respectivas participações de 17,9%, 10,3% e 7,3% e 3,4%, representando os principais destinos das exportações das empresas do setor. Já os maiores exportadores de peças ao Brasil de janeiro a maio seguem sendo, pela ordem, China (12,4%), Alemanha (11,8%), Estados Unidos (11,3%), México (9,5%) e Japão (8,8%), que juntos correspondem a mais da metade dos componentes importados pelo País. O maior crescimento das importações este ano é da Alemanha (+35,4%), seguida de perto pelo México (+33,3%) e Japão (+30,5%), enquanto o aumento de peças chinesas chegou a 26,1%.

FONTE: AutomotiveBusiness
#201712070
 
07/12/2017

Déficit na balança de autopeças atinge US$ 4,5 bi

Valor estimado para o ano inteiro foi alcançado em apenas dez meses

balança comercial de autopeças atingiu no acumulado até outubro um déficit de US$ 4,5 bilhões. Este era o valor que o Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças) havia projetado para o ano inteiro de 2017. 

O déficit resulta da importação de US$ 10,7 bilhões em autopeças, ante US$ 6,2 bilhões enviados ao exterior. De acordo com nova estimativa dos fabricantes do setor, até o fim do ano o déficit crescerá para US$ 5,4 bilhões, superando em 2,7% o resultado atingido em 2016. 

É preciso lembrar que o Brasil importou mais autopeças que o esperado por causa do aumento de 27% na produção automotiva, decorrente do crescimento em exportações (53,3%) e nas vendas ao mercado interno (9,8%).

A China já havia se tornado no acumulado até agosto o maior fornecedor de autopeças para o Brasil, superando os Estados Unidos, e ampliou essa vantagem de lá para cá. No acumulado até outubro o país asiático enviou US$ 1,29 bilhão em componentes, ante US$ 1,24 bilhão dos Estados Unidos. Também cresceram de maneira significativa este ano as compras da Coreia do Sul (US$ 981,7 milhões no acumulado, alta de 9,2%) e do México (US$ 964,9 milhões, acréscimo de 9%).

No caminho oposto, a Argentina permanece como principal destino e o Brasil enviou até outubro US$ 1,9 bilhão em componentes, 24,2% a mais que nos mesmos dez meses do ano passado como consequência do crescimento do mercado vizinho. 

Dos 20 principais destinos das autopeças brasileiras, apenas três compraram menos no acumulado do ano que nos mesmos meses de 2016.

FONTE: AutomotiveBusiness